O Preconceito Linguístico
Por: CristinoNaricha • 20/8/2018 • Trabalho acadêmico • 6.712 Palavras (27 Páginas) • 309 Visualizações
Índice
Introdução 3
CAPÍTULO I: ELEMENTOS DE PESQUISA 4
1.1.Tema 4
1.2.Delimitação do Tema: 4
1.3.Objectivos 4
1.3.1.Geral 4
1.3.2.Específicos 4
1.4.Problematização 4
1.5.Hipóteses 5
1.6.Justificativa 5
1.7.PROCEDIMENTOS METODOLÓGICO 7
1.7.1.Tipo de Pesquisa 7
2.7.2.Métodos de Pesquisa 8
2.8.População/Universo e Amostra 8
2.8.1.População/Universo 8
2.8.2.Selecção da Amostra 9
2.9.Instrumentos de Colecta de Dados 9
CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 10
2. 1.O Preconceito Linguístico 10
2.2. Como o Preconceito Linguístico é visto em sala de aula? 12
2.3. Variação Linguística 12
2.3.1 Variações da Língua Portuguesa 13
2.3.2.Tipologia de Variedades Linguísticas 14
2.4.Normas do Português 15
2.4.1 Norma Padrão do Português 15
2.4.2 Norma não-padrão do Português 17
2.5.O Papel da Escola 18
2.6.Cronograma 21
2.7.Orçamento 21
Bibliografia 22
Introdução
O Preconceito Linguístico é aquele gerado pelas diferenças linguísticas existentes dentre de um mesmo idioma. De tal maneira, está associado as diferenças regionais desde dialetos, regionalismo, gírias e sotaques, os quais são desenvolvidos ao longo do tempo e que envolvem os aspectos históricos, sociais e culturais de determinado grupo.
O preconceito linguístico é um dos tipos de preconceito mais empregados na atualidade e pode ser um importante propulsor da exclusão social. Porém, devemos lembrar que a língua é mutável e vai se adaptando ao longo do tempo de acordo com ações dos falantes.
Além disso, as regras da língua, determinada pela gramática normativa, não inclui expressões populares e variações linguísticas, por exemplo as gírias, regionalismos, dialetos, dentre outros.
No entanto, este fenómeno verifica-se também no seio escolar, sobretudo nas aulas de línguas, no nosso caso, nas aulas de Português. Assim, em vez de ser colocada como fala ilegítima, a linguagem das crianças precisa ser abordada do ponto de vista das identidades familiares e os pertencimentos geográficos, etários e sociais. Nesse sentido, é fundamental respeitá-las e ampliar a competência comunicativa de nossos alunos. Para isso, podemos proporcionar encontros prazerosos e significativos entre eles e a linguagem formal, por meio da literatura.
A leitura pelo professor na sala de aula de contos clássicos, mitos, lendas e poemas pode ser usada como estratégia. As atividades de reconto, em que os estudantes assumem o protagonismo na apresentação oral das narrativas literárias, são situações didáticas exemplares para esse contacto sistemático com as especificidades da escrita. Afinal, eles precisam aprender que a linguagem escrita é diferente da oral para, aos poucos, passar a incorporar novos repertórios linguísticos em suas práticas sociais de leitura, escrita e comunicação oral.
Contudo, nesta pesquisa, pretende-se provocar uma reflexão por parte dos docentes, de como lidar com a variação linguística dentro da sala de aula, como reagir ao ver os discentes usando o português não padrão.
No que diz respeito à estrutura do presente projecto importa apresentar a seguinte: capítulo I: elementos de pesquisa, no qual faz-se a apresentação dos elementos básicos da pesquisa (tema, delimitação do tema, problematização, justificativa, objectivos e hipóteses); a seguir temos o capítulo II, que corresponde à fundamentação teórica no qual são arrolados diversos conceitos a respeito do tema. Ainda no mesmo capítulo faz-se a apresentação do cronograma de actividades, o orçamento e a respectiva bibliografia.
CAPÍTULO I: ELEMENTOS DE PESQUISA
1.1.Tema
- O Preconceito Linguístico em Sala de Aula nas Escolas em Arredores da Cidade de Quelimane
1.2.Delimitação do Tema:
- O Preconceito Linguístico em Sala de Aula: Atitudes dos Professores de Português da Escola Secundária Geral 25 de Setembro Diante Da Variação Linguística nas turmas A, B e C da 8ª Classe
1.3.Objectivos
1.3.1.Geral
- Analisar a atitude dos professores de Português dianta da variação linguística na sala de aulas.
1.3.2.Específicos
- Destacar as diferentes origens dos alunos que compõem as turmas A, B e C da 8ª Classe da Escola Secundária 25 de Setembro;
- Identificar o comportamento dos professores de português da Escola Secundária Geral 25 de Setembro diante da variação linguística na sala de aulas;
- Sugerir certas atitudes a tomar perante a variação linguística na sala de aulas, isto é, em turmas heterogéneas.
1.4.Problematização
Ao nos envolvermos com a língua, nós encontramos uma bifurcação: de um lado encontramos a norma culta nos dizendo o que devemos e o que não devemos falar, e nos marginalizando quando não a utilizamos; de outro, encontramos a própria língua nos guiando para outros usos seus. Vemos que, às vezes, ofuscados pela Gramática Normativa Tradicional, nós discriminamos a nós mesmos. Mas, essa discriminação se dá apenas em um nível linguístico, ou vai mais além?
Entretanto, ao falarmos em preconceito linguístico estamos a pisando em um terreno complexo, que envolve a linguagem materna, o regionalismo e a linguagem padrão. E o principal, estamos inseridos em um ambiente onde o uso da linguagem é praticamente heterogénea.
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