Resenha: Conformando Autoidentidades Profissionais
Por: mariinatoledo • 3/9/2016 • Resenha • 493 Palavras (2 Páginas) • 674 Visualizações
Resenha: Conformando autoidentidades profissionais
Assim como toda e qualquer área de trabalho, nós profissionais da educação passamos por diversas tentativas de formar nossas identidades profissionais. É preciso que nos atentemos a nossos currículos e a ideia de educação básica que nos é proposta durante nossa caminhada.
Diariamente chegam a nós pessoas que expõem suas opiniões e críticas dizendo-se baseadas na crise da docência. De fato, nosso trabalho abrange uma complexidade e devemos entender que este é o momento de nos repensarmos como profissionais.
Mas por onde começar esta mudança? O primeiro passo é conhecer nossa história social, modificando nossas práticas. É na própria docência que desenvolvemos essa formação, essa identidade docente. Onde adquirimos a prática de preparar uma aula e o modo como ensinaremos a matéria. Ultimamente é fácil notarmos em alguns professores essa mudança de identidade. Percebemos isso quando nos deparamos com tais profissionais e questionamos sobre o foco dentro da sala de aula. Não se quer apenas expor o conteúdo ao aluno, se vê uma preocupação maior em que o mesmo compreenda o que está sendo exposto. E se acaso se deparam com um aluno com dificuldade de aprendizado, busca-se um modo para que a informação seja compreendida e significativa. É uma grande mudança em como nos vamos como profissionais.
Uma pessoa que não tenha conhecimentos sobre a história da formação do profissional da educação, reagirá às informações defendendo que este sempre fora o principal objetivo nesta formação, preparar profissionais capazes de educar. Porém, ao nos aprofundarmos no assunto, percebemos que tal arte de educar nem sempre esteve presente, a identidade educadora nem sempre esteve interligada à esta identidade profissional. A docência era reduzida ao domínio de competências ou mostrar quantificação dos resultados.
O movimento docente está passando por uma ampliação de identidades, antes tendo o foco ao que ensinamos e em que treinamos. Quando se recebe o currículo trazendo o que ensinar, somente o que a escola exige, marcam-se nossas identidades profissionais como algo comum, um referente único. Essa concepção conteudista presente no currículo nos tornam aulistas. E se entramos em sala de aula somente a fim de passar a matéria que requisitaremos nas avaliações, quais são as consequências? Eis o momento em que entramos em crise de identidade profissional. Entramos em crise quando nosso foco é passar a matéria, mas não conseguimos passar a educação. Quando percebemos a dificuldade de um aluno em compreender o conteúdo que passamos a ele e ficamos entre utilizar da identidade educadora ou da identidade docente. Percebemos então, neste momento, a pressão em aprender a articular identidade docente e educadora em um único profissional. Reagindo a essas exigências, os professores constroem entre si uma identidade profissional mais aberta, um dever em fazer existir uma condição docente-educadora.
Devemos ter a visão de que as crianças, adolescentes, jovens e adultos que convivemos em sala de aula, são humanos plenos, em total processo de formação. Nós, professores, somos seres humanos, nossa docência é humana, escolha que resulta em ajudar na formação humana.
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