Parnasianismo
Resenha: Parnasianismo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: manco • 4/10/2014 • Resenha • 891 Palavras (4 Páginas) • 392 Visualizações
Parnasianismo
A Um Poeta
Longe do estéril turbilhão da rua, Beneditino escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego, Trabalha e teima, e lima , e sofre, e sua!
Mas que na forma se disfarce o emprego Do esforço: e trama viva se construa
De tal modo, que a imagem fique nua
Rica mas sóbria, como um templo grego
Não se mostre na fábrica o suplicio
Do mestre. E natural, o efeito agrade
Sem lembrar os andaimes do edifício:
Porque a Beleza, gêmea da Verdade
Arte pura, inimiga do artifício,
É a força e a graça na simplicidade.
(Olavo Bilac)
Ao coração que sofre
Ao coração que sofre, separado
Do teu, no exílio em que a chorar me vejo,
Não basta o afeto simples e sagrado
Com que das desventuras me protejo.
Não me basta saber que sou amado,
Nem só desejo o teu amor: desejo
Ter nos braços teu corpo delicado,
Ter na boca a doçura de teu beijo.
E as justas ambições que me consomem
Não me envergonham: pois maior baixeza
Não há que a terra pelo céu trocar;
E mais eleva o coração de um homem
Ser de homem sempre e, na maior pureza,
Ficar na terra e humanamente amar.
(Olavo Bilac)
Analisando ambos os poemas apresentaram as mesmas características, pois pertencem ao mesmo escritor, assim, as características do escritor refletem no poema.
- Uso de linguagem rebuscada e vocabulário culto
- O poeta evita a utilização de palavras da mesma classe gramatical em suas poesias, buscando tornar as rimas esteticamente ricas;
- Preferência pelos sonetos;
- Valorização da metrificação: o mesmo número de sílabas poéticas é usado em cada verso;
- Valorização da estética e busca da perfeição. A poesia é valorizada por sua beleza em sí e, portanto, deve ser perfeita do ponto de vista estético;
Simbolismo
Soneto
Meus dias de rapaz, de adolescente,
Abrem a boca a bocejar, sombrios:
Deslizam vagarosos, como os Rios,
Sucedem-se uns aos outros, igualmente.
Nunca desperto de manhã, contente.
Pálido sempre com os lábios frios,
Ora, desfiando os meus rosários pios...
Fora melhor dormir, eternamente!
Mas não ter eu aspirações vivazes,
...