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Relatorio

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Por:   •  9/10/2012  •  5.133 Palavras (21 Páginas)  •  1.578 Visualizações

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HISTÓRIA DO ENSINO DE HISTÓRIA NO BRASIL

Analisando a Resenha:”História do Ensino de História no Brasil: uma retomada plural'',de Helenice Aparecida Bastos Rocha, referente a obra: “História e ensino de história'' de Thais Nívea de Lima e Fonseca,compreenda-se que a autora procura revelar a parte importante da problemática da história do ensino de história no Brasil e trata do tema apresentado o percurso da História como disciplina escolar e sua realização como pesquisa até o final do século XX. A autora aborda a interdisciplinaridade dos conhecimentos sob vários ângulos, dentro de uma dimensão histórica; definindo a disciplina escolar num sentido amplo e atual; mostrando que no decorrer do século XX, os estudos das disciplinas escolares giraram em torno da Sociologia e da História da Educação. Ela também destaca a importância do aprofundamento didático dessa disciplina de história a partir de vários autores,com suas respectivas concordância/divergência.

A autora atenta aos pesquisadores do ensino de História que até 1970 houve uma tendência de inserir a escola, as políticas educacionais e pedagógicas no contextos explicativos da metodologia de ensino,esta tradição esferográfica via o Estado como centro do processo histórico. O texto mostra que a trajetória da história que é ensinada nas escolas não corresponde a um saber histórico,e sim, a uma história determinada e tendenciosa. A autora adverte que o Ensino de História apresenta um recuo temporal, dando pouco valor do estudo e a pesquisa, apoiando-se apenas em referências teóricas, vagas e contraditórias. No próximo capítulo II, trata o Ensino de História no Brasil, abordando traços da educação escolar antes do século XIX. Thais faz uma análise extraordinária das fontes do período pombalino, apresentando o espaço entre os séculos XVIII e XIX, como uma lacuna da pesquisa de área a ser preenchida. A partir dos anos o texto da autora mergulha em diversas fontes, como materiais de ensino, legislação e livros didáticos etc. Refere-se do período anterior ao regime militar,como uma '' época de ouro'',e que mesmo havendo meu Estado autoritário, ele não era o único processo histórico do qual o Ensino de História fazia parte. Caminhando para parte final do século XX, a autora aponta a década de 80 como momento de elaboração de proposta curriculares nos Estados e Municípios. Passando este período, da disciplina termina sem fato e sem sujeito de forma abstrata. No ultimo capítulo, a autora faz uma análise acerca da escravidão, entre o século XVI e XIX, tentando identificar como o conhecimento histórico foi adquirido e se manteve vivo na memória coletiva. A riqueza apresentada pela obra, abrangendo aspectos do ensino de História e de sua pesquisa, com uma gama de exemplos e análise de obras e temas regionais de época e em outras regiões proporciona assim,a rescrita da História do Ensino de História,sob uma perspectivas plural,portanto mais complexa.

A SALA DE AULA COMO LUGAR DE PESQUISA

Segundo o autor Paulo Knass, a escola tem sido um lugar onde os educadores exerce seu papel social por meio de um saber já pronto, acabado. Porém, de maneira acrítica e pouco comunicativo, ornando a sala de aula e a escolas como lugares sociais da normalização do saber do livro didático. O autor para romper tais elos ele sugere que o conhecimento aconteça a partir da relação da experiência dos homens com o mundo em que vivem. Nessa perspectiva, o conhecimento histórico deve indagar as relações sujeito-objeto do conhecimento e as formas de existência humana, visando provocar um posicionamento. A partir daí, a e produção do saber histórico evidenciando-se como instrumento de leitura do mundo e não mera disciplina. Para isso, se recorrer ao conhecimento científico racional da consciência, por meio da linguagem e dos procedimentos próprios da ciência, tornado a comunicação a dimensão determinante do processo de conhecimento científico . O Autor salienta que a pesquisa é o caminho a ser trilhado por aqueles que a construir a sua própria leitura de mundo. Com efeito, a escola e a sala de aula,apresenta-se como lugares autênticos para a produção de conhecimento coletivo de aprendizagem,ambiente comunicativos e dialógicos favoráveis à comunicação entre sujeito de conhecimento e espírito racional e investigador. Pressupostos indispensável à dinâmica de pedagogia de animação, conduzindo a pesquisa à condição de aprendizagem, sob formas de estruturas dialógicas. Em relação aos documentos, o autor lamenta a pouca existência de coletâneas de documentos históricos em relação ao passado. Comenta que os livros didáticos de história atuais referem-se simplesmente a documentos de época,restritos a meros anexos,confundindo documentos históricos com textos historio grafados. No entanto, nas obras para didáticas os documentos históricos ganharam um espaço próprio, mas na verdade são meros documentos de época ricos em ilustrações. O autor critica coleções especiais do tipo'' Primeiros Passos'', como sendo rele sínteses literárias acadêmicas estrangeiras, as quais não passam de ilustrações suplementar como nos paradidáticos. Para solucionar o problemas atuais e/ ou quebrar a cadeia normalizadora do saber, o autor propõe o uso de documentos históricos em sala de aula para construção do conhecimento, assim, a metodologia do ensino de História deve ser sempre indagar em prol da construção do conhecimento particular, pautadas em base dialógicas ensejadas pela animação docente e pela atividades de pesquisa e investigação, com intuito de construir conceitos para produção de leitura de mundo, própria do aluno. O autor frisa também que ao se trabalhar o ensino de história como iniciação ao pensamento histórico, deve-se incentivar o ensino-pesquisa como produção de conhecimento. Os professores devem inserir neste processo, já que as indagações de ordem bibliográficas de documentos apropriados.

E por fim, o autor conclui, considerando que o processo de aprendizagem e construção de conhecimento propostos na pedagogia de ensino, tais como:a pedagogia da animação aliada ao uso de documentos de época em sala de aula mais a pesquisa de história e a leitura-dispensa a utilização do livro didático, e mais,seve como motivação para o aluno interrogar a linguagem e a si mesmo.

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