Resumo Síntese de "Notas de uma orientadora imperfeita"
Por: Kassiamorim • 19/10/2021 • Resenha • 541 Palavras (3 Páginas) • 165 Visualizações
RESUMO SÍNTESE
RIBEIRO, Ana Elisa. "Notas de uma orientadora imperfeita: pesquisar, ler e escrever na área de Letras". Disponível em: https://publicacoes.unifal-mg.edu.br/revistas/index.php/tremdeletras/article/view/1350/1031.
Escrito em primeira pessoa e em tom humanizado, o texto apresenta um resumo da trajetória acadêmica da autora, que é professora da área de Letras no Estado de Minas Gerais, região Sudeste do Brasil. Ana Elisa Ribeiro conta detalhes sobre o contato com estudantes, docentes e pesquisadores do seu campo de atuação e, ao mesmo tempo, compartilha os impactos provocados pela sua profissão, tanto na maneira de avaliar e observar a sociedade onde está inserida quanto nas impressões sobre os trabalhos acadêmicos os quais orienta, alternando entre aspectos mais amplos e mais particulares.
De modo geral, a autora se mostra realizada quando estudantes, docentes e pesquisadores reaprendem a ler a partir das orientações e alteram seus modos de ver e estar no mundo, visto que os dados com os quais entram em contato e os quais produzem em suas pesquisas envolvem tramas sociais e humanas. Durante os estudos e a produção de seus trabalhos, os orientandos mergulham em águas mais profundas e lidam com desafios nada fáceis de serem superados. Suas pesquisas devem dispor de métodos que apresentem novos elementos para a academia, de modo a manter a ciência em movimento.
Ainda no contexto da pesquisa científica, o repertório dos estudantes é outro elemento importante. Quem participou de Iniciação Científica durante a graduação, por exemplo, tem mais facilidade para encarar uma dissertação e/ou uma tese na pesquisa, na leitura, na escrita, na apresentação à banca e na reformulação do trabalho.
Trazendo para o lado da avaliação, a professora destaca a necessidade de intervenções as quais sejam realmente produtivas para os trabalhos, preocupando-se com ideias e reflexões interessantes, com os devidos créditos aos diálogos entre pesquisadores e avaliadores na versão final dos trabalhos, e com práticas que permitam a identificação do pesquisador ou da pesquisadora com os conteúdos propostos. As intenções, nesse sentido, são combater o caráter elitista que ainda perdura na academia e, também, fazer os mestrandos e doutorandos se sentirem acolhidos pelas universidades. Pesquisadores têm rotinas fora dos muros das universidades, precisam acreditar no caráter transformador do conhecimento e devem ter suas energias criativas renovadas constantemente.
Mais importante do que publicar trabalhos é contribuir para o progresso individual e o desenvolvimento coletivo através das produções científicas. Dentro desse cenário, o papel dos orientadores, tanto na parte motivacional quanto nos apontamentos técnicos, é fundamental, de maneira que os candidatos aos títulos de mestre/a e doutor/a possam perseverar em suas caminhadas e se sintam úteis à sociedade.
Tamanha reflexão é perceptível a partir do momento no qual a autora sinaliza sua angústia com a “armadilha labiríntica” que está presente no ambiente acadêmico e suga diariamente as energias de todos os envolvidos. Ao apontar possíveis soluções para o cenário, Ana Elisa Ribeiro reforça a necessidade de sermos pensadores e propositivos. Essas características, na visão da docente, ajudam as pessoas a lidar
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