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A Educação e a Covid

Por:   •  15/11/2020  •  Ensaio  •  1.688 Palavras (7 Páginas)  •  107 Visualizações

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Data: 30 de outubro de 2020

Nome do aluno: Adriano da Silva Almeida

Nome da disciplina: Investigação e Prática Pedagógica

Nome do professor: Jorge Fernandes

RESUMO DO TEXTO:  A EDUCAÇÃO E A COVID-19

RESUMO

Este trabalho faz parte do processo avaliativo da disciplina Investigação e Prática Pedagógica, aplicado no curso de Licenciatura em História noturno, e visa realizar um resumo crítico do texto intitulado “A educação e a Covid-19” das autoras Érika Dias e Fátima Cunha Pinto. O mencionado texto é uma síntese de 12 artigos, presente na edição número 108 da revista Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, uma publicação trimestral da Fundação Cesgranrio.

DESENVOLVIMENTO

No contexto atual da pandemia do novo Corona vírus, as autoras iniciam com dois questionamentos, o primeiro é partilhado por gestores, educadores, políticos e cidadãos: “como será o mundo após a pandemia?” O segundo considera que 90% dos estudantes do mundo vivenciaram de maneira abrupta o encerramento das aulas em suas escolas e universidades: “qual o futuro da Educação num mundo abalado pelo novo Corona vírus?” as autoras afirmam com o retorno das aulas e a emergente recessão econômica aumentará as desigualdades, podendo reverter o progresso obtido na expansão do acesso educacional e na melhoria do processo de aprendizagem.

Ressalta-se a necessidade da criação de políticas públicas com especificidade para educação. Se tais medidas não forem tomadas a natural queda da aprendizagem poderá se alastrar por décadas. É preciso investir em melhorias na infraestrutura, tecnologias, formação, metodologias e salários, como é apontado pela UNESCO. O parecer do Conselho Nacional do Ministério da Educação reconhece a problemática em questão, procurando reorganizar as atividades acadêmicas de modo a atenuar as percas na carga horária do período letivo.

A Educação a distância (EaD) ergueu-se como uma alternativa para minorar as percas no ano letivo, contudo essa forma de ensino tende a exacerbar as desigualdades já factual, as quais eram parcialmente niveladas no ambiente escolar. Se faz necessário ruminar o futuro da Educação ponderando uma articulação entre o EaD e o Ensino presencial, considerando que muitos não tem acesso aos instrumentos adequados para poder ter um ensino à distância com qualidade. Considerando, também, muitos professores não recebem treinamento e/ou não estão habituados na utilização de plataformas digitais nos seus métodos de ensino. Muitas instituições de ensino estão aderindo às ferramentas digitais sem usufruir de um tempo hábil para testarem as plataformas e treinar o seu corpo docente.

As autoras pontuam sobre o desgaste físico-mental ao qual afligi toda a comunidade acadêmica, fruto da situação pandêmica vivenciada. Segundo as mesmas, encorajar a contiguidade das relações sociais entre educadores e alunos durante esse período é primordial, pois ajuda a atenuar os impactos psicológicos negativos da pandemia nos estudantes.

As literatas salientam sobre as expectações desmoderadas que instituições de ensino depositam sobre o que os professores e familiares pode realmente fazer. Existe diferenças substanciais entre as famílias, no contexto do isolamento social, umas podem ajudar no processo de aprendizagem dos seus filhos e outras não. Fatores como a disponibilidade de tempo para auxiliar os alunos, as habilidades não-cognitivas dos pais, a capacidade de ter aceso aos meios digitais e a erudição dos genitores são infortúnios a serem considerados, quanto ao papel das famílias no processo de ensino-aprendizagem dos filhos em tempos de pandemia.

Avançando no texto as autoras nos apresenta os artigos que integram a edição n. º 108 do periódico “Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em educação” pertencente a “Fundação Cesgranrio”. O primeiro texto exposto é o intitulado “A Covid-19 e a volta às aulas: ouvido as evidências”, onde João Oliveira, Matheus Gomes e Thaís Barcellos perscrutam a questão da paralisação prolongada devido à situação pandêmica, o impacto das tecnologias no desempenho escolar e as alternativas para que o ano não seja totalmente perdido para os alunos da Educação Básica.

O segundo artigo, “A Lei n.º 13. 415 e as alterações na carga horária e no currículo do Ensino Médio”, de Paulo Romualdo Hernandes, aborda a reforma do ensino Médio, fixada pela Lei n.º 13. 415. O estudo revela como o aumento da carga horária e as inovações curriculares são imprescindíveis, todavia sem políticas para subsidiar as escolas públicas no processo de implementação das modificações prevista na lei, provavelmente os resultados serão insatisfatórios.

O texto “Multiple imputation in big identifiable data for Educational research: An example from the Brazilian Education assessment system”, das autoras Maria Eugénia Ferrão, Paula Prata e Maria Tereza Gonzaga Alves, investigou dados da Prova Brasil 2017. Tendo como objetivo central o esclarecimento do porquê os estudos quantitativos em aferição, da avaliação e da pesquisa educacional serem baseados em conjuntos de dados ambíguos. As autoras demonstraram que os dados ausentes podem comprometer a maior parte do conhecimento acumulado sobre o tema equidade social.

O artigo seguinte vem da Universidade Federal do Amazonas e intitula-se “Deficiência visual: caminhos legais e teóricos da escola inclusiva”. Neste, Fabiane Maia Garcia e Aissa Thamy Alencar Mendes Braz apresentam os resultados de uma pesquisa sobre a ablepsia, a baixa visão e a acessibilidade dos alunos com deficiência visual às escolas de Manaus. No decorrer do estudo as autoras chegaram ao entendimento que a rede municipal de Ensino em Manaus não conseguiu assegurar, para esses alunos, o acesso às escolas inclusivas ou exclusivas e o atendimento educacional especializado, visto que a maioria das escolas não oferece acessibilidade.

Proveniente da Espanha, temos a colaboração de Lorenzo Pérez Diez e de Carmen Jimenez Fernandez, com o artigo “La repuesta educativa a los alunos más capaces em los planes de atención a la diversidade”. Os autores discorrem sobre a questão da diversidade e os procedimentos criados para alunos superdotados. Com base em uma pesquisa realizada na província de Palencia, foi percebido que a presença de parâmetros educativos destinados a esses alunos é nula ou simplesmente testemunhal.

O sexto artigo é uma colaboração de docentes da universidade de Alberta no Canadá e da Universidade Católica de Brasília. Com o título “Youth leadership and global citizenship: alternatives for peacebuilding in Brazilian public schools”, Geraldo Caliman, Ranilce Guimaraes-Iosif, Jose Ivaldo A. de lucena e Vanildes Gonçalves dos Santos discutem uma educação para paz, focada na redução da violência no ambiente escolar. O estudo foi alicerçado em uma pesquisa realizada em duas escolas públicas de Brasília, com alunos do Ensino Médio, analisando o papel das universidades e da escola pública na construção de mecanismo que atuem proativamente na Educação de jovens, preparando-os para eventuais situações de violência e intolerância.

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