Trabalho - Pratica Pedagógica
Por: Paulo Henrique • 7/6/2019 • Trabalho acadêmico • 2.103 Palavras (9 Páginas) • 367 Visualizações
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UNIVERSIDADE DE UBERABA - UNIUBE
CURSO DE LETRAS – PORTUGUÊS/INGLÊS
PRÁTICA PEDAGÓGICA III
GOVERNADOR VALADARES
2017
PAULO HENRIQUE SOUZA E SILVA
1109833
PRÁTICA PEDAGÓGICA II
Trabalho elaborado como requisito parcial para aprovação na disciplina PRÁTICA PEDAGÓGICA III do curso de LETRAS da Universidade de Uberaba - UNIUBE.
Professor-tutor on-line: Fabiana Elias Marquez
GOVERNADOR VALADARES
2017
1. ATIVIDADE 1: ANALISE DE LIVRO DIDÁTICO
BARROS, C. CEBRAC ENGLISH: Book 1 – Flight to Success. 1. Ed. Maringá: BSL Editora, 2012.[pic 2]
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O livro didático a ser analisado é utilizado em uma escola de cursos, no qual se disponibiliza também o ensino de língua estrangeira (Inglês). Tendo contato com o mesmo, logo se percebe o foco: Alunos iniciantes na língua.
Primeiro de uma série de 4 livros (que são utilizados ao decorrer da evolução no curso), o livro agrada ao aluno que teve pouca relação com a língua inglesa, mas pode ser melhor analisado por um estudante de letras que foca também nesta modalidade de ensino.
Vale ressaltar que a modalidade escolhida aqui é a de ensino de linguagem estrangeira por meio de curso particular, o que pode explicar o foco diferente mediante o inglês aplicado no ensino médio regular. Por exemplo, as aulas se dão duas vezes por semana, totalizando 3 horas de duração. A mesma diferença deve também ser percebida na análise do material. Separo aqui então, dentre outros, dois pontos principais, negativos e positivos.
Comecemos pelo positivo. Toda aula é assim: tem seu tema, seu desenvolvimento (em inglês, claro), suas atividades e no fim o Talk Time, que é justamente o que chamo atenção aqui. Ótimo para motivar o aluno: Ele vê que está falando. Claro, com uns engasgos ou autodesconfianças eventuais, mas paulatinamente, o aluno vai treinando na prática o que foi aprendido. O curso de inglês não pode mais de maneira alguma ser normativo, ele tem que ser falado e conversado, e ainda sobre temas interessantes para os aprendizes. E é justamente este o objetivo do Talk Time presente em toda lição.[pic 4]
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Porém, no mesmo livro didático encontramos uma determinada incoerência, pois enquanto privilegia um espaço de suas lições para o treino prático da língua falada (Speaking), apresenta também uma técnica duvidosa no ensino de língua estrangeira: A tradução de palavras.
O ensino através de tradução é reconhecidamente prejudicial para o desenvolvimento da fala, pois o aluno se apoia a isso como a uma muleta, diminuindo assim a habituação do mesmo com o idioma desejado. Na parte superior da imagem abaixo vemos um exemplo do fato citado, por meio do “Word Power”.
Vale lembrar que o ensino deve ser de modo contextualizado, o que não acontece nas traduções, e, além disso, o que está no livro didático influencia diretamente em como o professor gerencia o curso e suas aulas. No exemplo do Flight To Sucess, o mesmo não apresenta dicas de regência de aulas, e nem ao menos possui um exemplar para o professor.
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Fonte: Elaborada pelo autor
Termino então tal análise centrada nestes dois pontos, e concluindo que o livro possui sim um diferencial, voltado para a conversação e diagramação e temas já pensando em seu público alvo: Adolescentes.
Além disso, o Flight to Sucess também possui uma qualidade, que é ter seu cronograma e temas de aulas baseados na renomada séries de livros didáticos Touchstone, formulado pela Cambridge University.
Porém, nos faz refletir sobre como é real a necessidade de todos professores sempre buscarem mais conhecimentos e técnicas de ensino úteis, pois desta forma não ficam dependentes unicamente dos livros.
2. Entrevista com Professor:
Para seguir a mesma linha de pensamento, o entrevistado escolhido é o professor da mesma instituição de ensino (CEBRAC Governador Valadares) e utiliza o material didático supracitado.
Marcelo Vicente, 35, é professor formado em Letras – Português, Inglês e literatura, e após sua graduação, escolheu seguir unicamente o caminho do ensino do idioma inglês, motivado por sua estadia nos Estados Unidos, onde aprendeu fluentemente o idioma.
Conversando com Marcelo, o mesmo revela a diferença que encontrou em seus locais de trabalho, uma vez que já lecionou em ensino médio regular da rede pública, privada, e agora em cursos específicos.
Bastante centrado, mostra opiniões contundentes sobre o ensino de idiomas e o papel do livro didático hoje em dia. Leia abaixo a entrevista completa.
Você disse que já trabalhou em escolas do ensino médio e fundamental da rede pública. É tão difícil quanto dizem ou de fato o recebimento dos alunos não é dos melhores?
Totalmente complicado. Os que dizem que é tranquilo é porque nunca levaram a famosa cadeirada de aluno. Na rede Pública acontecia de tudo, o aluno ele pegou a cadeira e atirou contra mim, pegou na minha canela. O dano psicológico é maior que o físico, claro. Uma vez, havia uma conversinha por aí e chegaram até mim e falaram: “Professor, aquele cara que tá ali veio matar o outro que tá na nossa sala (sic)”. Então você vê tudo isso, e desanima. O problema é muito grande, comparado com a rede particular.
E na rede particular então, você via a diferença?
Claro, eles pagam. Não sei se é cultural, mas a aula é totalmente diferente. Eu cresci em uma época em que a escola era muito rígida, e por isso todos respeitavam. Na rede particular, as aulas eram dessas formas, não rígidas, mas havia o respeito.
Na rede particular, você dava aula para quais anos?
Todos do ensino fundamental.
E foi normal para você dar aula para anos iniciais?
Não, houve um total preconceito, desde a parte inicial do processo seletivo. A coordenadora simplesmente não queria, explicitamente falou que não sabia como iria explicar para os pais que o professor daquelas crianças era um homem. Falei que isso era preconceito, chamei de preconceituosa mesmo. E acho que justamente, por não ter aceitado essa situação, que ela gostou da personalidade e entrei.
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