A Entrevista com Pedagogo
Por: Enny Oliveira • 17/10/2019 • Trabalho acadêmico • 1.078 Palavras (5 Páginas) • 1.236 Visualizações
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Enide Silva de Oliveira
Conhecimento, Tecnologia e Carreira
Duque de Caxias, 2019
Faculdade Unigranrio
Graduação: Pedagogia
Aluno: Enide Silva de Oliveira
Matéria: Conhecimento, tecnologia e carreira
Atividade Avaliativa AP1
Professor: Livaldo Lodi Murga da Rocha
Duque de Caxias, 2019
Sumário
Introdução ...........................................................................................................1
Dados do entrevistado ........................................................................................2
Trajetória profissional ..........................................................................................2
Conclusão ...........................................................................................................5
Referência ...........................................................................................................6
Introdução
O papel do profissional formado em pedagogia é ser relevante para a sociedade.
Segundo o site dicio.com, a pedagogia é a ciência cujo objetivo de análise é a educação, seus métodos e princípios; reunião das teorias sobre educação e sobre o ensino, e ainda, reunião das práticas e métodos que garantem a adequação entre conteúdo didático e as pessoas que se utilizam dele.
Para a construção desta atividade, tive o prazer de conversar com a professora Daniella e conhecer um pouco da sua trajetória. Em um diálogo enriquecedor e motivador, a docente compartilhou um pouco de sua jornada.
Dados do entrevistado
A professora Daniella Souza Alves possui o ensino médio normal, há um ano formou-se pedagoga pelo ISERJ – INSTITUTO Superior de Educação do Rio de Janeiro e atualmente cursa pós-graduação em psicopedagogia pela faculdade FAEL modalidade EAD.
Trajetória profissional
Começou a dar aulas particulares em sua residência assim que concluiu o fundamental em 1991. Em 2002 passou no com curso de merendeira da Prefeitura do Rio de Janeiro. Tomou posse do cargo e acumulou as duas funções: a de explicadora para crianças do ensino fundamental e a de merendeira, atrelado a sua função de mãe de cinco filhos.
Em 2014, Daniella prestou vestibular para a universidade e iniciou o curso de pedagogia. Em 2016 decidiu fazer um concurso para Professor de Educação Infantil, porém, em caráter avaliativo pois ainda não possuía formação de professores e ainda se encontrava no quinto período da faculdade de pedagogia. Foi aprovada e precisou ingressar num curso de formação de professores na modalidade EAD. Perto de sua posse, conseguiu concluir o médio normal. Exonerou sua matrícula de merendeira e assumiu como Professor de Educação Infantil no ano de 2017.
No primeiro semestre de 2018, concluiu a faculdade de pedagogia. A professora afirma que foi um grande privilégio poder cruzar teorias e práticas, atuando como regente de uma turma mista de educação infantil.
Em 2019, trocou de unidade escolar e iniciou a pós-graduação em psicopedagogia em busca de melhorias e maior capacitação profissional. Daniella diz que a meta é ir mais longe, sempre buscando agregar mais conhecimento a fim de contribuir para o aperfeiçoamento e sua prática docente.
A seguir, veremos algumas perguntas direcionadas à professora bem como suas respectivas respostas:
O que te levou a escolher a pedagogia?
Eu sempre me interessei por educação, surgiu a oportunidade e eu abracei. Acho que nasci querendo ser professora e acho que, sem menosprezar as disciplinas específicas como matemática, português, biologia, etc., percebo a pedagogia como essencial na questão de como ensinar, na busca de uma didática adequada e no interesse pelo perfil do aluno. Não percebi isso nos professores que eu tive, naqueles que não eram pedagogos, sem generalizar, parece que alguns tem o dom de ensinar.
Quais as principais dificuldades que você enfrentou em sua carreira profissional?
Uma dificuldade que sinto é me manter persistente pois a acessibilidade ofertada é um tanto utópica. Apesar das cotas e dos bilhetes universitários, os obstáculos se apresentam a todo tempo. A fadiga, o acúmulo de funções, a administração do tempo, as burocracias, os estágios obrigatórios que interferem diretamente em seu trabalho (em seu “ganha pão”), as ofertas de formações continuadas que não incluem o aluno trabalhador e tantos outros obstáculos que explicitam que dar acesso não é simplesmente conceder uma vaga, mas dar condições de se manter nela.
Quais suas principais conquistas ao longo de sua carreira profissional?
Minha principal conquista é ser a primeira da minha família a ter uma graduação, contra todas as perspectivas.
Fui mãe adolescente, sou mulher, negra, moradora da periferia. É uma grande conquista ouvir meus filhos dizerem que todas s vezes em que pensam em desistir, veem em mim um exemplo de persistência. É poder colaborar para que se tornem resilientes e, ainda, dar corpo ao que minha mãe dizia “ser alguém na vida”, mesmo que ela não esteja aqui para ver, sinto como uma dívida paga. Não digo que cheguei lá, pois para mim, “lá” é muito relativo Então, minha maior conquista será sempre última, porque numa escada de subida, um degrau é sempre acima do outro (risos).
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