ESCREVER É PRECISO- O PRINCÍPIO DA PESQUISA
Por: Andthormes • 1/5/2017 • Ensaio • 364 Palavras (2 Páginas) • 366 Visualizações
ESCREVER É PRECISO - O PRINCÍPIO DA PESQUISA
CARTA AO LEITOR
Este livro foi escrito pelo professor Mario Osorio Marques onde o autor apresenta a introdução do seu livro em forma de carta, dessa forma querendo se comunicar com o leitor através de uma comunicação intersubjetiva direta.
Apresentando o texto que foi resultado de suas pesquisas, contando suas motivações iniciais, de como chegou a esse tema e suas aprendizagens.
Primeira aprendizagem - foi de sempre sentir a presença do autor, numa presença não apenas suposta, mas real e efetiva.
Segunda aprendizagem- o desafio de começar a escrita no seu todo, em que o autor descreve que só escrevendo se escreve, é um ato inaugural, começo dos começos.
Terceira aprendizagem- é que não se pode confundir o escrever com a escrita, a ação com a obra finalizada e que sempre é necessário reescrever.
Mario Osorio Marques escreve esse texto com carinho e paixão pelo que faz, numa forma de servir e ajudar o leitor. Escrever se faz assim forma de vida consciente, reflexiva, aberta sempre a novas aprendizagens. Mas o objetivo maior do autor foi testar a hipótese que o escrever é o princípio da pesquisa.
I – A QUESTÃO É COMEÇAR
° Coçar e comer é só começar. Conversar e escrever também. Na fala, antes de iniciar, mesmo de uma forma livre, é necessário quebrar o gelo, no escrever também poderia ser assim.
° À diferença da conversa falada foi que nos ensinaram a escrever na forma de uma mecânica que supunha texto prévio, mensagem já elaborada.
° Fomos "alfabetizados", em obediência a certos rituais. Desde o início, escrever bonito e certo. Era preciso ter um começo, um desenvolvimento e um fim predeterminados. Isso estragava, porque bitolava, o começo e todo o resto.
° Escrever é iniciar uma conversa com interlocutores invisíveis, imprevisíveis, virtuais apenas, sequer imaginados de carne e ossos, mas sempre ativamente presentes.
° Depois é espichar conversas e novos interlocutores surgem, entram na roda, puxam outros assuntos. Termina-se sabe Deus onde.
° Se jogar conversa fora no falar e no escrever são os caminhos para encontrar um começo, isso não nos exime de chegar a um começo. Diria mais: que, em se tratando de pesquisa, esta só inicia pela definição de seu começo.
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