A Dislexia
Por: 279110 • 18/6/2017 • Trabalho acadêmico • 6.007 Palavras (25 Páginas) • 273 Visualizações
Introdução
A dislexia vem representando, no momento, um atual problema escolar. Passamos a observar este tema com mais intensidade, pois estamos lidando a todo tempo com esse público.
Como psicopedagoga, estamos o tempo todo observando nossos alunos em sala de aula e muita das vezes identificou alguma deficiência. Diante das dificuldades estamos a todo tempo tentando de alguma maneira saber lidar com as diferenças desses alunos dentro de sala.
A atuação do psicopedagogo é fundamental para que toda a equipe possa trabalhar unida e conseguirem atingir um objetivo. A sala de aula é uma descoberta para o aluno, a cada instante estamos aprendendo coisas novas e saber lidar com as diferenças torna tudo mais fácil.
O aluno com dislexia não é diferente das outras crianças, ele apenas tem o seu tempo para aprender as coisas e como educadores e psicopedagogos deveram estar prontos para recebê-los e fazer um planejamento de acordo com cada caso.
A escola precisa buscar métodos que beneficiem o aluno e os responsáveis, mantendo sempre uma relação de companheirismo, facilitando possíveis soluções e encaminhamentos para os alunos disléxicos.
Por não ter características físicas, a dislexia geralmente é percebida na escola, durante o processo de letramento.
Porém a escola não tem competência para diagnosticar a dislexia. Percebido alguns sintomas, a escola deve informar aos pais que levem o filho ao consultório de profissionais como psicólogos ou fonoaudiólogos para assim passarem por uma avaliação mais profunda. “Dislexia, antes de qualquer definição, é um jeito de ser e de aprender; reflete a expressão individual de uma mente, muitas vezes arguta e até genial, mas que aprende de maneira”.
Podemos concluir que dislexia é uma específica dificuldade de aprendizado da linguagem: em leitura, soletração, escrita, em linguagem expressiva ou receptiva, em razão e cálculo matemático, como na linguagem corporal e social.
O que é Dislexia?
É importante saber que a dislexia não é uma doença, senão um distúrbio genético e neurobiológico que independe da preguiça falta de atenção ou má alfabetização. O que ocorre é uma desordem no caminho das informações, o que inibe o processo de entendimento das letras e, por sua vez, pode comprometer a escrita.
É claro que os sintomas da dislexia variam de acordo com os diferentes graus do transtorno, mas a pessoa tem dificuldade para decodificar as letras do alfabeto e tudo o que é relacionado à leitura. O disléxico não consegue associar o símbolo gráfico e as letras ao som que eles representam.
Ter dislexia não é o fim do mundo, o disléxico não é deficiente. Ele pode ser uma pessoa saudável e inteligente, porém com dificuldade acima do comum em aprender a ler. Geralmente, o disléxico possui um QI normal ou até mesmo acima do normal.
Quanto antes descobrir a dislexia, melhor será para evitar rótulos depreciativos ao portador, dificuldades com os colegas na escola, constrangimento no local de trabalho, problemas de relacionamento seja com amigos, parceiros ou familiares.
Afinal, quantas vezes algum disléxico, por não saber a origem de seu problema, não soube argumentar contra críticas, ridicularizarão, zombaria onde trabalha ou estuda? Quantas vezes, você, mãe, pai, já não se preocupou com as dificuldades de seu filho? Há exemplos de que disléxicos podem conviver com o distúrbio, sim. Para que isso aconteça, é preciso buscar ajuda de profissionais.
Definição:
Observamos que de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) cerca de 10 % dos brasileiros sofre de dislexia. A “doença” começa a se manifestar no inicio dos 6 a 7 anos da alfabetização, porem segue-se o percebimento, que através de um profissional vem o diagnostico.
Os requisitos básicos como reconhecer são através do som das letras, fala e a linguagem, identificar visualmente letras e palavras, perceber leve diferença em unir e formar “letrinhas” e “palavrinhas”. Vendo algo anormal percebemos que a criança tem dificuldade de entender, memorizar, interpretar e raciocinar conteúdos vinculados a leituras e a escritas... Em resumo a Dislexia é isso.
Elas têm dificuldade de acompanhar os colegas na questão da alfabetização, da leitura, seguindo-se com uma leitura muito lenta, muito silabada, troca de fonemas, por exemplo, P e B / F e V, a leitura torna-se muito sofrida, porque ela não consegue decodificar esse grafema que é a letra em som e vice versa.
Mediante isso a criança passa por uma analise multidisciplinar para minimizar os efeitos, porém não existe remédio pra dislexia a não ser que venha acompanhada com transtorno de déficit tensional (que já é outro caso). Mas tem tratamento, o tratamento básico é com a fonoaudióloga, que vai ensinar a criança a decodificar o som, e com o psicopedagogo que vai ensinar as habilidades da língua, sendo cada um “com seu ritmo”, em media temos aí uns três anos.
Então a dislexia é uma dificuldade que a criança pode ter em aprender a ler e consequentemente escrever, não é uma doença, apenas uma dificuldade de decodificação. Ela já nasce com essa dificuldade, não é nada que se adquire ( dislexia do desenvolvimento ). Tem dislexia que se adquire por lesões (por exe.: AVE. Acidente vascular encefálico - conhecido também como AVC – derrame) , ou pessoas que tem dificuldade após um acidente, mas já é outro quadro.
Essa dislexia do desenvolvimento, em 60 % do caso ela é genética, então o indivíduo já nasce pré-disposto a desenvolver, essa identificação só pode ser feita depois da alfabetização, uma vez que é um problema para ler e escrever. Mas estudo científico mostra que essas crianças no desenvolvimento dela tem dificuldade de fala, estruturação de fala e rimas, palavrinhas começando em “MA” em “PA”. É uma “doença” biológica, o individuo que tem essa “doença” ele possui uma disfunção neurológica, não é lesão, se fizer o exame de imagem não é detectada; no exame evolutivo percebemos a disfunção.
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