OS MÚLTIPLOS SABERES DO EDUCADOR E DO EDUCANDO
Por: Anidlaremse • 14/7/2016 • Trabalho acadêmico • 946 Palavras (4 Páginas) • 344 Visualizações
OS MÚLTIPLOS SABERES DO EDUCADOR E DO EDUCANDO
ESMERALDINA MOREIRA DOS REIS
Diante da reflexão, análise e compreensão de alguns saberes do educador e do educando percebo que é preciso valorizar na prática pedagógica a produção de conhecimentos, mas também ter clareza de que os conhecimentos socialmente elaborados e/ou construídos são indispensáveis para servirem de sustentação na elaboração de outros saberes é imprescindível, por que é desta maneira que o educador poderá organizar o que os educandos descobrem, criam e formulam.
Mas, também é preciso dar oportunidades viáveis para que possam tomar decisões para seu próprio futuro numa sociedade que estarão habilitados a transformar se a realidade assim demandar, colaborando para o desenvolvimento do senso crítico.
Frente a essa realidade, dos alunos da Educação de Jovens e Adultos – EJA, pelas suas vivências são plenos do saber sensível, a maioria receptiva às situações de aprendizagem, manifestando assim o encantamento com as estratégias, com os novos saberes e com as experiências que a escola lhes proporciona.
Essa ação maravilhosa com o saber é positiva e deve ser cultivada e valorizada pelo (a) educador (a) porque representa o ponto de partida para exercitar o raciocínio lógico, a reflexão, a análise, a abstração e, assim elaborar outra espécie de saber: o saber científico.
Algumas ações despertam o saber sensível, como: ler, declamar poesias, escutar música, ilustrar textos com desenhos e colagens, jogar, dramatizar histórias, conversar sobre pintura e fotografias, e como abertura para o nosso mundo interno temos o olhar, escutar, cheirar e saborear estes relacionados ao saber do corpo sustentado pelos cinco sentidos.
Outro tipo de saber dos alunos da EJA é o saber cotidiano, ele se configura como um saber reflexivo, pois é um saber da vida vivida e amadurecida, fruto da experiência nascido de valores e princípios éticos, morais já formados anteriormente, ou seja, fora da escola. Esse saber fundado no cotidiano é um tipo de saber das ruas, frequentemente assentado no “senso comum” e diferente do conhecimento formal. É também um saber elaborado, mas não sistematizado. É pouco valorizado no mundo letrado, escolar e, frequentemente pelo próprio educando.
Os saberes que os educandos trazem estão diretamente relacionados ás suas práticas sociais. Portanto essas práticas dão um norte não somente aos saberes do cotidiano, como também aos saberes aprendido na escola.
A aprendizagem escolar, ao promover um conhecimento legitimado pela sociedade, só se torna significativa para o (a) aluno (a) se fizer uso e valorizar seus conhecimentos anteriores, se produzir saberes novos, que façam sentido na vida fora da escola, se possibilitar a inserção do jovem e adulto no mundo letrado. (MEC 2006)
De acordo com essa afirmativa não se deve pensar que os educandos ao obter um novo conhecimento deixarão suas noções prévias, mas que as utilize para que a partir delas avancem em novos sentidos. Por conseguinte, é preciso que o educador faça o planejamento das atividades de ensino e aprendizagem, que propiciem a condição de atuar e trabalhar os conhecimentos prévios, fazendo com que os educandos reflitam, tome ciência de seus saberes e assim teçam ligações destes com o novo saber.
Para Freire (1990), valorizar o conhecimento que o educando traz deve ser ponto de partida da aprendizagem. Esse princípio demonstra uma atitude de respeito ao educando da EJA.
Portanto percebe-se que é possível sim verificar grandes diferenças com relação aos saberes dos educandos nos diferentes períodos de aula seja no turno matutino, vespertino ou noturno.
Nas minhas experiências, enquanto professora da EJA, sempre busquei desenvolver estratégias que pudessem contribuir para a prática dialógica e pedagógica através dos saberes docentes necessários visando enfrentar os desafios contemporâneos nesta modalidade de
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