TÉCNICA DE REDAÇÃO[1]: O QUE É PRECISO ENFRENTAR AS DIFICULDADES DE ESCREVER.

TÉCNICA DE REDAÇÃO^[1]: O QUE É PRECISO ENFRENTAR AS DIFICULDADES DE ESCREVER.

                                                                Cássio Noronha Paz^[2]

Sabe-se que as atividades desenvolvidas pelo homem dependem e são afetadas, de alguma forma, pela comunicação, que possui papel relevante no mundo moderno, estando associado à convivência, à relação de grupo e à sociedade. Entretanto, existem muitos meios de comunicação, embora ainda predomine a ideia da comunicação verbal, seja oral ou escrita. Hoje, o grande desafio é buscar formas de aperfeiçoamento da linguagem escrita. O objetivo desta resenha temática é realizar uma pesquisa bibliográfica sobre o ato de escrever e as formar disponíveis para bem saber. Como embasamento teórico, usaremos, principalmente, as ideias de Garcez (2001) e Zucoloto; sisto (2002)

Escrever para muitos é um dom, e fazem assim as pessoas acreditarem em mitos e mentiras. Garcez (2001) vem com sua obra “Técnica de Redação: o que é preciso saber para bem escrever”, tentar mostrar que escrever não passa de uma habilidade onde qualquer individuo pode desenvolve-la e que as dificuldades por alguns não é questão de ter ou não o dom de escrever. As dificuldades de leitura implicam normalmente uma falha no reconhecimento, ou a compreensão do material escrito (ZUCOLOTO; SISTO, 2002, p.2). Para desenvolver esta habilidade de escrever é necessário ler e é preciso compreender o que se lê para com isso absorver informações previas para quais são aplicada ao texto de maneira correta o engrandece. Com isso, escrever não é uma habilidade fácil, nem um dom que poucos possuem e sim algo que depende do quando o individuo exercita essa habilidade afim de aperfeiçoar. Assim Garcez (2001), afirma que sobre as verdades e mentiras implicadas no progresso de escrever, esclarecendo de forma simples que a dominação da escrita pode ser conquistada por todo e qualquer indivíduo através de muita dedicação, empenho, esforço e principalmente muita leitura, acabando com a ideia de este que caracteriza o ato de escrever como um dom, um ato espontâneo por determinados indivíduos.

A escrita é o resultado de um processo complexo, onde por um caminho mais científico, o ato de escreve veem da analise das contribuições linguística. Com isso a escrita envolve varias tarefas, por vezes sequenciais ou simultâneas, mas essas ações estão relacionadas ao contexto em que acontece e que se originou a produção do texto.  Conforme Garcez (2001) o que leva o individuo a começar escrever um texto, a escrever um texto é a motivação, é a razão para que se deva escrever e assim o texto se constrói e tem sentido dentro de uma prática social. Para compreender que o ato da escrita é o produto de um processo, veja o quadro a seguir:

PRÁTICA SOCIAL DA ESCRITA
CONTEXTO DA PRODUÇÃO DE TEXTO
ASSUNTO MOTIVAÇÃO NECESSIDADE IDEIA DE LEITOR MEMÓRIA ASSUNTO LÍNGUA GÊNEROS	TEXTO EM PROCESSO DE PRODUÇÃO OU JÁ PRODUZIDO
PROCESSAMENTO GERAÇÃO	ESCRITA VERSÕES	REESCRITA RELEITURAS
ORGANIZAÇÃO	REVISÕES
MONITORIZAZÃO AVALIAÇÃO CONSTANTE DO PROCESSO

(GACEZ, 2001, p. 15)

No mundo de hoje, dependendo da área de profissional se escreve muito, onde esta tudo muito automatizado, onde a escrita se reduz à assinatura de cheques e documentos. Entretanto o mundo contemporâneo esta cada vez mais exigente em relação à escrita, sendo que hoje em dia as habilidades de escrever são exigidas como por exemplo conversar na internet onde se tem um convívio especial com a escrita ou mesmo até as chances de mercado de trabalho. Assim o ato de escrever pertence a uma pratica social, sendo pela escrita, que estamos se relacionando com os outros, onde podemos ser autores e construir um canal de relacionamento com o mundo e compartilhar praticas sociais de diversas naturezas que a sociedade vem construindo ao longo de sus historia.

A linguagem oral e escrita, apesar de pertencer ao mesmo sistema, são apenas semelhantes. As manifestações oral dispõe de recursos como expressões faciais, gestos, entonação. Por sua vez a escrita precisa seguir  as exigências da língua padrão, onde o interlocutor esta distante, porem temos que garantir sua compreensão. Assim a leitura não é apenas uma transcrição da fala. O quadro a seguir irá ajudar a entender as características de cada modalidade e suas diferenças:

FALA	ESCRITA
Espontânea	Planejada
Evanescente	Duradoura
Grande apoio contextual	Ausência de apoio contextual
Face a face	Interlocutor distante
Repetições/ redundâncias/ truncamentos/ desvios	Controle da sintaxe/ das repetições/ da redundância
Predomínio de orações coordenadas	Predomínio de orações subordinadas

(GACEZ, 2001, p. 74)

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