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A Formação Profissional e o contexto da educação inclusiva

Por:   •  6/9/2018  •  Artigo  •  2.921 Palavras (12 Páginas)  •  241 Visualizações

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FORMAÇÃO PROFISSIONAL E O CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

                                                                                                                Elziene Moraes de Souza

                                                                                                                   Soliane Picanço de Araújo

Mary Jane Santos da Silva Soares

        

RESUMO

O presente artigo traz uma reflexão acerca da formação profissional do docente e o contexto da educação inclusiva, visto que o número de aluno matriculados no ensino regular tem aumentado de maneira expressiva e contínua. Diante desta necessidade o professor precisa estar preparado, tendo uma fundamentação teórica e prática para oferecer uma educação de qualidade para todos. Para o desenvolvimento do trabalho foi realizada uma pesquisa bibliográfica e nos dados disponibilizados pelo MEC a fim de compreendermos o papel do professor no contexto da educação inclusiva e a importância de o professor estar preparado para lidar com a diversidade dos alunos. Veremos no desenvolvimento teórico a trajetória da educação inclusiva e as leis que fundamentam a inserção dos alunos com necessidade especial na escola de ensino regular. A discussão dos resultados traz uma descrição que traça o aumento da demanda de alunos e o número de profissionais especializados na educação especial a fim de entendermos e refletirmos sobre a urgência e a necessidade da formação profissional. Finalmente concluímos o artigo fazendo uma abordagem geral do papel do professor na educação inclusiva e a importância da sua formação específica no contexto da educação inclusiva.

Palavras-chave:  Professor. Educação Inclusiva. Formação Profissional.

  1. INTRODUÇÃO

O presente artigo científico traz um tema que está cada vez mais presente no ambiente escolar, que é a educação inclusiva. Todo indivíduo de acordo com a Constituição Federal de 1988 tem direito à educação e o Estado tem agido para fazer valer este direito. A partir das novas definições sobre a educação inclusiva, a escola passou a ter um aumento significativo de alunos com necessidades especiais, sendo assim, podemos afirmar que a escola precisa estar preparada para receber esse aluno. Diante disto, surge o questionamento que é a questão norteadora deste trabalho, qual o papel do professor no contexto da educação inclusiva? Como sua formação profissional contribui para o oferecimento de uma educação de qualidade? Essas questões objetivam trazer uma reflexão sobre o papel que o professor exerce na sala de aula, mas que agora recebe um novo contexto, onde os alunos com necessidades especiais precisam de atenção diferenciada e de recursos e métodos que favoreçam seu aprendizado.

Percorreremos neste trabalho a questão histórica da educação inclusiva, os seus desafios e o papel do professor neste contexto, para isso foram realizadas pesquisas bibliográficas tanto em artigos como em instituições que trazem dados relevantes sobre a educação inclusiva como veremos na descrição dos materiais e métodos. Visa-se demonstrar a evolução da educação inclusiva no contexto do ensino regular, far-se-á neste trabalho uma análise dos resultados de maneira qualitativa, pois iremos ver o número de alunos com necessidades especiais inclusos no ambiente escolar, mas no intuito de discorrer sobre a importância de o professor estar preparado face a este novo contexto.

O objetivo principal deste trabalho é compreender o papel do professor no contexto da educação inclusiva, pois este profissional se faz presente no ambiente escolar e atua diretamente com os alunos. Busca-se analisar o crescimento do número de alunos com necessidade especial no contexto da educação regular, identificar as principais dificuldades da educação inclusa e demonstrar que a educação inclusiva é um direito dos indivíduos.

A conclusão do artigo fará um fechamento acerca da educação inclusiva e do papel do professor neste contexto, uma vez que este profissional precisa estar preparado para atuar diante das diferenças, pois a classe comum já apresenta peculiaridades que necessitam de atenção especial e com a inclusão de pessoa com necessidades especiais o professor precisa ter preparo além da formação inicial, pois cada deficiência tem suas particularidades que precisam ser compreendidas pelo professor, somente assim o professor conseguirá preparar sua aula de maneira que alcance todos os alunos.

  1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A trajetória da educação inclusiva sempre foi cercada de desafios, desde o interior da família até a sociedade em geral, pois ainda persistia a prática de discriminação em relação a alunos com deficiência. No âmbito escolar, familiar e social havia uma rejeição de toda e qualquer pessoa que não estava dentro do padrão da normalidade, ou seja, vivia-se em uma sociedade que era exclusiva para os ditos normais. As pessoas com deficiência que eram diagnosticadas como deficientes mentais eram internados em manicômios e até mesmo nos orfanatos, pois os pais além de não saberem lidar om os filhos tinham a imposição da sociedade que era discriminatória, as pessoas com deficiência eram tratadas como anormais, pois “[...] na antiguidade as pessoas com deficiência mental, física e sensorial eram apresentadas como aleijadas, mal constituídas, débeis, anormais ou deformadas” (BRASIL, 2001, p.25).

Ao longo da história e dos movimentos que ocorreram no Brasil, a educação inclusiva começou a ganhar espaço no meio social e educacional, pois houveram muitas lutas contra a internação das pessoas com deficiência em manicômios, onde as pessoas com deficiência eram tratadas de maneira desumana, usando de medicamentos e de força física para tentar “controlar” a deficiência.

A partir do momento que a pessoa com deficiência ganha direitos como indivíduo, passa-se a pensar em sua vida educacional, que até aquele momento não tinha cabimento. Porém com o surgimento de pesquisadores foram iniciadas as discussões sobre o processo de ensino aprendizagem, bem como os métodos de ensino para as pessoas com deficiência. Em relação às ações de atendimento das pessoas com deficiência Jannuzzi (2004, p.34) diz:

A partir de 1930, a sociedade civil começa a organizar-se em associações de pessoas preocupadas com o problema da deficiência: a esfera governamental prossegue a desencadear algumas ações visando à peculiaridade desse alunado, criando escolas junto a hospitais e ao ensino regular, outras entidades filantrópicas especializadas continuam sendo fundadas, há um surgimento de formas diferenciadas de atendimento em clínicas, institutos psicopedagógicos e outros de reabilitação.

A partir destas iniciativas começa um novo cenário para a pessoa com deficiência, visto que a criação de escolas trazia uma oportunidade de aprendizado, porém este ainda se limitava ao atendimento clínico, ou seja, era ligado diretamente aos hospitais e clínicas.

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