O Conto o Espelho e Eu
Por: Lhyz Affonso • 27/9/2018 • Trabalho acadêmico • 477 Palavras (2 Páginas) • 253 Visualizações
O espelho e eu
Era noite de sexta feira quando parei em frente ao espelho e resolvi analisar minha vida. Frente aquele homem de mais ou menos 35 anos, o enfrentei e disse: Mostre-me o que fizeste durante esses anos, quero ver as tuas conquistas, não dê-me mais justificativas, quero que me mostre o que tens. Agora!
Ainda de frente com tal homem, vi suas expressões, e o encarei dos pés a cabeça, como se fosse eu o seu julgador. Foi quando parei e observei as cicatrizes profundas acompanhadas de marcas na alma que a vida o tivera incumbido de dar sem dó. Ainda o encarando e me segurando para não falar nada. Até que de repente chorei. Eu não podia ser tão cruel. Você tem que entender esse homem, uma voz em minha alma gritava, foi quando ouvi o sussurrar ainda soluçando daquele ser me dizendo que:
O homem que eu estava indagando, tivera enfrentado uma vida árdua, foi abandonado por sua mãe aos 7 anos de idade quando ela foi deixa-lo na escola, apenas com um sorriso se foi, o fazendo prometer que não choraria. Seu pai tinha sido um homem alcoólatra e violento. O seu lar, os seus pilares tiveram sido sem estrutura. O garotinho que com 8 anos teve que virar homem, pois a vida não o deu chances para ser criança. Aos 9 anos era engraxate, não teve muitas oportunidades de ensino.
Quando atingiu seus 14 anos descobriu que seu pai tivera morrido de cirrose hepática.
Sabe, a vida não tinha sido nem um pouco meiga com este homem que você vê. Dormiu por diversas vezes nas ruas e em abrigos. Por sorte conheceu uma freira que o levou a um abrigo de jovens, lá tivera a chance de estudar. E foi quando prometera ao jovem de 16 anos em frente ao espelho que jamais deixaria a vida o amedrontar. E como ordem exclamou para que não reclamasse de nada que o mundo o imputasse, pois isso o tornara forte, e sim, com 16 anos esse jovem não poderá chorar.
Aos seus 23 aprendeu a ler e escrever e com seus 28 entrou na faculdade, seu sonho de ser doutor estava prestes a acontecer, foi quando descobriu o que era o tal de amor. O jovem homem se apaixonou e resolveu largar tudo para ter aquilo que sempre quis. “O seu lar”.
Aos 35 anos de frente ao espelho, me pego observando e questionando quem eu sou?
O homem largou tudo e diante de mim me mostra as obras de sua vida. Um homem sem muitas riquezas, porem vivido e com muitas experiências para contar. E descobri encarando esse tal espelho, que sou homem guerreiro, homem de fé, sou pai, trabalhador, homem honesto, homem falho que por diversas vezes pensou em desistir.
E se o espelho indagasse você acerca do que és hoje, quem seria você?
Autor: Branca Lhyz Cruz Affonso Gonçalves
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