A CONSTRUÇÃO DA ESCOLA DEMOCRÁTICA
Por: Renan Matheus • 1/6/2022 • Resenha • 815 Palavras (4 Páginas) • 83 Visualizações
CONSTRUÇÃO DA ESCOLA DEMOCRÁTICA
O texto de Bortolini (2013) apresenta um panorama em que a escola atual não pode ser vista como um espaço para exercício do autoritarismo e da centralidade do poder. Isto porque, após a inauguração do princípio de gestão democrática da escola (na Constituição Federal de 1988 e posteriormente na LDB de 1996) o gestor precisa ser coerente com essa nova realidade.
Cabe então a compreensão que o ambiente escolar não deve reproduzir formas de poder unilaterais, mas um sistema colaborativo e participativo de decisões que seja palpável para todos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem. Mais que isso, a figura do gestor abandona a figura burocrática e técnica, passando a englobar a escola como um todo, desde seus processos administrativos até sua atividade pedagógica.
Essa escola democrática só pode ser construída histórico e socialmente levando em consideração a participação da equipe gestora, docentes, funcionários, alunos e pais. O envolvimento da comunidade escolar se torna crucial na busca por uma educação de qualidade que abrange a formação de cidadãos críticos com capacidade para transformação do meio social.
Dentro da perspectiva apresentada pelo autor pode-se levantar duas questões para que seja efetivada a construção de uma escola democrática: Qual a participação do diretor/gestor? E qual a participação da comunidade escolar?
Papel do gestor:
O gestor democrático deve ultrapassar as barreiras do trabalho especificamente administrativo e de centralidade do poder. Isto porque entende-se que a sua função é mais ampla do que apenas os métodos burocráticos e de tratamento dos recursos materiais. ´
Com isso não se quer dizer que a parte administrativa deva ser ignorada, pois deve-se compreender que é parte importante no processo de funcionamento da escola. O fato é que essa questão deve ser uma das partes do trabalho da gestão e não a sua totalidade.
Assim se espera que o diretor esteja atento a escola de maneira integral: em suas atividades pedagógicas, na mediação de conflitos, na busca de formação de funcionários, no acompanhamento dos processos de ensino e aprendizagem, na motivação dos sujeitos da educação, nas tentativas de engajamento dos pais e na construção do Projeto Político Pedagógico (sendo em conjunto e participativo).
Para tanto a gestão deve refletir uma atitude em que busca sempre se apoiar em um firme planejamento das ações pedagógicas que envolve um trabalho coletivo, desde sua concepção na Proposta Pedagógica da escola e sua aplicação pela equipe de docentes até o acompanhamento dos resultados e objetivos atingidos pelos alunos. Levando sempre em consideração a autonomia da escola que permite o compartilhamento da responsabilidade pelo sucesso do processo de ensino e aprendizagem.
O autor ainda nos diz que as metas que o gestor deve alcançar para ter um projeto de educação de qualidade envolvem quatro diferentes aspectos. O primeiro tem a ver com a abertura as inovações tecnológicas que podem ser utilizadas no contexto escolar como ferramentas para otimização do processo de aprendizagem, isso quando as práticas são refletidas de acordo com o contexto escolar e seus objetivos de pedagógicos. O segundo aspecto visa o conhecimento da parte de recursos humanos, um aprofundamento das questões legislativas que envolvem a gestão de pessoal e a suas implicações principalmente para os concursados. O terceiro aspecto é o pedagógico que envolve toda proposta e filosofia da escola referente ao que se objetiva transmitir e ensinar os alunos na busca da formação de um cidadão crítico e ciente do seu papel social. O quarto aspecto é administrativo e financeiro que demonstra que a gestão precisa lidar com essas realidades, apesar de não ser o foco central, pois são importantes para o bom funcionamento da escola.
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