A Educação inclusiva nas escolas
Por: Magnacavalcantes • 14/8/2017 • Artigo • 1.889 Palavras (8 Páginas) • 326 Visualizações
FAVENORTE
Educação Inclusiva nas escolas
Magna Cavalcante da Silva
Claro dos Poções / 23/08/2016
FAVENORTE
Educação Inclusiva nas escolas
Artigo apresentado como fins de
pesquisa e obtenção de avaliação para
apresentar o curso de Pós-Graduação Latu Senso
Educação Inclusiva nas escolas
Resumo
O presente artigo consiste em apresentar a questão da inclusão educacional nas escolas. O direito à educação por pessoas especiais, foi afirmado pela constituição em 1988, que serviu como ponto de partida para a criação de outros documentos e leis que defendem o direito de todos e da inclusão, como a lei 7853/89 que considera crime as escolas não aceitarem a matrícula de alunos especiais. A educação inclusiva parte da intenção de que cada um tenha uma existência feliz e de qualidade, participando ativamente de sua vida pessoal, deixando de lado a passividade ora antes imposta. Esse tema hoje está cada vez mais atual e cada vez mais discutido nas escolas. Apesar disso, ainda existe uma resistência por parte das escolas, em concretizar essa inclusão, alegando não ter profissionais especializados, salas adequadas, entre outras desculpas. Para tornar-se inclusiva as escolas precisam formar seus professores e equipe de gestão e rever as formas de interação vigentes entre todos os segmentos que a compõem e que nela interferem. Bem como adequar a esses alunos, sua estrutura, organização, seu projeto político pedagógico e práticas avaliativas.
Referencial teórico
O artigo traz como tema Educação Inclusiva nas escolas. O Centro de Estudos sobre Educação inclusiva ( www.inclusion.uwe.ac.uk) define a inclusão como sendo uma
“filosofia que valoriza diversidade de força, habilidades e necessidades [do ser humano] como natural e desejável, trazendo para cada comunidade a oportunidade de responder de forma que conduza a aprendizagem e do crescimento da comunidade um todo, e dando a cada membro desta comunidade um papel de valor.” Portanto, a valorização individual é um dos objetivos da educação inclusiva.
A ideia de exclusão e marginalização perdeu-se num passado muito remoto, onde pessoas com necessidades especiais não eram consideradas “seres humanos” e não tinham nenhum direito de viver como cidadão.
A Declaração de Salamanca é considerada um dos principais documentos mundiais que visam a inclusão social. Segundo esta
Inclusão e participação são essenciais à dignidade humana e ao desfrutamento e exercício dos direitos humanos. Dentro do campo da educação, isto se reflete no desenvolvimento de estratégias que procuram promover a genuína equalização de oportunidades(...). Ao mesmo tempo em que as escolas inclusivas preveem um ambiente favorável à aquisição da igualdade de oportunidade e participação total, o sucesso delas requer um esforço claro, não somente por parte dos professores e dos profissionais da escola, mas também por parte dos colegas, pais, família, voluntários(...) (UNESCO, 1994 p. 5).
Conforme Viégas e Carneiro(2003), a educação inclusiva exige trabalhar com programas flexíveis e permeáveis às mudanças e a pluralidade dos indivíduos, detentores de singularidades cerebrais, mentais, psicológicas, afetivas, intelectuais, subjetivas e culturais.
O aluno “especial” deve poder evoluir em sua individualidade e não apenas no avanço do programa. Isto implica em desenvolver competências e habilidades individuais que lhe assegurem autonomia de movimentos e meios de se afirmar socialmente. Ou seja, se afirmar pelo trabalho. (VIÉGAS; CARNEIRO 2003, p. 27)
Portanto, em se tratando de educar para incluir, como é afirmada pela constituição, as pessoas com necessidades especiais tem o direito de se inserir no mercado de trabalho, o que exige uma prática pedagógica que defenda as necessidades desses alunos.
A prática da inclusão escolar, segundo Mantoan (2003), pauta-se na capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes; é acolher todas as pessoas, sem exceção. É construir formas de interagir com o outro, que, uma vez incluídas, poderão ser atendidas suas necessidades especiais.
Para Mantoan (2003), os pais no Brasil, contrariamente a outros países, na sua maioria, ainda não se posicionaram em favor da inclusão escolar de seus filhos. Um dos motivos é o medo da discriminação, ou ainda, o pensamento de que os mesmos são incapazes de aprender, confirmando sua exclusão social e escolar.
O desafio da Educação Inclusiva nas escolas
Como já foi citado anteriormente, o conceito sobre educação vem sofrendo grandes mudanças positivas ao longo dos últimos anos. Nunca se falou tanto sobre a educação num mundo globalizado e competitivo. A educação como mera transmissão de conhecimento para o aluno, não respeitando a autonomia de cada um, ficou esquecida e não mais se sustenta.
Para que haja realmente uma educação inclusiva é necessário, antes de tudo, compreender a realidade presente nas salas de aula. Realidade na qual os educadores não se encontram, nem se sentem preparados para trabalhar com alunos com algum tipo de deficiência. Embora as escolas tenham conhecimento da obrigatoriedade dessa inclusão e receba as matrículas desses alunos com necessidades especiais, têm procurado de todas as formas reestruturar seu espaço físico
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