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Por: asramb • 25/2/2024 • Resenha • 818 Palavras (4 Páginas) • 53 Visualizações
Fulana de tal, acadêmica do curso de Licenciatura em Letras: Português/Literatura da Universidade Federal de Mato Grosso.
Resenha
KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e compreender os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2005, p. 39 a 56.
“Leitura, sistemas de conhecimentos e processamento textual” é o segundo capítulo do livro “Ler e compreender os sentidos do texto”, escrito por Ingedore Villaça Koch e Vanda Maria Elias, publicado em 2006, pela editora Contexto. O capítulo tem por objetivo analisar os sistemas de conhecimento necessários para o processamento textual, por meio de estratégias de leitura e produção de sentido, partindo do pressuposto de que, diante de um texto, os leitores “realizam simultaneamente vários passos interpretativos finalisticamente orientados, efetivos, eficientes, flexíveis e extremamente rápidos”.
A princípio, as autoras esclarecem que existem três grandes sistemas de conhecimentos utilizados para o processamento textual: linguístico, enciclopédico e interacional. Em seguida, iniciam uma análise detalhada de cada um deles.
Quanto ao conhecimento linguístico, Koch e Elias afirmam que “abrange o conhecimento gramatical e lexical”, demonstrando, por meio de exemplos textuais – uma tirinha e uma propaganda –, que a compreensão do texto exige do leitor aspectos relacionados ao conhecimento e uso da língua, tais como o sentido de contradição/oposição comumente produzido pelo elemento coesivo “mas” e a referenciação intertexto por meio da seleção lexical apropriada.
No que se refere ao conhecimento enciclopédico, as autoras destacam que este está relacionado não apenas aos saberes gerais do leitor, mas também às “vivências pessoais e eventos espácio-temporalmente situados, permitindo a produção de sentidos”. Para ilustrar o conceito, trazem uma propaganda de cerveja veiculada durante a Copa do Mundo de Futebol de 2006, em que o sentido do texto depende que o leitor tenha ciência de que a seleção brasileira está classificada para o evento esportivo e que, vencendo todas as etapas, será hexacampeã, exemplo que elucida com perfeição o que é o conhecimento enciclopédico.
Por fim, as autoras esclarecem que o conhecimento interacional se refere à forma de interação por meio da linguagem e engloba os conhecimentos ilocucional, comunicacional, metacomunicativo e superestrutural, os quais passam a definir pontualmente.
Koch e Elias afirmam que o conhecimento ilocucional permite conhecer os propósitos do enunciador e, em seguida, trazem três textos para exemplificá-lo. Um deles é uma tirinha de Ignácio Loyola Brandão, publicada no jornal “O Estado de São Paulo”, na qual a criança se prepara para dormir e o pai inicia a leitura de um livro, mas o menino traz tantas exigências acerca do livro que o pai ironiza, simulando a leitura de uma historia em que o personagem era “um moleque chato que passou a dormir sem ouvir estórias”, mas a ausência de conhecimento ilocucional da criança, que não compreende a intenção do pai e faz indagações sobre a história, provoca o efeito humorístico pretendido pelo cartunista.
Em seguida, as autoras explicam o conhecimento comunicacional, destacando a necessidade de certa informação para produzir o sentido do texto, a seleção da variante linguística adequada e a importância de se conhecer o gênero textual.
Como exemplo, trazem um texto retirado do livro “Harry Potter e o cálice de fogo”, de J.K. Rowling, porém, supõem que é autoexplicativo e não fazem uma explanação detalhada. No entanto, desenvolvem a ideia de forma mais esclarecedora no segundo exemplo, trazendo uma propaganda em que uma pessoa comum escreve um email ao presidente da Rússia, Boris Ieltsin, em linguagem coloquial, dando o sentido de que o provedor de internet é capaz de aproximar o usuário a qualquer pessoa, até mesmo figuras importantes no cenário político mundial.
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