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Psicologia Da Educação

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Por:   •  26/5/2014  •  3.229 Palavras (13 Páginas)  •  222 Visualizações

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ANÁLISE E RELATO DA CONTRIBUIÇÃO DOS TEÓRICOS CLÁSSICOS DA PSICOLOGIA PARA A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO:

Sigmund Freud

Sigmund Freud foi o criador da psicanálise que é o estudo do inconsciente humano. Nasceu em 06 de maio de 1856, em Freiberg na República Tcheca. Estudou medicina na faculdade de Viena, onde gostava de pesquisar sobre neurofisiologia. Depois de formado, trabalhou com o neurologista francês Jean Martin Charcot – o qual lhe apresentou a hipnose.

Em 1895 publicou seu primeiro trabalho a respeito da psicanálise, sendo um livro escrito em parceria com outro médico, o livro falava sobre emoções reprimidas, o que levaria a histeria.

Desenvolveu a técnica da livre associação, deixando o paciente livre para revelar suas memórias reprimidas causadoras de neuroses.

Em 1899 publicou o livro “A interpretação dos Sonhos”, pois acreditava que os sonhos eram a expressão (algumas vezes distorcida) dos sentimentos e desejos mais íntimos de cada pessoa.

O Id e o Ego foram teorizados em uma publicação em plena primeira guerra mundial, em 1923.

Fugiu para a Inglaterra em 1938, onde, já velho e com câncer, morreu no ano seguinte.

Freud incita a análise da criança na educação, se perguntando o que faz uma criança querer aprender. Ele percebe que a primeira curiosidade da criança é a respeito do sexo, a diferença sexual entre ela e seu semelhante e investiga o surgimento das preocupações que a criança possui. Para ele há um momento de determinação na vida dos homens: é o momento da descoberta da diferença sexual anatômica. Ela provoca certa angústia que é ligada a uma nova compreensão da perda, definida como “angústia da castração”, que o ajudou na construção de sua teoria, no desenvolvimento do complexo de Édipo. Para que a criança não se angustie tanto, ela acaba por utilizar instrumentos de “investigações sexuais infantis” não diretamente sexuais, descobrindo que fisiologicamente homens e mulheres são diferentes.

Existe uma determinada etapa em que o conflito edipiano cessa e parte da investigação sexual. A criança sublima em uma pulsão de saber, que é associada às pulsões de ver e de domínio e a transferência de interesses sexuais para os não sexuais. Com isso, a criança não suspende o ato de interrogar para que possa permanecer pensando sobre as dúvidas essenciais.

Sigmund Freud afirmava que a sublimação da investigação sexual se associa com a pulsão de domínio: o saber e o dominar estariam no mesmo patamar, o que cria a curiosidade é a angustia pelo não saber.

A teoria psicanalítica pauta o desenvolvimento intelectual na sexualidade. Apesar de a inteligência pesquisadora ser impulsionada por uma carga energética sexual, a criança não é passiva em seu desenvolvimento, pois ela faz investigações, e estas a ajudam em seu desenvolvimento psíquico. Existe uma relação entre o desenvolvimento biológico e psicológico. Ainda que existam causadores que levem a criança a desejar aprender, ela precisa de alguém que intermedeie seu aprendizado; e este alguém é o professor.

Desenvolveu o estudo da construção do conhecimento, esse estudo nos permite compreender o processo de aprendizagem. Freud diz que aprender é poder indagar e essa ação tem como consequência principal o ato de pensar. Questiona o excesso de poder e a repressão que o processo educacional aplica nos indivíduos.

Outro estudo de Freud é a construção de nossa própria identidade, esse estudo passa pelo processo do desenvolvimento humano onde se constrói através do contexto cultural e das relações interpessoais.

Segundo Freud há também o processo de aprendizagem ainda na infância. Nesse processo as crianças tendem a imitar os adultos (pais e professores) que a cercam. Por isso a postura do professor em sala de aula e dos pais em casa é a principal ferramenta de construção da aprendizagem de uma criança.

Para a psicanálise, não existe aprendizado sem um professor, deve existir uma relação mestre – aluno. O professor que deve adquirir a confiança da criança e com isso despertar um anseio pelo conhecimento A criança deve aceitar seu mestre para que o aprendizado aconteça, dando um lugar especial em sua vida. O aluno concede o poder ao professor por desejo inconsciente. Assim, o professor ganha o poder de influência sobre o aluno, apresentando o que se pode chamar de “transferência” (um aluno seria capaz de realizar a transferência, de seu pai para o seu professor, isto inconscientemente), pois a transferência faz parte da vida das pessoas e das relações.

O mestre deve ter sempre em mente que deverá abrir mão de seu desejo inconsciente de dominação para deixar que seu aluno seja um sujeito ativo e possa sair dessa relação sem frustrações, descobrindo a si e se tornando um cidadão.

Não podemos pensar na psicanálise para a Pedagogia como um todo e sim, para o professor como indivíduo, ajudando na assimilação da ética e na forma de conduzir a educação - assim como na educação, pois não temos como prever os efeitos do conhecimento nos alunos.

Quando falamos do poder que permeia a relação professor-aluno, Freud trata da repressão que a Pedagogia faz uso para ensinar – necessita da energia sexual sublimada. O educador deve usar a persuasão e não a dominação, contribuindo para a formação pessoal do discente e deve ser capaz de ensinar, estar ciente e permitir que seus alunos dêem importância ao que os interessar sem reprimir, preservando o íntimo e a autonomia de cada um de seus alunos.

O professor tem o objetivo de reconhecer os anseios do aluno e como cada indivíduo assimila o conhecimento, ele precisa analisar cada caso separadamente para entender qual a melhor forma de tornar o aprendizado uma questão não só metódica, mas, incentivar a curiosidade do estudante para que o ensino não seja algo desinteressante e apenas técnico.

Jean Piaget

Jean Piaget foi um dos mais importantes pesquisadores sobre a educação e pedagogia, conhecido por seu trabalho pioneiro no campo da inteligência infantil, seu principal objetivo era entender como o conhecimento evolui. Nasceu em Neuchâtel, Suíça, em 1896. Formou-se em Biologia na Universidade de Neuchâtel, em 1915. Em Zurique começou a trabalhar no estudo do raciocínio, para conhecer a formação das estruturas intelectuais da criança, levaram-no a investigar, cientificamente, a criação plástica, a linguagem e as atividades lúdicas infantis, sob a ótica da psicologia experimental, dedicando sua vida

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