Livros Vivos
Casos: Livros Vivos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: deboragaldino • 23/6/2014 • 1.106 Palavras (5 Páginas) • 664 Visualizações
6. A formação do leitor através da atividade lúdica: livros vivos
A dinâmica das invenções editoriais possibilitou um tipo de livro, “os livros vivos”, que possuem estratégias para atrair os não-leitores - o seu aspecto lúdico -, diferenciando-se dos livros comuns e encaixando-se no campo dos brinquedos.
Os livros vivos assumem formas de jogos e brincadeiras, realçando e estimulando o gosto pela leitura; por prenderem o leitor ao prazer do mundo encantado, levam em consideração os sentidos e a imaginação da criança quando apresentam as “surpresas” em suas páginas.
O modo como os livros vivos são apresentados: a aparência de brinquedos e a dramatização do ato de ler fornecem-lhes uma qualidade lúdica que os tira do contexto das obrigações e dos trabalhos escolares.
Perrot (apud kishimoto, 2002) em breve histórico mostra-nos que os livros vivos se originaram da Estética Barroca. Eles não foram feitos para a criança e sim para o adulto. Com a revolução de Copérnico e o desenvolvimento da Medicina, o primeiro livro vivo foi publicado em 1540, em Florença, e tinha a intenção de através do seu formato apresentar o interior do ser humano.
Livros vivos- confeccionados pelos alunos do curso Pedagogia -UNIP
Brinquedos do acervo: Laboratório de Pedagogia LAB - Brinquedoteca- Universidade Paulista -UNIP campus Campinas –SP / Brasil
A leitura e o faz-de-conta estão associados à decodificação dos signos lingüísticos; assim, os livros-vivos e as imagens são ferramentas e mediadores que entram no lúdico, ajudando o leitor a “deslizar”, por assim dizer, pelo “prazer do texto”, indo de um universo tridimensional para um bidimensional, governado por convenções pictóricas, tais como a lei da perspectiva, ou outros processos abstratos. O prazer do leitor vem da compreensão implícita dessas leis que governam o campo da representação.
Curiosidade:
“A criança leitora, ao mesmo tempo em que decifra os códigos sociais, vai formando sua própria concepção de literacidade que a levará a construções mentais mais complexas e mais marcantes”
(Perrot, (apud kishimoto, 2002,p.53).
O lúdico em seus aspectos sociais, antropológicos e filosóficos
Alguns pioneiros da educação, em sua época, já defendiam a importância dos jogos na educação, dentre eles, Froebel e Dewey, que tratam dos aspectos sociais, antropológicos e filosóficos do jogo.
Froebel
Froebel
1782-1852
Friederich Froebel nasceu na Alemanha em 1782- séc XVIII. Filósofo do período romântico acreditou na criança, valorizou sua liberdade e defendeu a expressão da natureza infantil por meio de brincadeiras livres e espontâneas. Publicou o livro: A Educação do Homem ( The Education of Man- que apresenta a filosofia froebeliana -1826).
Curiosidade:
Tendência romântica: a escola é o jardim, as crianças flores ou sementes e o professor um jardineiro.
De acordo com Kishimoto (2002), as principais idéias de Froebel são:
• Através da educação o homem não só tem acesso ao conhecimento, mas a Deus, que manifesta sua espiritualidade na natureza, ou seja a unidade entre o homem, seu criador e a natureza.
• Valorização dos interesses e necessidades da criança.
• Harmonia entre direção/liberdade; individual/coletivo, valorizando a individualidade do ser humano, que se completa na coletividade.
• O desenvolvimento natural da criança é necessário à liberdade de ação do adulto que ela será.
• Necessidade de educar a criança, desde que nasce, para garantir o pleno desenvolvimento do ser humano.
Froebel sustentava que tanto a repressão como a ausência de liberdade, para a criança, impedem a ação estimuladora da atividade espontânea (lúdica), considerada como elemento essencial no desenvolvimento físico e intelectual.
Tal percepção fez surgir os kindergardens (Jardim de infância) como trabalho da educação, com ênfase no caráter lúdico, destinado a preparar a criança para os níveis escolares subseqüentes.
Para Froebel, o papel do jogo na educação é imprescindível e se torna o eixo da pedagogia dos kindergardens. (kishimoto, 2002).
Sua metodologia consiste em:
• Dons: materiais que permitem a realização de atividades denominadas ocupações.
•-Brinquedos e jogos: atividades simbólicas livres, acompanhadas de músicas e movimentos corporais.
- Brinquedos: atividades imitativas e livres.
- Jogos: atividades livres com o emprego
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