O PERCURSO PERSPECTIVA SEMITOCA
Por: welinton medeiros • 14/10/2015 • Trabalho acadêmico • 2.296 Palavras (10 Páginas) • 139 Visualizações
UNIVERSIDADE PAULISTA
ALUNO:
PERCURSOS DAS PERSPECTIVAS SEMIÓTICAS
UNIP
2015
Semiótica
Contexto histórico
A referência sobre semiótica mais antiga é encontrada na história da medicina. O médico grego Galeno de Pérgamo , referiu-se à diagnóstica como sendo “a parte semiótica da medicina.” Na idade média, desenvolveu-se um estudo sobre os signos, envolvendo a gramática, a lógica e a retórica. A semiótica era voltada para a teologia nessa época. O ponto principal dos estudos eram os signos e os significados religiosos ou baseados em Deus. Na idade moderna, a semiótica foca nas imagens, procurando os significados dos símbolos e das palavras. O significado acaba se tornando mais amplo. Apesar de seu passado estar na Grécia, à semiótica teve seu início com filósofos como John Locke que no seu Essay on human understanding, de 1690, postulou uma "doutrina dos signos" com o nome de Semeiotiké, ou com Johann Heinrich Lambert (1728-1777) que, em 1764, foi um dos primeiros filósofos a escrever um tratado específico intitulado “Semiotik”.
O que é semiótica:
A semiótica provém da raiz grega ‘semeion’, que denota signo. Assim, desta mesma fonte, temos ‘semeiotiké’, ‘a arte dos sinais’. Esta esfera do conhecimento existe há um longo tempo, e revela as formas como o indivíduo dá significado a tudo que o cerca.Semiótica é, portanto, a ciência que estuda os signos e todas as linguagens e acontecimentos culturais como se fossem fenômenos produtores de significado, neste sentido define a semiose. Durante um tempo, a linguística, como ciência, acreditava que existia somente a teoria da língua e da linguagem, entretanto ao contrário da linguística, a semiótica não reduz suas pesquisas ao campo verbal, expandindo-o para qualquer sistema de signos, artes visuais, música, fotografia, cinema, moda, gestos, religião, entre outros,onde visa tratar da perspectiva bidirecional, onde cada frase deixa de ser apenas uma unidade de valor e cada enunciado pode ter diversas interpretações de acordo com a visão de mundo de cada leitor lidando com os conceitos, as ideias, estudando os mecanismos de significação que se processam natural e culturalmente. Essa grande mudança levou a linguística a um novo rumo, onde a semiótica textual toma conta de um novo cenário. A partir disto, desenvolveram-se outras transformações diante teorias anteriormente engessadas, como por exemplo, o pensamento que o sentido da frase depende do sentido do texto, ou paralelamente também como foram revistos os conceitos de pragmática, enunciação. As novas teorias desenvolvidas foram contribuindo umas com as outras, abrindo um caminho para uma análise semântica diferenciada. A semiótica tem como principal objeto o texto em si. Ela tenta explicar o que o texto diz e como ele faz para dizer o que diz. Um texto é definido por sua organização, organização esta que deve trazer o “todo de sentido” como objeto de comunicação entre um destinador e um destinatário. Nesse ângulo, é possível analisar o texto interna ou externamente. É necessário que exista dois princípios na análise do texto, levando em consideração o objeto de significação e o objeto de comunicação.
No contexto sócio-histórico, a semiótica concilia aparato teórico com “o que o texto diz” e “como o texto diz”, e isso serve para qualquer tipo de texto, seja um livro, uma bula de remédios, uma música popular, uma reportagem de jornal, todos eles associados a diferentes expressões de imagens e sons. a semiótica busca explicar os sentidos do texto de acordo com o seu plano de conteúdo.Para que um texto tenha seu sentido construído, é necessário que ele tenha um plano de conteúdo em um percurso gerativo desenvolvido em três etapas, de sentido seja simples ou abstrato, considerando a primeira etapa seja de nível fundamental, a segunda como nível narrativo, e a terceiro o nível discursivo.
As categorias fundamentais são determinadas como eufóricas ou disfóricas. Nas estruturas narrativas, as oposições semânticas de valores são assumidas por um sujeito e circulam entre as ações de diversos sujeitos. Na última etapa do percurso gerativo, entra o nível das estruturas discursivas, que trás o texto como enunciado em si, conectado pela comunicação visual, gestual e escrita, tornando a leitura menos subjetiva, ou seja, mais aprofundada na questão dos sentidos do texto.
Em suma Não é considerado um ramo do conhecimento aplicado, mas sim um saber abstrato e formal, generalizado. Segundo Charles Sanders Peirce (1839-1914), criador da semiótica moderna, as pessoas exprimem o contexto à sua volta através de uma tríade; Primeiridade, Segundidade e Terceiridade, alicerces de sua teoria. Levando em conta tudo que se oferece ao nosso conhecimento, exigindo de nós a comprovação de sua existência, e tentando distinguir o pensamento do ato de pensar racional, ele concluiu que toda experiência é percebida pela consciência aos poucos, em três etapas. São elas: qualidade, relação que posteriormente foi substituída por Reação e representação, trocada depois por Mediação.
Santaella (2002) Define a Semiótica é um campo de conhecimento que interroga e analisa objetos existentes no mundo, tudo aquilo que significa, ou seja, signos. Parte-se do pressuposto de que tudo aquilo que existe no mundo emite algum significado, sentido, mensagem, assim a Semiótica procura investigar como essa significação é feita, que efeitos de sentido determinado objeto traz ao simples existir. Resumidamente, conforme explica Peirce (1974): um signo relaciona três elementos,
- Composto por um Objeto (que pode ser um fato);
- Um Interpretante (que pode ser a interpretação que alguém venha a fazer do fato - não confundir com "intérprete");
- Um Representâmen, que é o corpo do signo em si.
Assim, no Signo há três relações entre (Objeto, Interpretante e Representâmen). “Citando um exemplo, a palavra bola” é um Signo: o seu Objeto pode ser uma bola qualquer; o Interpretante, para você - é a bola que vem à sua cabeça ao ler a palavra; e o Representâmen é a própria palavra “bola”.
Em prática, o Representâmen é o condutor de informação. A semiótica é definida por Saussure, como ciência que estuda a vida dos signos no quadro da vida social. O fundador da semiótica moderna foi Charles Sanders Peirce, cientista, historiador, filósofo. As marcas do pensamento peirceano é a acréscimo da noção dos signos e, por conseguinte, da noção de linguagem. A Semiótica Peirceriana não é considerada uma parte do conhecimento aplicado, mas sim um saber abstrato e formal, generalizado. Desta forma segundo Pierce, as pessoas exprimem o contexto à sua volta através de uma tríade, qual seja Primeiridade, Segundidade e Terceiridade, alicerces de sua teoria. Tudo que se oferece ao nosso conhecimento, estabelecendo a nós a verificação de sua existência, e tentando distinguir o pensamento do ato de pensar racional, ele chegou à conclusão de que toda experiência é percebida pela consciência aos poucos, em três etapas. São elas:
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