A ATUAÇÃO DO PSICOPEDAGOGO SOBRE A INDISCIPLINA NO AMBIENTE ESCOLAR: PARCERIA JUNTO A FAMÍLIA!
Por: cristianenevesmt • 7/12/2018 • Projeto de pesquisa • 6.033 Palavras (25 Páginas) • 318 Visualizações
A ATUAÇÃO DO PSICOPEDAGOGO SOBRE A INDISCIPLINA NO AMBIENTE ESCOLAR: PARCERIA JUNTO A FAMÍLIA!
Silvia Doré Gonçalves
Universidade Norte do Paraná - UNOPAR
RESUMO
A indisciplina tem ocupado a centralidade de discussões de assuntos escolares, gerando de forma ampla anseios e expectativas por parte da equipe em resolvê-los, o presente artigo discorrerá a pesquisas bibliográficas no intuito de evidenciar a importância da atuação do psicopedagogo como mediador de conflitos de indisciplina no ambiente escolar, buscando ainda a parceria da família para dentro da escola. Haja vista que a indisciplina não pode ser contemplada como um problema isolado dentro do ambiente escolar, ela tem sido tema gerador de vários outros problemas. A mesma se faz presente por mediação do educador e educando, estabelecendo vivencias fundamentais no ensino aprendizagem. Buscando um maior entendimento sobre a importância da disciplina no âmbito da escola. Com o intuito de enaltecer a importância da atuação do papel do psicopedagogo dentro da instituição de ensino o presente estudo recorrerá a pesquisas bibliográficas pautados em diversos autores que versam sobre o assunto. Dentre eles: Vasconcelos (2009), Aquino (1998), Oliveira (2005), e outros.
Palavras-chave: Indisciplina; Fracasso escolar; Aluno; Família e Escola.
INTRODUÇÃO
A educação é um direito constitucional garantido a todas as pessoas desde a mais tenra idade, embora muitas vezes isso venha ser confundido com a mera escolarização. Compreendendo que a indisciplina pode de forma direta comprometer o desenvolvimento da aprendizagem e levar a outros problemas como a retenção e até mesmo a evasão escolar, este artigo propõe uma análise sobre a importância da atuação do psicopedagogo dentro das unidades escolares.
Não propõe com este estudo a busca de verdades absolutas, e nem caminhos novos, mas o redescobrir e a valorização desse profissional que por vezes tem se recebido os créditos necessários. A indisciplina enfrentada dentro das escolas não se constitui em problemas isolados, elas são na verdade evidencias de diversos outros problemas, não se pode resolvê-los, ou no mínimo suavizá-los, sem antes entender as suas causas, o diagnóstico torna-se uma das principais ferramentas para o êxito dessa conquista e isso exige planejamento, dando-se mais uma vez a importância e a necessidade da intervenção do psicopedagogo dessa vez em atuação conjunta com toda equipe escolar e a família.
O trabalho que se segue trará algumas abordagens das causas e as consequências da indisciplina no processo de ensino e aprendizagem do educando e fará alguns apontamentos dentro dos desafios da prática pedagógica os objetivos gerais da escola e toda a equipe de professores é conduzir os trabalhos pedagógicos numa concepção sócia construtivista.
Neste sentido, este artigo se propõe a trabalhar com questões relacionadas ao ensino e aprendizagem de valores morais para a boa convivência dos alunos, no qual serão realizadas diversas atividades para a melhor relação do professor e aluno tendo a contribuição do psicopedagogo.
Realizar essa pesquisa e executar o artigo aqui apresentado é de grande relevância, pois contribuirá para entender os entraves relacionados à indisciplina como também poder proporcionar alternativas que possa vir a ser útil na amenização do problema. Assim, sabendo que a indisciplina é um problema oriundo do seio familiar é preciso a escola trabalhar em parceria com a mesma, uma vez que ambos só têm a ganhar o professor que conseguirá realizar um trabalho de acordo com o que deve ser e a criança que irá entender alguns valores, como também poder usufruir do processo de ensino e aprendizagem.
Buscando soluções para problemática, o ponto inicial começa em entender a criança, conhecê-la como também os componentes de sua família, para parti-la daí poder fazer um diagnóstico em saber como desenvolver o trabalho.
No que se refere aos conteúdos fica focado nos: Valores morais para a boa convivência dos alunos; Valores morais para a boa convivência com os professores; Valores morais para a boa convivência com os familiares, haja vista que este é o primeiro ponto para se ter êxito.
Nesse contexto, o presente trabalho, está organizado em tópicos pertinentes ao artigo, sendo eles: Introdução, Revisão Bibliográfica, Considerações Finais e Referências.
Desenvolver esse artigo, levando em consideração a importância da família junto ao espaço escolar para uma melhor disciplina dos alunos é de grande relevância. Para a realização desse artigo levou-se em consideração as disciplinas estudadas ao longo do curso de Pós Graduação em Psicopedagogia Institucional; foram realizadas pesquisas em livros, revistas, vídeos, web aulas e sites em geral que aborda o assunto.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
INDISCIPLINA CONCEITO E CARACTERISTICAS
A escola sofre reflexos do meio em que está inserida. O problema disciplinar é frequentemente, repercutidos nos conflitos da família e do meio social envolvente.
As pessoas que rodeiam o aluno, mais propriamente as pessoas de família, influem muito no seu comportamento, portanto os pais são os primeiros educadores. A extraordinária influência dos que quotidianamente tratam com os alunos reflete-se em muitos dos atos praticados por eles. A ação da família começa desde o berço, muito antes da ação da escola. Tendo uma grande importância à ação familiar na tarefa educativa, reconhecida pela escola, nela impõe-se uma intima colaboração, que deverá significar a ajuda mútua na consecução do ideal educativo.
Para uma educação idealmente construída, a disciplina deveria ser consequência voluntária da escolha livre e, como consequência da disciplina, a liberdade deveria enriquecer-se de possibilidade, não sendo antagônicos os dois princípios de liberdade e de disciplina.
O clima da aula deve ser de liberdade e de tolerância, de modo a permitir que os alunos tomem consciência dos seus valores e ajam em sintonia com eles. A autonomia a conduz a autodisciplina, não significando, no entanto, que o professor tenha uma atitude de indiferença, ou de apatia perante os alunos. Pelo contrário, as suas atitudes, embora democráticas, devem ser firmes.
Tradicionalmente, o clima da aula devia caracterizar, pela quietude, pela criação de um grupo de estudantes dóceis, que participavam na aula como menos receptores, o que tinha como consequência a rapidez do alto pedagógico. Desenvolvia-se pouco a capacidade crítica e a iniciativa individual.
Nos dias atuais torna-se cada vez é mais difícil estabelecer a disciplina e fazê-la valer. Os motivos que levam a tais justificativas podem ser pelo fato de que hoje, a posição do aluno é muito diferente da que conheceram o seu pai e o seu avô. Estes viveram entre a família e a escola. Em meios homogêneos, com toda a gente admitia os modos de vida aceitos pela maioria e rejeitava quaisquer outros. Com o efeito da evolução das condições gerais de vida, em todos os meios, as crianças tornaram-se mais independentes, menos dispostas a obedecer à autoridade dos adultos.
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