A Gestão da Educação em Ambiente Hospitalar Atividade de Estágio
Por: xyzi • 21/11/2020 • Trabalho acadêmico • 1.915 Palavras (8 Páginas) • 181 Visualizações
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CURSO DE PEDAGOGIA
Gestão da Educação em Ambiente Hospitalar
Atividade de Estágio
Karina da Silva
Hospital Regional Betim -MG
Pedagogia Hospitalar
Introdução
O presente artigo tem o propósito de mostrar para uma melhor compreensão geral, o atendimento pedagógico educacional em ambiente hospitalar, observar a importância da ação do pedagogo em diversas áreas, além dos muros escolares. A pedagogia hospitalar de certa forma é uma educação especializada que promove o atendimento pedagógico para crianças e adolescentes que por condições especiais de saúde, encontra-se hospitalizada.
Esse artigo é de natureza qualitativa, desenvolvido por meio de estudo teórico e com apoio de revisões bibliográficas. Para elaboração do mesmo, houve pesquisas em sites como: Google Acadêmico, materiais bibliográficos relacionados ao tema.
Infelizmente ainda há poucos hospitais e casas de saúde que possuem esse tipo de profissional em seu quadro de funcionários, como também há poucos profissionais pedagogos que se interessem por essa veia de ensino.
O objetivo dessa revisão bibliográfica é explanar e de certa forma mostrar o atendimento pedagógico educacional hospitalar no decorrer de seu surgimento (meados do século XX) e sua importância dentro do contexto educacional e emocional de crianças e adolescentes internados por longos períodos em hospitais.
Atividades desempenhadas:
- Observação de atividades do pedagogo e equipe multidisciplinar atuante no bem-estar do paciente/aluno.
- Observar o comportamento do pedagogo quanto ao trato com o paciente/aluno, sua preparação psicoemocional e preparação técnica.
- Preparação do relatório de serviços observados, elaborar sugestões de atividades práticas e correção de práticas eventualmente observadas como ineficazes. O observador pode desfrutar do privilégio de ainda não está de direito envolvido, possibilitando-lhe a faculdade da isenção.
1 – Apresentação
Este projeto de estágio supervisionado em ambiente hospitalar visa analisar o profissional que escolheu trabalhar nessa área de ensino em particular o pedagogo hospitalar. É um especialista que possui a função de lidar não só com a criança, mas também dar suporte para a família e equipe de saúde.
O atendimento pedagógico hospitalar tem seu início em meados do século XX na França precisamente após a Segunda Guerra Mundial em decorrência de inúmeras crianças e adolescentes em idade escolar estarem feridas ou mutiladas por conta dos bombardeios, decorrente a esse fato passavam por longos períodos internadas em hospitais. No ano 1935 em Paris, Henri Sellier inaugura a primeira escola para crianças inadaptadas, nos arredores de Paris no intuito de amenizar tão triste realidade que assolava o país e dar oportunidades iguais para essas crianças e adolescentes de prosseguir com os estudos. De certa forma podemos dizer que a Segunda Guerra Mundial foi o marco propulsor da educação hospitalar. Dessa maneira com incentivo de médicos, religiosos e voluntários, a classe hospitalar foi conquistando um espaço na sociedade, sendo difundida para vários países, entre eles, Alemanha, França, Europa e Estados Unidos, esse último teve como objetivo suprir as necessidades de crianças com tuberculose em suas dificuldades escolares.
Em 1939, cria-se o C.N.E.F.E.I (Centro Nacional de Estudos e de Formação de professores), que visa o trabalho em Institutos Especiais e Hospitais e com ele o cargo de professor hospitalar na França.
Em 1945 com a resolução 41, item 9, assegura a criança e ou adolescente que por motivo de saúde necessite se ausentar da escola regular, dá o direito de desfrutar de recreação, educação para a saúde, e do acesso ao conteúdo do currículo escolar.
Temos relatos e registros que por volta do ano de 1600 no Brasil Colônia já havia atendimento escolar diferenciado aos deficientes físicos na Santa Casa de Misericórdia em São Paulo.
Em 1950 dá início no Brasil a pratica educacional no Hospital Municipal Jesus (Rio de Janeiro), em funcionamento até os dias atuais. Em 1994 finalmente o MEC (Ministério da Educação e Desporto) através da Política da Educação Especial passa a reconhecer essa modalidade de ensino normalizado, em meados de 2001 e 2002 e intitulado como: Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação Básica e Classe Hospitalar e atendimento pedagógico domiciliar, orientações e estratégias (BRASIL, 2002).
Segundo a Secretaria de Educação Especial, Classe Hospitalar é o nome dado a todo e qualquer atendimento pedagógico educacional que ocorre em ambientes de tratamento de saúde, seja ele em casos de internação, atendimento hospital-dia e hospital-semana ou serviços de atenção integral a saúde mental.
A educação hospitalar tem por objetivo "... a possibilidade de compensar faltas e devolver um pouco de normalidade à maneira de viver da criança". A intervenção ajuda a criança a manter rastros auxiliando a recuperar seu caminho e garantir o reconhecimento de sua identidade. O contato com sua escolarização faz do hospital uma agência educacional para a criança hospitalizada além de desenvolver atividades que a auxilie na construção de um percurso cognitivo, emocional e social para manutenção de sua ligação com a vida familiar e a realidade no hospital (MAIA, 2008; grifo nosso).
Dessa forma conclui-se que a educação hospitalar não está totalmente desligada do contexto real e familiar da criança, ela dá continuidade ao desenvolvimento ofertado em casa e na escola, seja ele cognitivo, emocional ou social, mesmo através de condições debilitadas de saúde.
A partir do momento que a criança ou adolescente da entrada no hospital, inicia-se um delicado trabalho com o pedagogo hospitalar, que vai muito além da contação de histórias, atividades da brinquedoteca ou letramento, na maioria das vezes a família necessita ser acolhida e auxiliada.
No Município de Betim (MG), o hospital Regional possui uma sala apropriada para atendimento educacional de crianças e adolescentes hospitalizados, mas, infelizmente a sala não comporta adequadamente materiais necessários para a educação e os pacientes/alunos, segundo relata a pedagoga Maria Isabel profissional especializada e responsável por essa área hospitalar. Designada pela prefeitura, divide seu tempo no hospital e atendimento domiciliar de pacientes/alunos que passaram internadas por muito tempo e ainda se faz necessário o atendimento educacional em suas residências. Em seu ambiente de trabalho Maria Isabel possui uma gama de materiais pedagógicos e, dependendo da complexidade do estado de saúde do paciente/aluno esse material necessita ser esterilizado antes e depois do manuseio. A falta de um espaço maior para ministrar as aulas interfere em seu trabalho qualitativo como pedagogo hospitalar além das aulas poderem ser interrompidas a qualquer momento dependendo do estado de saúde do paciente/aluno. Cabe ao pedagogo hospitalar ficar atendo não somente com a matéria que está aplicando, mas também aos imprevistos de saúde de seus pacientes/alunos.
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