O Preconceito Linguístico
Por: shell10 • 6/11/2022 • Trabalho acadêmico • 1.494 Palavras (6 Páginas) • 118 Visualizações
Resumo:
Este presente artigo tem como objetivo fazer uma reflexão sobre o preconceito linguístico existente no país. Verificando também que a escola ajuda a disseminar o má julgamento das variedades linguísticas, visto que nesse ambiente é ensinado que o Brasil é formado por uma unidade linguística, sendo consideradas erradas todas as formas de linguagens informais. Um verdadeiro equivoco promovendo desigualdades sociais que será retratada no decorrer desse artigo.
PALAVRAS-CHAVES: Preconceito linguístico; unidade linguística; variedades linguísticas.
Abstract:
This article alms to reflection on linguistic prejudice in the country. It is also verified that the school helps to disseminate the judgment of linguistic varieties, since in this environment it is taught that Brazil is formed by a linguistic unit, all forms on informal languages being considered wrong. A real misunderstanding promoting social inequalities that will be delayed during this article.
1 INTRODUÇÃO
Este artigo foi desenvolvido com a intenção de proporcionar um entendimento de como o preconceito linguístico acontece no Brasil, e evidenciar que o pais é formado por uma vasta variação linguística, onde será tratada essa variedade como elemento indispensável e importante para a comunicação social.
A problemática que surgiu desse presente trabalho foi: como surge o preconceito linguístico? e de que forma se materializa? A língua pode ser designada como certa ou errada? Brasil: pluralismo ou unidade linguística?
Logo, pretende-se por meio de pesquisa bibliográficas compreender a importância da língua e da gramatica normativa e os desafios provenientes da não aceitação da variedade linguística, onde a pesquisa originou-se em Bagno (1999).
COMO SURGE O PRECONCEITO LINGUÍSTICO E DE QUE FORMA ELE SE MATERIALIZA
Observamos que a gramatica normativa e a linguagem coloquial são importantes e indispensáveis meios de comunicação entre as pessoas. Entretanto é importante destacar que a língua sempre vai apresentar variações decorrentes de fatores históricos, sociais, culturais e geográficos.
A partir dessas variedades linguísticas vem surgir um grande impasse chamado preconceito linguístico onde pode conceitua-se como uma discriminação a forma de falar de um grupo ou de indivíduo em particular.
É evidente que o má julgamento linguístico está presente desde uma região a outra do país e ate mesmo dentro de um estado, onde a população do interior tem a forma de falar inferiorizada em relação a linguagem utilizada na capital, colaborando assim com a prática de exclusão social.
O preconceito linguístico está intimidade ligado à questões econômica e estéticas. Pode-se citar a questão dos nordestinos; dizer que eles falam e escrevem errado é posicionar-se de forma autônoma e crente da existência de uma língua padrão, chamada norma culta. O fato de o nordeste apresentar um alto nível de problemas econômicos, onde a pobreza é um fator característico da região, contribuindo para restrição do aprendizado a gramatica normativa. Ausentes, em grande parte desse conhecimento são vitimas de preconceito linguístico.
Todo esse contexto nordestino e a elucidação das variedades linguísticas não serve, em parte, para convencer intolerantes para a ante prática preconceituosa.
Fazendo uma analogia com o sudeste, especificamente Rio de Janeiro, verifica-se uma forma de falar cobiçada e considerada bela, elegante e etc, que evidenciam o fato do elevado desenvolvimento econômico e social em relação ao nordeste.
Com relação ao exemplo dado percebe-se que a variação sem si não é fator independente para a geração do preconceito, mas está interligado a outros elementos.
É evidente o preconceito linguístico nos meios de comunicação e isso somente ajudam a promover exclusão social:
É um verdadeiro acinte aos direitos humanos, por exemplo, o modo como a fala nordestina é retratada nas novelas de televisão, principalmente da Rede Globo. Todo personagem de origem nordestina é, sem exceção, um tipo grotesco, rústico, atrasado, criado para provocar o riso, o escárnio e o deboche dos demais personagens e do espectador. (BAGNO, 1999, p.41).
Não somente os nordestino como também os nortista quando são retratado nas novelas percebe-se que eles tem um aspecto ´´engraçado``, seja na fala, nas roupas, na mentalidade pouco desenvolvida. E como se não fosse o suficiente, quando o personagem por si só, já representa essa ridicularização, os outros personagens para refere-se a ele, utilizam de falas ignorantes para deprecia-lo, reiterando o preconceito.
Sempre me perguntam onde se fala o melhor português [...]. Já viajei muito pelo Brasil e já estive em todas as regiões. Sinceramente, não sei onde se fala melhor. Cada região tem suas qualidades e seus vícios de linguagens. (DUARTE apud BAGNO 1999, p.20).
Todas as variedades linguísticas são essenciais e não podem ser consideradas como certa, errada, bonita ou feia, são esses conjuntos de línguas que formam o todo que é o Brasil.
A LINGUA PORTUGUESA BRASILEIRA: CONCEITO DO QUE É CERTO OU ERRADO
Ao fazendo uma breve reflexão sobre a língua e a gramática normativa, costuma-se colocá-la como a forma correta de falar a língua. gerando assim uma discriminação pois as variedades linguísticas são desprezadas..
Podemos observar estas variações da língua diariamente, observa-se também que o modo como se fala é diferente da forma como se escreve. Este fenômeno não atinge somente pessoas de baixo nível escolar, pois muitos letrados embora tenham o habito de falar formal, cometem equívocos, em relação a norma padrão, ao escrever.
Embora um indivíduo não domine as regras gramaticais ele é capaz de elaborar enunciados compreensíveis, mesmo não entendendo da sintaxe da língua, pois é um falante nato.
O autor quer dizer que enquanto a língua possui variações, mudanças constantes, a gramatica é estagnada, isso se deve ao surgimento diário de novas expressões e a norma padrão não consegue acompanhar essas modificações.
É importante evidenciar que mesmo independente geopoliticamente de Portugal, o Brasil ainda é dependente deles com relação à língua, mas logicamente se há independente é necessário que seja literalmente, não permitindo que um ‘’igapó’’ venha trazer tantos conflitos para uma nação que tem uma forma de falar diversificada resultante da miscigenação de povos no país.
BRASIL: PLURALISMO OU UNIDADE LINGUISTICA
Ao analisarmos a fala de determinados indivíduos de diferentes regiões do país iremos perceber que não temos uma unidade linguística, embora os brasileiros sejam falantes da língua portuguesa, cada localidade tem seu próprio dialeto. O português falado no sul é diferente do falado no nordeste isso é perfeitamente aceitável, pois há dialogo entre os envolvidos.
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