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A CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: UMA PROPOSTA BASEADA NA FÁBULA DOS 3 PORQUINHOS

Por:   •  6/3/2022  •  Trabalho acadêmico  •  3.926 Palavras (16 Páginas)  •  257 Visualizações

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CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL:

UMA PROPOSTA BASEADA NA FÁBULA DOS 3 PORQUINHOS

Angela Taborda de Lima

 Faculdade Anchieta de Ensino Superior do Paraná

RESUMO

O presente estudo tem por objetivo analisar a importância da Contação de História na Educação Infantil, trazendo uma proposta prática da História dos 3 porquinhos, alinhadas a Base Nacional Comum Curricular. Deste modo, foi realizada uma pesquisa bibliográfica em livros, artigos e sites governamentais, o que permitiu concluir que A contação de histórias, além de incentivar a socialização da criança, melhora o relacionamento entre o professor e o aluno. A história, quando bem contada, instiga a criança a procurar mais conhecimento através do hábito da leitura. A leitura, como uma ótima fonte de prazer e lazer, expande a mente da criança, estimula a sua imaginação, fazendo-a pensar por si só, além de melhorar o seu vocabulário e sua oralidade.

Palavras-chave: Contação. História. Educação. Infantil.

1 INTRODUÇÃO

Contar histórias para crianças parece algo fácil, contudo, é necessário que ocorra um real interesse nesse ato, mais que isso, é preciso respeitar os limites, às emoções e aos valores da criança, ou seja, é preciso voltar a ser criança.

Além disso, conforme explica Dhome (2013) as histórias são excelentes ferramentas de trabalhos no espaço educacional, pois sabe-se que as crianças gostam muito, elas levam uma empatia com os alunos; há variedades de temas é praticamente inesgotável; pouca exigência de recursos materiais para sua aplicação e os vários aspectos educacionais que podem ser focados.

Ao se contar uma história, valendo-se das diversas possibilidades de expressão que a contação proporciona, o narrador tem a oportunidade de explorar de forma aprofundada as suas emoções, podendo viabilizar, desse modo, que os ouvintes/espectadores também explorem as suas próprias. Um benefício relevante disso é o de que as emoções, segundo Bedran (2012, p.69), “são mais eficazes para manter e ajudar a recordar os acontecimentos”, o que é de imenso valor para o letramento infantil.

Deste modo é necessário um processo de busca do educador pelo sentido da sua ação educativa ou, dito de outra forma, de busca pela construção de sua intencionalidade educativa. É nesse momento que ele pode se fazer perguntas como: “onde eu quero chegar com essas crianças?” e “o que me cabe fazer para alcançar esse lugar?”

Ao acompanhar a trajetória dos personagens de uma história, podemos empaticamente nos reconhecermos neles e identificarmos em suas experiências questões da nossa própria vida. Considerando os contos, tradicionais ou literários, como manifestações culturais, ocorre, dessa maneira, um movimento “de fora para dentro”, ou seja, uma influência da cultura sobre a nossa própria identidade, como explicitado abaixo.

Neste contexto, uma vez escolhida a história é necessário estudá-la para ter elementos para reparar a narração, fazer adaptações, escolher se serão utilizados recursos auxiliares e, sendo este o caso, qual é a melhor técnica. Isto foi bem verificado ao produzir o vídeo dos três porquinhos solicitados nesta disciplina de estágio. Foi necessário um estudo minucioso da história e de quais recursos seriam necessários para produzi-lo.

Neste contexto a escolha para produção deste estudo foi a história dos 3 porquinhos tendo como objetivo trazer uma proposta de atividade a ser trabalhada na educação infantil que estão alinhadas a BNCC. Deste modo, a proposta está embasada na sugestão de Mansani (2018) no seu questionamento: Criança pequena contando história? É possível!

2 A ARTE DE CONTAR HISTÓRIAS

O uso da expressão “contação de histórias” está conectado ao crescente destaque do contador de histórias contemporâneo, marcadamente urbano, que a partir dos anos 1980 passa a ocupar espaços como “escolas, bibliotecas, teatros, praças, seminários, congressos ligados à educação e simpósios”, de modo a servir ao “entretenimento em eventos de arte e cultura, ao fomento à prática de leitura e às dinamizações de bibliotecas” (BEDRAN, 2012, p.25).

Sisto (2001) acredita que isso tenha se dado, principalmente nos anos 90, em decorrência da expansão de bibliotecas pelo país e do entendimento de que a atividade desses locais deveria ir além da armazenagem e comercialização de livros, de modo a tornarem-se polos de estímulo e celebração da leitura.

Entendemos, portanto, que uma das características mais essenciais do contador de histórias seja a sua intenção de que a história de fato chegue, entre, incorpore quem a escuta. Da mesma forma, a ambição maior de uma contação de histórias é a de fazer com que o ouvinte e espectador tenham a possibilidade de acessar a narrativa com todos os seus sentidos: visualizar as imagens, degustar os sabores, sentir as texturas, os sons, os cheiros. Assim é possível crer que a história tornou-se parte do seu corpo, do seu ser. A condição para que isso ocorra, porém, é a de que, anteriormente, essa história tenha sido incorporada do mesmo modo pelo narrador.

Mas, para além disso, o que é e o que faz um contador de histórias? Fernandes (2015, p. 417) o define como sendo “todo indivíduo que, ao contar uma história, se preocupa com a postura diante do ouvinte e aprimora os gestos e a voz em benefício da narrativa”. Acrescentamos que quando falamos em contador e contação de histórias, ao menos neste trabalho, estamos tratando de um contexto em que há a narração de uma história, de forma oral, sem o suporte da leitura de um livro no momento em que a história está sendo contada.

2.1  A ATIVIDADE CRIADORA DAS CRIANÇAS E AS NARRATIVAS

Conforme descreve Vygotsky (2009), o contato com as histórias oferece às crianças o acesso a um sistema simbólico compartilhado com os adultos. A partir da apropriação da herança cultural do meio social em que vivem, elas passam a ter condições de organizar e expressar seus sentimentos e experiências baseadas nos símbolos gestuais, visuais e verbais nele presentes.

Destaca Vygotsky (2009) que julgamos importante esclarecer que, na literatura da psicologia histórico cultural, não se considera que as crianças pequenas sejam capazes de formar, por conta própria, conceitos objetivos, o que ocorreria somente aos 12 anos de idade. No entanto, na primeira infância elas já desenvolvem equivalentes funcionais de conceitos, cujas formas de pensamento diferem das do adulto quanto à sua composição, sua estrutura e seu modo de operação, portanto:

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