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A Escola e a Exclusão Nos Cadernos de Pesquisa

Por:   •  7/8/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.283 Palavras (6 Páginas)  •  236 Visualizações

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epartamento de Teoria e Prática de Ensino

Disciplina: Didática

Professora: Tânia Maria F. Braga Garcia

Aluno: Mário Ribeiro Resende Neto

Curso: Filosofia (Noturno)

Síntese comentada de: DUBET, François . A escola e a exclusão. Cadernos de Pesquisa, n.119, p.29-45, julho. 2003.

O tema da desigualdade e da exclusão social em geral é muito corriqueiro em diversos ambientes de discussão e busca por conhecimento. É a partir desse contexto que o sociólogo francês François Dubet versa excentricamente, intentando escapar das argumentações que já se esvairam de tanto serem expostas, sobretudo no ambiente universitário, a fim de realmente contribuir para a construção do debate dialético, sobre o assunto e conquanto a busca por uma escola que traga consequências sociais em vista de um progresso que não seja apenas econômico mas realmente educacional.

Em “A Escola e a Exclusão”, o autor constata e critica o exercício contemporâneo da exclusão social e de seus efeitos diretos na escola, e ainda, na constituição social uma vez que o conhecimento formal ainda hoje está atrelado aos níveis de desigualdades financeiras e ao desemprego. O ponto mais complexo consiste no desenvolvimento da exclusão escolar de fato, pois “Quanto mais a escola intensifica o seu raio de ação, mais ela exclui, apesar das políticas que visam a atenuar esse fenômeno”. O texto aborda basicamente três tipos de problemáticas:

1-) O Papel da escola em uma estrutura social de exclusão.

2-) A Exclusão proveniente da segmentação escolar.

3-) As consequências do desenvolvimento.

Uma constante vertente teórica e, pode-se dizer, social é a que alia o ideal educacional da escola exclusivamente com o desenvolvimento profissional do indivíduo, o que é constatado inclusive por exemplos empiricamente formulados: vê-se diversos egressos de grandes instituições com grandes empregos, engendrando uma generalização tanto quanto equivocada em relação aos conceitos sobre os quais discutimos. Esse pensamento constitui em alguma instância uma forma de exclusão social de uma série de indivíduos, embora não seja a única causa do processo, nas palavras do autor “não somente o desemprego dos jovens é independente do sistema de formação, mas todas as dificuldades da escola, (..), vem de fora do capitalismo e do mercado”.

As consequências da escola republicana do final do século XIX, caracterizada pela distância da escola e a produção e pela adequação da escola às classes sociais. Intentando a manutenção de uma sociedade pautada na cidadania legitimada pelos modelos políticos e econômicos aos quais deveriam instaurar uma “consciência racional e um sentimento nacional, uma laicidade capaz de fazer a França entrar na modernidade.” Enquanto as crianças provenientes da burguesia deveriam aprender valores sociais e políticos os jovens filhos do proletariado aprendiam ofícios os quais poderiam seguir como profissão. Não cabia a escola direcionar as crianças, mas sim ao sistema social de classes que a partir desses efeitos apenas obtia sua manutenação, pois “não era a escola que era injusta, era, antes de tudo, a sociedade”.

Os títulos (diplomas e certificados) eram dotados de um valor social de extrema importância, o que garantia funções sociais e profissionais mais refinadas e por conseguinte mais valorizadas.

Com o desenvolvimento social paulatino, as escolas tiveram seus modos de ação, de certa forma, abalados e por isso tiveram que se adequar para que não fossem responsabilizadas pelos problemas os quais já existiam antes mesmo das próprias.

A massificação, não apenas dos processos de ensino, mas, da escola como um todo, ascendeu um processo de desqualificação das particularidades da produção e distribuição de conhecimento, pois foi necessariamente vinculado às necessidades práticas com evidente importância social e produtiva. É no aprofundamento deste que o processo de exclusão se esconde no conceito de igualdade, o qual possui um importante valor histórico principalmente na cultura francesa. A exclusão deixou de ocorrer ao ingresso da vida escolar para ocorrer indiscriminadamente em outros momentos do processo de formação. O que se evidencia, por exemplo, no tratamento igual aos diferentes níveis de alunos. “ Os alunos com dificuldades são orientados para trajetórias escolares mais ou menos desvalorizadas no interior de uma hierarquia extremamente rígida” impedindo a homogeneidade de possibilidades aos diferentes, constituindo processos de exclusão evidentes em análise, mas quase que imperceptíveis no cotidiano.

A representatividade lexical dos processos e discussões sobre a temática sofreram as alterações necessárias para que os processos sejam incólumes, e continuem como imperceptíveis em uma realidade que tantas vezes opta por não ser evidenciada, por não se enxergar propostas concretas que solucionem problemas subjetivos e genéricos dos processos inerentes à problemática da educação.

A escola funciona como um espelho em relação

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