A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA INFANTIL NO DESENVOLVIMENTO AFETIVO, INTELECTUAL E COGNITIVO DA CRIANÇA

A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA INFANTIL NO DESENVOLVIMENTO AFETIVO, INTELECTUAL E COGNITIVO DA CRIANÇA.

MARIAN , Elzimar Krauze De Almeida^[1]

Orientadora: SALES, Cleonice Soares de^[2]

1. INTRODUÇÃO

As instituições de ensino têm contribuído muito com o papel a ela reservado de canal privilegiado por onde passa a melhor e a pior produção literária concebida para crianças. Sem contar com infraestrutura cultural capaz de facilitar a circulação da riqueza literária no seu interior, o país acabou repassando a difusão do livro infanto-juvenil para a escola, entregando-lhe o papel de iniciar as crianças nas letras, e de transformá-las em leitores interessados e permanentes. A leitura aparece como o instrumento de desenvolvimento cultural por excelência, recurso capaz de eliminar a ignorância e a incultura. Promover a leitura significa, por exemplo, um ato capaz de livrar os indivíduos do atraso, de integrá-los ao processo civilizatório do qual estão excluídos por falta de intimidade com a cultura impressa. Resta pontuar que para contribuir teoricamente para mudanças efetivas na educação, faz-se necessário buscar em outros conceitos propostas que de fato transformem essa realidade.

Apesar dos avanços técnicos, a leitura continua sendo a chave para sonhos e segredos que podem alcançar diretamente a todos os indivíduos, e que durante séculos foram registrados e zelosamente guardados pela humanidade nos livros. A busca de novos referenciais para a leitura infantil e juvenil não significa inexperiência de iniciativas e reflexões críticas. Está em processo um movimento de ruptura, de criação de novos marcos que permitirão, não apenas fazer uma releitura a partir de novas diretrizes – como fez Freire com a alfabetização – mas, sobretudo repensar sua promoção, colocando-a em consonância com novas perspectivas culturais para a infância.

Esse trabalho vem mostrar a importância da Literatura no processo de alfabetização, e que o ato de ler é ponto de partida para a construção do pensamento lógico e viabiliza a argumentação e capacidade do aluno de construir suas relações diante do mundo que o cerca, buscando também investigar como ocorre a estimulação dos alunos do ensino fundamental nas práticas de leitura desenvolvidas.

1. APRESENTAÇÃO DO TEMA

A pesquisa intitulada “A importância da literatura infantil no desenvolvimento afetivo, intelectual e cognitivo da criança” visa esclarecer e conhecer o trabalho do professor feito com crianças da educação infantil em sala de aula, as suas perspectivas de desenvolvimento cultural e de planejamento para os futuros leitores, mesmo em meio às dificuldades contidas no cotidiano escolar.

1. LINHA DA PESQUISA

Cultura, tecnologia e aprendizagem com subáreas no contexto Prática colaborativa Cognição, linguagem Prática docente (docência) será a linha da pesquisa. Ela vai abranger e investigar acerca das práticas institucionais de ensino e de saberem produzidos.

1. PROBLEMETIZAÇÃO

De acordo com Popper (1975) toda discussão científica deve surgir com base em um problema ao qual se deve oferecer uma solução provisória a que se deve criticar, de modo a eliminar o erro.

A leitura literária como bem essencial à vida humana pode favorecer a compreensão do que significa viver em sociedade. Deste modo, é preciso saber qual é a importância da literatura infantil no desenvolvimento afetivo, intelectual e cognitivo da criança?

1. HIPÓTESE

Quando as crianças leem e tomam gosto pela leitura, entram num mundo seu e é quando o aprendizado se torna mais fácil e interessante para os pequenos. A prática da leitura é uma maneira diferenciada de conceber a alfabetização, pois gera momentos de reflexão sobre a escrita e as primeiras noções de interpretação de texto. O contato dos pequenos com as histórias infantis se torna um aliado no desenvolvimento afetivo, intelectual e cognitivo deles, já que o uso da literatura infantil é um processo formativo lúdico e prazeroso. Nesse sentido, essa pesquisa parte da hipótese que a literatura é de fundamental importância para o desenvolvimento afetivo, intelectual e cognitivo da criança desempenhado o papel de educar, instruir e divertir ao mesmo tempo.

1. JUSTIFICATIVA

Durante muito tempo a alfabetização foi entendida como mera sistematização do bê-á-bá, isto é, como a aquisição de um código fundado na relação entre fonemas e grafemas. Diante disso, o tema como de grande relevância social, técnica e científica, pois,

Em uma sociedade constituída em grande parte por analfabetos e marcada por reduzidas práticas de leitura e escrita, a simples consciência fonológica que permitia aos sujeitos associar sons e letras para produzir/interpretar palavras parecia ser suficiente para diferenciar o alfabetizado do analfabeto (CALDEIRA, 2015, p.3).

Então sentimos que enquanto a alfabetização se ocupa da aquisição da escrita por um indivíduo ou grupo de indivíduos, o letramento focaliza os aspectos sócio-históricos de uma sociedade. Assim, os processos de alfabetizar e letrar não são sequenciais, isto é, um após o outro, tampouco de escolher entre alfabetizar e letrar, mas sim, de alfabetizar letrando. Diante da tentativa de mudar algo que é ainda hoje deficitário, identificou-se a necessidade de pesquisar a área e definir o tema propulsor deste trabalho.

1. OBJETIVO GERAL

Este trabalho tem como objetivo reconhecer e investigar a importância da literatura infantil no desenvolvimento afetivo, intelectual e cognitivo da criança e desenvolver práticas educativas de inserção da criança numa cultura letrada.

5.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Apresentar diferentes metodologias de alfabetização; mostrando a diferença entre alfabetização e letramento;
• Inserir a literatura infantil e práticas da leitura no ambiente escolar;
• Identificar a contribuição da literatura infantil no letramento, ensinando a ler e compreender o que se lê.

1. REVISÃO DA LITERATURA

6.1 HISTÓRICO E METÓDOS DA ALFABETIZAÇÃO

Segundo Mortatti, pensou-se em meios de haver uma alfabetização, mas que fosse para todos, partindo para a questão dos métodos de alfabetização

Especialmente desde as últimas duas décadas, (do século XX) as vidências que sustentam originariamente essa associação entre escola e alfabetização vêm sendo questionadas, em decorrência das dificuldades de se concretizarem as promessas e os efeitos pretendidos com a ação da escola sobre o cidadão. (MORTATTI, 2006, p.3).