O Mito da Democracia Racial no Brasil
Por: Ivan.123 • 3/5/2017 • Relatório de pesquisa • 1.396 Palavras (6 Páginas) • 1.125 Visualizações
O mito da democracia racial no brasil
um dos mertitos dos sistemas de cotas foi trazer a lume as discussoes sobre a aclamada democracia racial brasileira. Os detratores dizem que o sistemas de cotas criariam uma divisao na sociedade que nunca existiu gerando preconceito e discriminação.
Pergunta se: as cotas romperiam a democracia racial que existe no Brasil ou elas ajudariam a corrigir uma diferença preexistente?
Ainda impera em nosso pais a ideia de que negros, brancos, indigenas e as varias etnias que formam nossa poputalção vivem em plena armonia, em parte essa noção encontrou respaldo na obra casa grande e senzala de Gilberto Freyre. Esse fato parece verdadeiro a muitas pessoas, especialmente quando compara o Brasil aos Estados Unidos quando determinadas leis privaram os cidadaos não brancos de umas serie de direitos que incluiram restrição ao casamentos e regras diferentes no uso de transportes e banheiros publicos foi nesse mesmo pais que a ku klux klan atuou e ainda atua violentamente e militantes dos direitos civis como Malcolm x e Martin Luther King Jr.
Foram assassinados. É verdade que não tivemos uma experiencia similar no Brasil pelo menos de forma tao declarada e apesar das redes sociais terem repensado profundamente a teoria de Gilberto Freyre muitos ainda insistem em sua validade. Nós não somos o paraiso da Democracia Racial e isso já foi percebido a tempo.
No ano de 1951 foi promulgada a Lei Afonso Arinos que defendia como sendo contravençao a recusa por parte de estabelecimento comercial ou de ensino; de ospedar, servir ou atender: compradores, clientes ou alunos por preconceito de raça ou de cor. As penas incluiam prisao de 3 meses a 1 ano e multas. O mesmo era aplicado aqueles que negavam emprego a alguém em função de preconceito racial.
A contituição de 1988 tornou crime de racismo inafiançavel e inprescritivel, portanto, pelo menos a partir de meados do seculo passado a legislaçao brasileira já dava prova de que o mito da democracia racial não era exatamente verdadeiro, já que não tem sentido combater algo que não existe, mas vamos às estatisticas:
primeiramente recorramos aos indicadores sociais no periodo imediatamente anterior as discurssoes sobre as cotas. Adotamos como referencia o trabalho:
Desigualdade Racial no Brasileira
Evoluções nas Condições de vida na Decada de 1990
escrito por Ricardo Henrique.
Pesquisador do Instituto de Pesquisa Aplicada IPEA, da Universidade Federal Fluminense(uff)
-no ano de 1999, 34% dos brasileiros eram pobres, isto é, não dispunha de uma renda familiar minima para suprir os gastos basicos como alimentação, transportes e moradia. Alem disso, 12% vivia abaixo da linha de indigencia, o que significa dizer que não tinham condições de se alimentar com a quantidade minima de 2000 calorias diarias recomenda pela Organização Mundial da Saude(OMS). Em países com renda percapita semelhante a nossa, esse numero correspondia em media a 10% da população o que demonstra que não eramos exatamente um pais pobre e sim desigual. Nesse contexto, para acegurar que a raça não tinha influencia na condição social dos indivíduos seria necessario que a proporção de pobres, brancos e negros companhasse a proporção da população total. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicilios feita pelo IBGE, no ano de 1999 5,4% dos brasileiros se declaravam preta; 39,9% parda e 54% branca.
Apesar disso em 1999, os negros e pardos que representavam 45,3% da população brasileira, correspondia a 64% da população pobre; 69% da população indigente; os brancos apesar de ter 54% da populção compunham 33% dos pobres e 31% dos indigentes, em outras palavras, insitando o autor do estudo: “dos 53 milhões de brasileiros pobres, 19 milhões são brancos. 30,1 milhões pardos e 3,6 milhões, pretos. Entre os 22 milhões de indigentes temos 6,8 milhões brancos; 13,6 milhões pardos e 1,5 milhão, pretos.”, ou seja, apesar de ser menos da metade da população, quando o assuto é pobreza, negros e pardos ultrapassam os brancos com folga.
Distribuição da população total e das populações pobre e indigente segundo a cor – 1999
População indigente | 73,73 | 68.85 |
População pobre | 35.95 | 63.63 |
Populção total (Brasil) | 54.02 | 45.33 |
Branca
Negra
Esses dados podem ate ser questionaveis já que muitos criticam os metodos do IBGE, mas eles apontam uma tendencia; o Brasil de 1999, os pretos e pardos que eram minoria no total da população brasileria representavam a maioria dos pobres em nosso pais. A riqueza não era distribuida de maneira equilibrada entre as pessoas com criterio da raça ou da cor. Ainda segundo os dados do ibge, no ano de 2009, 48,22% da populção brasileira se declarava branca; 6,91% preta e 44,16% parda.
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