O Curricula e o preconceito linguístico
Por: Aline Bregense Vieira • 11/5/2018 • Artigo • 480 Palavras (2 Páginas) • 157 Visualizações
O currículo é um norteador que orienta as ações de uma escola, desde a formação dos educadores até a definição de materiais didáticos, entre outros, aspectos presentes no cotidiano escolar. Segundo Burnham (1993) o currículo é “ um processo social, que se realiza no espaço concreto da instituição educativa com o papel de dar, àqueles sujeitos que ali interagem, acesso a diferentes referencias de leitura e relacionamento com o mundo. Burnham ainda diz que:
[isso lhes] proporciona não apenas um lastro de conhecimentos e de outras vivências que contribuam para a sua inserção no processo da história como sujeito do fazer dessa história, mas também para a sua construção como sujeito – quiçá autônomo -, que participa do processo de construção e de socialização do conhecimento e, assim, da instituição histórico-social de sua sociedade.
Já a prática curricular, segundo Valda, “ é a vivência cotidiana do currículo, pensando, discutindo e selecionando coletivamente ou não, que se concretiza no dia a dia do fazer escolar”.
Assim, podemos concluir que as ideologias e práticas difundidas pelo currículo devem ser elaboradas pensando no aprendizado do aluno, nos benefícios que isso trará a ele, pois dependendo da forma como isso ocorrera, pode se alimentar ou minimizar preconceitos, entres eles o preconceito linguístico, presente fortemente na nossa sociedade.
O preconceito linguístico é resultado de uma falta de orientação multicultural que possa nortear as práticas curriculares da escola. Segundo Connel (1993) a justiça curricular é pautada por três princípios: a) os interesses dos menos favorecidos, b) participação e escolarização comum e c) a produção histórica da igualdade. Para o autor, o critério da justiça curricular é o grau em que uma estratégia pedagógica produz menos desigualdades no conjunto das relações sociais ao qual o sistema educacional está ligado.
O que observamos nas nossas escolas, que mesmo com a democratização do ensino, que antes era destinado apenas as elites, agora aperto as classes mais baixas, as variedades linguísticas desses alunos, que vivem não só na periferia mas também na área rural, não são levados em conta. O que leva a opressão, preconceito e discriminação, não só no ambiente escolar, mas também no contexto social como um todo.
Moreira e Candaua afrimar que:
Talvez seja possível afirmar que estamos imersos em uma cultura da discriminação, na qual a demarcação entre “nós” e “os outros” é uma pratica que se manifesta pelo não reconhecimento dos que consideramos não somente diferentes, mas, em muitos casos “inferiores”, por diferentes características indenitárias e comportamentos.
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