Os Alarmantes Caminhos da Fome no Brasil
Por: Alex852 • 2/10/2020 • Monografia • 544 Palavras (3 Páginas) • 234 Visualizações
Os alarmantes caminhos da fome no Brasil
Conforme estudamos e analisamos as sociedades, percebemos que elas sempre se dividem em dois grupos: um que vive bem ou passa por pequenas dificuldades, e o outro grupo sobrevive, passa fome e faz de tudo para conseguir o seu sustento. Conforme o tempo passa, esse grupo de pessoas que sobrevivem ora aumenta ora diminui. O fato é que essa desigualdade entre classes existe e as piores coisas sempre caem para a classe “E”, a classe que passa por todas as dificuldades possíveis.
No Brasil não é diferente, onde, atualmente, vemos um cenário preocupante, em que o país pode estar prestes a voltar para o Mapa da Fome da ONU o qual havia deixado em 2014, segundo o coordenador do IBSE e o consultor da ActionAid Brasil. É intrigante olhar para esse país com a 5ª maior extensão territorial do mundo e um enorme potencial agrícola e saber que em 2017 mais de 5,2 milhões de brasileiros passaram um dia inteiro ou mais dias sem consumir alimentos ao longo do ano, segundo informa o site g1.globo.br. Agora, segundo a ONU, o combate à fome no Brasil se estagnou, e esse número de famintos tendem a crescer se nenhuma medida for tomada.
Podemos sim, chamar de alarmante as proporções em que a fome tem caminhado em nosso país. Olhando para a história da fome no Brasil percebemos as oscilações ao longo dos anos, visto que, segundo os dados pesquisados a analisados pelo IBGE, em 1999, 20,9 milhões de brasileiros eram considerados desnutridos, já em 2004, esse número havia sido reduzido para 12,6 milhões. Depois, em 2007, era de 7,4 milhões passando fome, mas foi em 2010 que esse número atingiu o seu ponto mais baixo, com 4,9 milhões, antes de voltar a crescente novamente em 2017, onde essa taxa chegou perto de 2,9 milhões considerados famintos.
Em meio a tantos problemas com a fome, algumas medidas foram tomadas pelo governo. Podemos citar o programa Fome Zero, criado em 2003, para combater a fome no país, com cozinhas humanitárias, bancos de alimentação ou até por transferência de dinheiro, o que reduziu a fome de 44 milhões de famílias e reduzindo em até 73% a desnutrição infantil. Este projeto foi fundamental para o Brasil ser líder entre os países em desenvolvimento de combate à fome, segundo dados elaborados pela ONG. Nesse contexto podemos citar também o programa social Bolsa Família, em que famílias pobres recebem um auxílio extra do governo para poderem complementar sua baixíssima renda e que já beneficiou mais de 13,7 milhões de famílias no mês de junho de 2018, segundo o MDS (Ministério de desenvolvimento social).
Fica evidente ,portanto, que no Brasil no cenário de fome se alterou de forma positiva desde o ano de 1999 até 2010 onde voltou a se alterar de maneira negativa. Nesse país, a fome é causada principalmente pela pobreza, desigualdades sociais e até por politicas econômicas mal planejadas. A resolução do problema da fome está além de apenas depositar um dinheiro na conta de um indivíduo mensalmente, é dever do governo prestar assistência para essas pessoas, fiscalizar de maneira severa os programas sociais e se assegurar de que o dinheiro está indo para as pessoas certas e garantir a preservação dos direitos fundamentais do ser humano.
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