O DEPARTAMENTO DE LETRAS
Por: allypascoal • 21/4/2021 • Resenha • 361 Palavras (2 Páginas) • 182 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CAMPUS IV: LITORAL NORTE
DEPARTAMENTO DE LETRAS
ALÍCIA LIMA PASCOAL
PROF.ª RAÍRA MAIA
BARTHES, R. Aula (aula inaugural da cadeira de semiologia literária do Colégio de França, pronunciada dia 7 de janeiro de 1977). Tradução de Leyla Perrone Moisés. SP: Ed. Cultrix, 1989.
Roland Barthes adentra na temática da sala de aula ao defender a ideia que as relações de poder estão envoltas em todo e qualquer discurso proferido dentro da sociedade, desse modo, a linguagem e a literatura são meios que proporcionam a reflexão acerca das intensas situações cotidianas.
Para Barthes, as relações sociais estão impregnadas de poder, mas não só as de alto nível como o Estado, há também nas mínimas, como nas relações familiares. A linguagem é a própria manifestação do poder, pois torna-se um objeto de instauração dele, e o poder está também implícito na língua, porque ela é um meio de classificação, sendo assim, opressiva. Para a denominação da língua, é empregado o termo “facista”.
A visão barthesiana sobre o poder assemelha-se a linha de raciocínio de Foucault, em que o poder é considerado uma prática social constituída historicamente e está por toda parte nas relações sociais existentes.
Barthes afirma que a literatura é a prática de escrever, e que se fosse extinta por algum motivo as disciplinas, a literatura deveria ser salva, pois é a única que envolve todas as outras ciências, sendo também realista, o que de fato a torna humanizadora e libertadora, pois faz o indivíduo enxergar os problemas existentes na sociedade. Em seguida, ele mostra três forças da literatura que têm efeito sobre a língua: Mathesis, Mimesis e Semiosis. Contudo, Barthes não continua o seu texto utilizando essas nomenclaturas. A força de representação refere-se à segunda força, mas o real não é algo representável, é demonstrável. A literatura é realista por ter sempre o real como desejo
Por fim, a semiologia é a ciência dos signos, a desconstrução da linguística, mas não é metalinguagem. Apesar de não ser uma disciplina, contribui em diversas áreas. Língua e discurso estão intrinsecamente relacionados por estarem no mesmo eixo de poder, assim como literatura e semiologia ligam-se uma a outra.
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