Democracia Racial brasileira: Mito ou Realidade
Por: Chenga • 18/8/2017 • Artigo • 760 Palavras (4 Páginas) • 351 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
DOCENTE: LEANDRO LAPA
DISCENTE: MARIA ODALÉA DE CARVALHO MATR.: 201034526-4
RESENHA: Artigo - "As manifestações políticas de rua e a resposta do governo". (Ivo Lesbaupin)
O presente artigo aborda as manifestações ocorridas em todo o Brasil no ano de 2013, iniciado pelo Movimento Passe Livre que inicialmente se mobilizou em torno do aumento da passagem de ônibus, considerado abusivo pelo movimento, dado a baixa qualidade do serviço prestado por este transporte público. Esta mobilização, já em seu início, alcançou diferentes setores da população, diversos grupos formados por estudantes, trabalhadores, aposentados e outros representantes da população em geral. E, dado a intensa participação dos mais diversos setores da sociedade, houve uma ampliação ds reivindicações como: liberdade de expressão e manifestação, repulsa a opressão policial, respeito à democracia, melhores condições de saúde, educação, questionando também os altos gastos com a copa do mundo.
Segundo Ivo Lesbaupin, os especialistas e analistas políticos atribuem a política de governo que se pauta na promoção da "governabilidade",e em nome dela ampliou aliaças políticas impensáveis; a crise nos partidos políticos, cuja prática política se confunde nos mais diferentes partidos de esquerda e de direita, onde no jogo político há uma validação de qualquer acordo na luta para a manutenção do poder e a formação de lobs políticos que aprovam leis segundo interesses particuares, como no caso da aprovação do "Código Florestal" pela bancada ruralista. O autor observa também o retrocesso nos avanços alcançados nos direitos civis, onde o direito a diversidade sexual perdeu expressão política dentro do congresso com a eleição de um presidente da Comissão dos Direitos Humanos que desrespeitava os direitos civis dos homossexuais, tudo isso graças ao lob político da chamada bancada religiosa fundamentalista.
O autor faz uma crítica ao engessamento dos partidos políticos e compara os protestos ocorridos no país aos que aconteceram na Espanha, quando houve uma reação dos "indignados" contra os partidos políticos, governo e o sistema político, observando os contextos diferentes. Havendo um total "descolamento entre a sociedade e seus representantes".
Ivo Lesbaupin observa que as massas questionaram o desempenho do governo com relação as políticas de saúde e educação ao perceberem que as mudanças e melhorias prometidas não se concretizaram, quebrando o mito de o "país do futebol" para o país da saúde e educação, ou seja menos investimento para a copa do mundo e mais para áreas essenciais. Reflete sobre uma característica presente neste movimento que o diferencia de outrs movimentos: a falta de uma liderança explícita, o que segundo o autor, possibilitou desdobramentos violentos praticados por grupos infiltrados nas manifestações, assim como, grupos neonazistas e militantes de direita que hostilizaram e agredidiram representantes de partidos de esquerda e de movimentos sociais.
Em seu artigo o autor faz uma análise crítica do papel da imprensa na cobertura das manifestações que inicialmente condenou o movimento, apoiada por setores de direita, e sua tentativa de caracterizar os protestos como uma ação anti-Dilma, mudando o foco do objetivo das manifestações. Segue analisando a reação do governo federal após as manifestações sacudirem o país, refletindo sobre os 5 pactos propostos para atender as reivindicações, são eles: 1- Responsabilidade fiscal e controle da inflação - atendendo, segundo ao autor, ao mercado financeiro; 2- Plebiscito para a formação de uma constituinte sobre a reforma política - atendendo um elemento-chave das reivindicações, a reforma política; 3- Saúde - dando ênfase na contratação de médicos no exterior para a implantação do Programa" Mais Médicos"; 4- Educação - destinação de 100% dos royalties do petróleo para a educação ( o autor critica esta medida como solução, uma vez que o problema não seria a falta de verba, mas sim, uma má distribuição do dinheiro público, onde a maior parte do orçamento vai para quitação da dívida pública); 5- Transportes - destinação de mais de 50 bilhões para o setor e a criação do Conselho nacional do Transporte Público com a participação da sociedade civil.
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