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A Contribuição do Jogo como Instrumento de Socialização para Educandos Autistas na Educação Infantil

Por:   •  4/11/2021  •  Artigo  •  3.701 Palavras (15 Páginas)  •  143 Visualizações

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A Contribuição do Jogo como Instrumento de Socialização para Educandos Autistas na Educação Infantil

Kelly Maria Oliveira de Moura[1] 

Noemi Back Poffo[2]

Resumo

O presente artigo tem como objetivo analisar as contribuições que o jogo pode trazer para a socialização de educandos autistas em classes regulares na Educação Infantil. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica embasada em artigos científicos onde os procedimentos dados para coletados forma de forma qualitativa e quantitativa. Este trabalho tem o intuito de deixar clara a importância dos jogos na vida de crianças autista no contexto escolar. Como um importante instrumento mediador entre o deficiente físico e seus pares tem se o intuito de analisar o contexto dos jogos no ensino regular, visando atender o desenvolvimento das crianças envolvidas e a sociabilidade entre ambas através de um intercessor preparado pra atender este público em especial. Assim é necessária uma análise do contexto para que haja uma possível intervenção deste profissional junto a este público carente de atenção.  

Palavras-chave: Jogo. Autismo. Educação Infantil.

Contribution of the Game as a Socialization Tool for Autistic Educators in Early Childhood Education

Abstract

This article aims to analyze the contributions that the game can bringfor the socialization of autistic students in regular classes in Early Childhood Education. The methodology used was the bibliographic research based on scientific articles where the procedures given for collected form both qualitatively and quantitatively. This work aims to make clear the importance of games in the lives of autistic children in the school context. As an important mediating instrument between the physically disabled and their peers, the intention is to analyze the context of games in regular education, aiming to attend the development of the children involved and the sociability between both through an intercessor prepared to attend this special public. Thus, an analysis of the context is necessary so that there is a possible intervention by this professional with this public that needs attention.

Keywords: Game. Autism. Child education.

1 INTRODUÇÃO

O presente artigo de Pós Graduação do curso de Educação Especial Inclusiva o qual pretende alavancar a importância do jogo como um dos principais instrumentos pedagógicos para auxiliar os professores a integrar os alunos Autistas com os demais Educandos no Ensino Regular, tendo como apoio para isto autores que também demonstraram interesse pelo tema de Inclusão do Autista no Ensino Regular dentro da Educação Infantil.

Trazendo esse critério destacado de que o jogo faz parte das civilizações desde a Grécia Antiga, onde antes era utilizado só como forma de diversão. Sabe-se que este protagonista tem acompanhado o ser humano desde então e despertado interesse de vários estudiosos para saberem até que ponto este objeto de estudo é capaz de influenciar o indivíduo em sua vida social.  Compreendemos que o jogo é a autêntica manifestação humana e que pode ser visto como um passatempo, uma atividade de integração social, brincadeira de cunho lúdico, instrumento de costumes culturais e de ideias. E que a partir dele, vários benefícios importantes têm sido deixados para o crescimento humano em diferentes aspectos, tanto motor como sociais.

        O jogo muitas vezes contêm princípios ou regras a serem estabelecidos por seus atuantes e é de grande valia como ferramenta de socialização, pois quando o indivíduo está jogando em grupo, de certa forma ela irá desenvolver sua personalidade, adquirirá valores e aprenderá regras e costumes necessários para se viver em sociedade.

        Segundo Miranda (1964, p.14) “a socialização aparece como uma dimensão-base sobre a qual as demais se apoiam e a cognição situa-se no topo dessa coluna imaginária,... O jogo infantil propicia um desenvolvimento integrado das crianças e das habilidades...” Desta forma, o jogo em seu caráter socializador, auxilia nas relações sociais, afetivas, resolução de problemas, compreensão da cultura, inclusão, solidariedade, ética, e noções de tempo e espaço. E que dando importância a este critério de socializar, a cognição, a afeição, a motivação e a criatividade se desenvolverão como uma consequência desta intenção de desenvolver primeiramente as relações sociais entre as crianças.

        Neste sentido, o jogo pode ser empregado na escola como um importante papel para auxiliar os professores como um método pedagógico e eficaz de ensino-aprendizagem. Pois esta função lúdica que o jogo opera nas pessoas de forma intrínseca desperta o saber e autonomias que por vezes estão encobertos nas pessoas.

Partindo desta análise da construção de que o jogo por si só é dotado de diversas funções e vantagens há de ser notório que deva ser um meio pelo qual o professor possa usá-lo não só como brincadeira banal, mas como meio de incluir o autista no ambiente escolar. O Autismo é considerado um Transtorno Global do Desenvolvimento - TGD, assim é descrito como um conjunto de transtornos qualitativos de funções envolvidas no desenvolvimento humano. Por muitos anos os Autistas foram excluídos do ensino regular, mas apesar das mudanças ocorridas na contemporaneidade, ainda nota-se que como tais, muitas vezes se tornam excluídos, não por serem somente seres complexos e diversificados, mas frequentemente são eles vítimas da ignorância da sociedade que desconhecem suas especificidades e talentos escondidos. Ainda assim, sendo os mesmos incluídos neste ensino não tem a garantia de que estes alcancem seu auge e habilidades pelo simples fato de não terem em seus meio profissionais qualificados e sabedores de suas características e essência.

        A falta de preparo dos educadores pode afetar na qualidade dos resultados da socialização, devendo ser de fundamental importância que o mesmo se qualifique para que não ocorra o efeito oposto ao desejado. Pois o que se espera é que o profissional ao lidar com o Autista deverá manter um equilíbrio e cuidado extremo para que não haja uma exclusão e até mesmo a agregação de falsas ideologias.

De acordo com Silva (2009 apud Cardoso et. al., 2016 p. 5-6) aponta a necessidade de orientação aos professores, pois é a falta de conhecimento a respeito dos transtornos do espectro autista que os impede de identificar corretamente as necessidades de seus alunos com autismo. Na medida em que o sujeito é visto somente sob o ângulo de suas limitações, a crença na sua educabilidade e possibilidades de desenvolvimento estará associada à impossibilidade de permanência deste sujeito em espaços como o ensino comum.

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