O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA NAS MODALIDADES REGULAR E BILÍNGUE: CONTRIBUIÇÕES LINGUÍSTICAS PARA O PROCESSO DE AQUISIÇÃO E APRENDIZAGEM DE UMA SEGUNDA LÍNGUA SOB UM OLHAR PSICOPEDAGÓGICO
Por: nagilagadelha • 17/11/2019 • Artigo • 8.127 Palavras (33 Páginas) • 306 Visualizações
O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA NAS MODALIDADES REGULAR E BILÍNGUE: CONTRIBUIÇÕES LINGUÍSTICAS PARA O PROCESSO DE AQUISIÇÃO E APRENDIZAGEM DE UMA SEGUNDA LÍNGUA SOB UM OLHAR PSICOPEDAGÓGICO1
Francisca Nágila Silva Gadelha2
Fellipe Fernandes Cavallero da Silva3
RESUMO
O trabalho apresentado a seguir tem o objetivo de identificar a interação social e os processos dialógicos nela presente que podem auxiliar e facilitar a aquisição de uma segunda língua. Partindo do pressuposto de que os nossos professores, alunos e sociedade em geral têm o mesmo ideal, o avanço da comunicação, o processo de ensino-aprendizagem de língua inglesa deve ser inovado, com base em uma nova perspectiva histórico cultural oriunda da globalização, da tecnologia e da necessidade que nós, seres humanos, temos de nos comunicar com indivíduos e de conhecer outras culturas. Podemos sintetizar a forma como a língua estrangeira é viabilizada nas séries iniciais nas escolas, colaborando para que busquemos uma metodologia eficaz para a imersão de outro idioma em nosso cotidiano, corroborando a sua influência em nosso cenário globalizado. A língua é um sistema estável, imutável, de formas linguísticas submetidas a uma norma fornecida tal qual à consciência individual e peremptória para esta (BAKHTIN, 1999, p.74). A revisão bibliográfica proposta permanece amparada por perspectivas: sociocultural, antropológica e filosófica, para isso, exploram-se no referencial teórico algumas teorias acerca da aquisição da língua materna e da língua estrangeira, enfatizando o método fônico e a consciência fonológica nos indivíduos como meios interventivos para a ampliação da interação entre locutor e interlocutor, reforçando a oralidade e a comunicação em língua inglesa, salientando o crescimento do conhecimento linguístico e da linguagem de modo geral dos aprendizes. Em seguida, retrata um paralelo entre o ensino de língua inglesa na modalidade de educação básica e o bilinguismo em nossa sociedade, prática concebida como aquela em que o aprendente é instruído em pelo menos duas línguas, mas o foco é a língua inglesa, utilizada como meio de ensino de conteúdos e desenvolvimento da fluência comunicativa e não como matéria específica do currículo estudantil. A Psicopedagogia, prática inovadora e promissora na área de educação e saúde é um meio interventivo que busca entender os aprendentes e colaborar para que o ambiente escolar seja mais instigante e as práticas de imersão na língua alvo sejam favorecidas por técnicas de abordagem natural com ludicidade. Pelo contrário, nas condições de verdadeira aprendizagem os educandos vão se transformando em reais sujeitos da construção e da reconstrução do saber ensinado, ao lado do educador, igualmente sujeito do processo (FREIRE, 1997, p. 13). O aluno é o sujeito no cenário de aprendizagem e o professor um mediador desse processo. O objetivo geral da pesquisa é investigar os desafios do ensino de língua inglesa em um contexto social, construindo ideias interventivas acerca da educação regular, a partir da concepção de bilinguismo. Os objetivos específicos são: conceituar o bilinguismo; qualificar o ensino-aprendizagem de língua inglesa e elencar fatores que predispõem a proposta bilíngue de ensino. Os resultados desse estudo registram a necessidade de ampliarmos a nossa discussão teórica e pesquisas científicas afins objetivando implementar as políticas educacionais que validam o ensino da língua inglesa favorecendo a formação de indivíduos com a adequada proficiência comunicativa para atuar em nossa sociedade contemporânea.
Palavras – chave: Aquisição da língua inglesa. Aprendente. Ensino-aprendizagem. Bilinguismo. Intervenção psicopedagógica. Proficiência comunicativa. Competência linguística.
Artigo apresentado como requisito parcial para obtenção do Título de Graduada em Letras / Inglês da Universidade Estácio de Sá – 2019
2 Graduanda. Professora Graduada em Letras / Português e Especialista em Ensino de Língua Inglesa e Psicopedagogia. E-mail: Professora.nagilasilvagadelha@gmail.com
3 Orientador. Felipe Fernandes Cavallero da Silva. Professor vinculado a Universidade Estácio de Sá. E-mail: fellipe.silva@docente.estacio.br
1 INTRODUÇÃO
Por sermos indivíduos, e vivermos em um meio social temos a necessidade de nos comunicar e com a globalização, inúmeros são os fatores que nos comprovam que a linguagem desenvolve a nossa identidade. Com o avanço da globalização mundial, a oferta de ensino de língua estrangeira (LE) foi muito propagada em nosso país ou em outro país no mundo afora, o interesse de aprender outro idioma nasceu junto com a humanidade. Segundo Chagas (1967:105), no Brasil, o ensino oficial de línguas estrangeiras teve início em 1837, com a criação do Colégio Pedro II. Diz ele:
As línguas modernas ocuparam então, e pela primeira vez, uma posição análoga à dos idiomas clássicos, se bem que ainda fosse muito clara a preferência que se votava ao latim. Entre aquelas figuravam o francês, o inglês e o alemão de estudo obrigatório, assim como o italiano, facultativo; e entre os últimos apareciam o latim e o grego, ambos obrigatórios.
O trabalho de pesquisa realizado neste projeto foi inserido no campo do conhecimento de língua estrangeira, voltando-se para o eixo ensino-aprendizagem de aprendentes e professores de língua inglesa (LI), tendo a análise da competência linguística e da consciência fonética como tema e apresentou interdisciplinaridade com o campo da linguística aplicada contemporânea.
A pesquisa objetivou apresentar dados bibliográficos acerca dos avanços do ensino da língua, a formação de professores com proatividade comunicativa e fluência na língua alvo, enfatizando a importância de motivarmos os aprendizes a estarem em contato com a literatura especializada que trata de ensino e aprendizagem de língua inglesa (LI).
O caminho metodológico escolhido foi o dialético, realizado por meio de uma pesquisa bibliográfica teórica abrangente no campo da linguística. Segundo Bakthin (1999), a língua é, como para Sausurre, um fato social, cuja existência se funda nas necessidades da comunicação. No processo de assimilação de uma língua estrangeira, sente-se a “sinalidade” e o reconhecimento, que não foram ainda dominados: a língua ainda não se tornou língua. A assimilação ideal de uma língua dá-se quando o sinal é completamente absorvido pelo signo e o reconhecimento pela compreensão (BAKTHIN, 1999, p.87-88).
O
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