A Educação Não é Privilégio
Por: mceli • 10/7/2016 • Trabalho acadêmico • 649 Palavras (3 Páginas) • 137 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
DEPARTAMENTO DE PEDAGOGIA
PROFESSORA: DRA. GISELE MASSOM
ACADÊMICA: MARIA CELI KIRCHNER
TRABALHO
Questões sobre os vídeos: Anísio Teixeira – “Educação não é privilégio”
Em 1932 o Brasil está passando por um período de grandes mudanças e da reforma constitucionalista. Nesse período acontece o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, que é redigido por Fernando de Azevedo e conta com a participação de vários intelectuais da época, inclusive Anísio Teixeira. O documento pede uma reforma na educação e solicita uma educação gratuita, sendo dever do Estado, laica, sem vínculos religiosos, obrigatória e para todos, sendo assim todos teriam acesso ao ensino e seriam alfabetizados. O documento contou com as ideias inovadoras de Anísio Teixeira, visando a formação completa do aluno em todas as suas potencialidades, baseadas no pragmatismo de John Dewey de quem foi aluno em um curso de Pós Graduação nos Estados Unidos.
Em 1935 devido a grande pressão política por parte do governo de Getúlio Vargas e sendo acusado de comunista, Anísio demite-se e correndo o risco de ser preso recorre ao exílio na fazenda de sua família na Bahia.
Em 1950 é inaugurado, em Salvador, o Centro Educacional Carneiro Ribeiro, também conhecido como Escola Parque. Uma escola totalmente formulada sob os ideais de Anísio Teixeira, trazendo em sua proposta uma educação revolucionária, integral e em tempo integral, voltada para a população mais carente. Onde o aluno recebia o aprendizado na sua totalidade, para criação de conteúdos interiores, sendo capaz de interpretar o mundo e agir sobre ele. Recebiam educação para cuidados de higiene e saúde. Devido a excelente qualidade de ensino oferecido, a escola ficou conhecida internacionalmente como modelo de educação a ser desenvolvido.
À partir de relatos dos ex-alunos é possível destacar como práticas diferenciadas de ensino a fabricação de tudo que os alunos necessitavam, como roupas e calçados para eles mesmos, a tipografia e encadernação, as viagens para participação em eventos e competições. Também é possível perceber a imensa gratidão e orgulho dos ex-alunos pela educação e formação que receberam no Centro Educacional.
Em 1951 Anísio é convidado pelo Ministro da Educação, Simões Filho para ser seu assessor, e também formular e organizar a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). Em 1953 assume a direção do Inep( Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisa), criando em 1955 o Centro Brasileiro de Pesquisa Educacional que tinha por objetivo realizar pesquisa da situação educacional brasileira.
Com o golpe Militar de 1964, o Brasil entra nos chamados anos de chumbo, a Universidade de Brasília, de quem Anísio foi um dos idealizadores foi cercada com cavalaria, tanques blindados, em uma operação de Guerra, com várias prisões imediatas, mas Anísio não foi preso apenas passou por interrogatórios, por possíveis ligações com o comunismo. Então mais uma vez Anísio precisou se exilar, dessa vez foi para os EUA.
Anísio Teixeira foi um grande educador e estudioso que pensava à frente de seu tempo. Resistiu a grandes enfrentamentos, à inibição da expressão de ideias e pensamentos, construindo seus próprios ideais, acreditando nisso e lutando para que o mesmo fosse instaurado, e as contribuições assumem um grande papel no modelo educacional, na implementação de escolas públicas de todos os níveis, educação gratuita para todos, a democratização da educação, assim como a formação do homem em uma perspectiva de ação crítica sobre o fazer, o ambiente escolar em que deve oferecer oportunidades de o aluno desenvolver e se descobrir naquele meio, de desenvolver métodos na resolução de problemas, pensar com clareza e trabalhar em liberdade, formando e oferecendo oportunidades iguais para todos.
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