A EDUCAÇÃO NÃO É LIBERTADORA, O SONHO DO OPRIMIDO É SER OPRESSOR
Por: Amanda Venezio • 4/6/2020 • Resenha • 524 Palavras (3 Páginas) • 1.932 Visualizações
Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser opressor.
No capítulo II do livro pedagogia do oprimido, Paulo Freire traz a discussão, onde a concepção de educação é entendida como o ato de depositar, transmitir, transferir valores e conhecimentos do educador para os aprendizes. na educação bancária, existem dois tipos diferentes de assuntos: o educador e o aluno (aquele que é educado)
Entende-se então que o professor é quem faz do aluno um depositário, ao considerar o aluno como inapto de produzir conhecimento, e desconsiderar-se como um ser em formação contínua.
o sujeito da educação é o educador que envolve o aluno na memorização mecânica dos conteúdos.
o educador não se comunica, apenas fornece informações que os alunos aceitam docilmente.
Assim, os alunos são uma espécie de "recipiente" em que o conhecimento é "depositado".
O conhecimento é então uma doação: aqueles que possuem conhecimento o dão para aqueles que são considerados ignorantes.
Pedagogia do oprimido
Na educação bancária, a relação educador-educador é vertical. Ocorre quando o educador está acima do aluno, de tal maneira que o educador é o sujeito do processo educacional, enquanto os alunos são meros objetos.
Freire menciona que a educação bancária mantém e estimula a contradição, razão pela qual ocorre o seguinte: o educador é sempre o educador, o aluno é o educado,
o educador sempre sabe, o aluno que não sabe, o educador é quem disciplina, o educa o disciplinado
o educador escolhe os programas, o aluno os recebe na forma de um depósito.
Essa concepção de educação permite a reprodução de uma sociedade opressora e alienante ...
anula e minimiza o poder criativo do aluno, a consciência crítica da realidade não é incentivada, inibe o homem como sujeito de ação e como capaz de escolher, é "necrofilia" porque procura transformar aprendizes em objetos.
os homens são mais instruídos, mais adaptados são ao mundo da elite dominante.
Liberdade/ problematizadora
Nesse modelo educacional, ninguém educa ninguém e ninguém se educa, os homens são educados em comunhão. mediado pelo mundo
relacionamento dialógico
educador = educar
educar = educador
“ninguém educa ninguém – ninguém se educa a si mesmo – os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo.” O homem é visto como “um ser inconcluso, consciente de sua inconclusão e seu permanente movimento em busca do Ser Mais”.
Leia mais: https://www.sabedoriapolitica.com.br/products/pedagogia-do-oprimido-resenha-critica/
Sabendo da sua condição na sociedade o educando nunca se encontra na condição de oprimido, seu lema é igualdade para todos. A educação bancaria torna a aprendizagem do aluno mecânica, ou seja, um ser que não entende pertencer ao contexto social. Na concepção bancaria predominam relações narradoras e dissertadoras, a educação se torna um ato de depositar como nos bancos o saber é uma doação dos que se julgam sábios aos que não sabem
No capítulo II do livro pedagogia do oprimido, são apresentas as formas mais habituais de manter as pessoas sobre domínio e conduzi-las dessa forma, para Paulo freire essa forma de educação também apresenta características controladoras e opressoras a forma que a educação bancaria se dá apresenta o mesmo ideal de opressor e oprimido ela deposita conhecimentos aos educandos para que os mesmos fiquem limitados só aos conhecimentos que lhe é impostos sem que haja diálogos e debate de opiniões e ideias.
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