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Teoria Da Literatura

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Por:   •  26/3/2015  •  593 Palavras (3 Páginas)  •  604 Visualizações

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Reflexões sobre as formas de abordagens de Iracema

Analisando a obra Iracema de José de Alencar, o texto de Roland Barthes: ´´A morte do autor`` e o texto ´´Intenção e recepção em Iracema de José de Alencar, apresento as analises sobre a interpretação da obra.

A principio, segundo a opinião de Cid Ottoni Bylaardt a teoria não pode, ser um vade-mécum comportado, ou seja, sua ação deve instigar interpretações diferentes. O autor de Gargantua sugere aos leitores que se esforcem por interpretar os capítulos, e Pierre Mérnad conclui que o texto em si não é o único responsável pelas interpretações que se fazem dele, ou seja, os fatos e acontecimentos datados da época podem interferir na interpretação de acordo com a época em que é lida.

Proust não nega a existência de uma intenção na obra, muitas são as intenções do autor, mas a leitura atual não pode e não deve restringir-se a ela. Sobre as relações de texto e contexto se portam desta forma: Rabelais pressupõe uma intenção, mas não a revela, deixando ao leitor o encargo de construir os significados; Proust admite a intenção, mas não a deposita no autor de carne e osso; Borges declara a importância dos contextos e das intenções para a compreensão dos textos.

Quanto ao ´´querer dizer do autor`` não pode ser o guia principal para a compreensão do texto.

Gadamer afirma que a hermêutica pensa a compreensão das ideias originais do autor. A respeito da compreensão diferente e o trair, trata-se de reconhecer a distância de tempo como uma possibilidade positiva e produtiva do compreender”. A história efeitual é um efeito de acúmulo de compreensão histórica na própria compreensão da história das obras transmitidas.

Em Iracema, José de Alencar obteve-se ao que chamamos de “cuidados especiais” que são o “Prólogo da primeira edição”, o “Argumento histórico”, a “Carta ao Dr. Jaguaribe”, o “Pós-escrito à segunda edição” e as 116 notas distribuídas ao longo dos capítulos. E no “Argumento histórico”, Alencar (1965, p. 145) procura dar ao romance o suporte mundano e para tanto, elege a tradição oral como “uma fonte importante da história, e às vezes a mais pura e verdadeira”. Além disso, preocupava-se para que a linguagem de seus índios não fosse uma linguagem clássica.

E ainda, defende a verossimilhança de suas imagens, como a do índio que, do alto de uma palmeira, flecha um peixe na água. De tudo o autor defende sua utilização, citando documentos que comprovam sua existência. O autor protege seu ´´filho`` por exemplo, quando diz que notas aos capítulos têm funções variadas, com informações etimológicas e toponímicas, além de considerações sobre os costumes dos índios. Ou seja, todo esse aparato metalinguístico visa a proteger o ´´filho``.

Compagnon afirma que para uma hermenêutica pós-hegeliana, não há mais primado da primeira recepção, ou do ‘querer-dizer’ do autor, por mais amplo que seja o termo.

Iracema tem sua intenção original enriquecida, mas novas significações podem ser agregadas no sentido de questionar a própria intenção do autor ao se confrontá-la com a realização.

No decurso da obra podem ser observadas algumas características de eurocentrismo como, por exemplo, no final do

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