Resenha Crítica - E seu nome é Jonas
Por: Mateusilver.li • 24/4/2024 • Resenha • 827 Palavras (4 Páginas) • 98 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ
Aluno: Mateus Sousa Silveira Matrícula:
Curso: Filosofia - Licenciatura Turno: Noite
Disciplina: LIBRAS
Prof: Denise Penha
Resenha do Filme: E seu nome é Jonas
Mateus Sousa Silveira O filme de 1979, “E Seu Nome é Jonas” retrata o conflito vivido por um garoto de apenas 7 anos que não sabendo comunicar-se com sua família é enviado para um hospital, cujo primeiro diagnóstico -errôneo- é de retardo mental.
O Personagem principal – Jonas - têm todas as suas habilidades cognitivas preservadas, porém não desenvolveu a fala, após 3 anos e 4 meses de internação, chegase à conclusão que Jonas é um garoto com surdez. A partir deste novo diagnóstico, a família o leva para casa e o insere em um Instituto de surdos que nega a aplicação da língua de sinais e busca aplicar a leitura labial.
Danny, o pai da criança, busca inserir o garoto nos grupos que frequenta, a tentativa é sem sucesso. De fato, vivemos em contextos sociais que não se abrem a inclusão e nem buscam a compreensão das situações adversas, assim como vemos no filme, o garoto que não assimila os comandos dados, fica desnorteado e torna-se motivo de incômodo e chacota para os que ali estavam. O Pai com poucas informações e impaciente, foi incapaz de prosseguir, abandonando a sua família.
Durante o longa-metragem, evidencia-se muitas dificuldades enfrentadas por Jonas, os que o rodeiam não possuem informações suficientes para se comunicarem com ele, fato que também está presente em nosso meio. Nossa sociedade ainda não é suficientemente acolhedora e inclusiva, não ofertando meios para que surdos possam envolver-se com o meio. Certo autor desconhecido outrora disse: - A inclusão social só será possível quando cada um se despir dos próprios preconceitos.
Em determinada cena, o avô de Jonas morre, mas o garoto, embora tenha assistido a morte, não entende o ocorrido e tenta, sozinho, se encontrar de novo com o falecido na feira, seu antigo local de trabalho. Um policial o encontra e o leva a um hospital, onde é amarrado, pois gritava sem parar.
A mãe do garoto, Jenny’s, é perseverante e, mesmo sentido-se odiada e culpada pela situação do filho, ela busca alternativas que facilitem o diálogo, um bom relacionamento com Jonas e que ele possa desenvolver-se. Jenny’s percebe que a leitura labial e repetição de sons é forçar o garoto a ser quem ele não é, “ele sempre será surdo” disse ela a diretora da instituição, compreendendo que a deficiência auditiva é uma condição de vida para o garoto. Neste momento, é possível identificar que esta metodologia não constrói, ela atrasa a inclusão e não permite o desenvolvimento de habilidades de comunicação.
Jenny’s então encontra-se com uma família de surdos, o casal a convida para uma experiência em um clube da comunidade surda, é o primeiro contato que a mãe de Jonas tem com a linguagem de sinais, observa a facilidade que os outros deficientes auditivos conseguem dialogar e se expressarem. A partir deste encontro, Jenny’s encoraja-se com a língua de sinais, insere a família no aprendizado e consegue compreender o filho.
No desfecho do filme, Jonas domina a linguagem de sinais, expressa-se livremente e é compreendido por aqueles que estão a sua volta.
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