A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NO LETRAMENTO DE ALUNOS AUTISTA

                                             GRUPO EDUCACIONAL FAVENI

EDUCAÇÃO ESPECIAL  INCLUSIVA 

ANTÔNIA DELCILENE OLIVEIRA CARDOSO DIAS

A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NO LETRAMENTO DE ALUNOS AUTISTA

POUSO ALEGRE

2019

A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NO LETRAMENTO DE ALUNOS AUTISTA

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Declaro que sou autora deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.

Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).

RESUMO
O estudo aborda sobre o uso do lúdico para o letramento de crianças autistas, como ferramenta de aprendizagem. O Transtorno do Espectro Autista (TEA), também conhecido como autismo é um transtorno global, que afeta o neurodesenvolvimento, refletindo na interação social e cognitiva das crianças. Considerando a dificuldade de aprendizagem por pessoas com esse transtorno, tem-se na ludicidade uma alternativa de ensino, por meio de jogos, que estimulam não só a compreensão intelectual, mas também motora e social da criança. Dessa forma o objetivo do estudo foi descrever as contribuições e limitações das metodologias lúdicas no processo de letramento de alunos autistas. Para tal, utilizou-se a pesquisa qualitativa por meio da revisão bibliográfica de pesquisa dos últimos cinco anos. Embora as pesquisas nessa área ainda sejam incipientes, os estudos já existentes mostram que o uso do lúdico se mostra excepcional ferramenta alternativa para o ensinamento de crianças com o transtorno autista, já que auxilia no desenvolvimento completo da criança, desde a coordenação motora até a sociabilidade e independência, passando pelo pleno desenvolvimento intelectual e cognitivo.

PALAVRAS-CHAVE: Ludicidade. Autismo. Letramento.

1 INTRODUÇÃO

De acordo com a Constituição Federal, através do seu artigo 205, todos os indivíduos têm direito a educação e fica subtendido que não pode haver qualquer distinção. Raça, cor, sexo, origem, crença ou deficiência não pode ser tidas como forma de impedimento ao acesso à educação. O artigo 206, por sua vez, ressalta que é necessária e obrigatória a igualdade de condições tanto para o acesso quanto para permanência escolar de alunos, independente de suas peculiaridades.

O direito a educação é proclamada na Declaração Universal de Direitos Humanos e foi fortemente reafirmado pela Declaração Mundial Sobre Educação para Todos. Além desse direito fundamental, deve ser dado a oportunidade da criança atingir e manter o nível adequado de aprendizagem, uma vez que “toda criança possui características, interesses, habilidades e necessidades de ensino que são únicas”. Dessa maneira, fica explícito que qualquer pessoa portadora de deficiência, seja ela física ou intelectual, tem o direito de expressar seus desejos com a relação a sua educação tanto quanto estes possam ser saciados. Além disso, os pais possuem o direito de serem consultados sobre a forma de educação mais apropriada para atender as necessidades e circunstâncias de seus filhos.

Considerando que é importante buscar maneiras e alternativas para a educação de crianças portadoras de deficiência, como o Transtorno de Espectro Autista (TEA), comumente chamada de Autismo, tem-se na ludicidade uma ferramenta necessária e circunstancial para a educação dessas crianças, uma vez que facilitará a compreensão, entendimento e a aprendizagem.

Tendo por exemplo o Autismo, tem-se no uso da ludicidade uma forma de ensino importante, uma vez que este tipo de atividade permite a assimilação de valores, de conhecimentos e comportamentos, além de ajudar a exercitar a parte física e motora das crianças. Isso se deve, muito provavelmente, pela abrangência da atividade, uma vez que ajuda no desenvolvimento motor, intelecto e imaginário da criança, além de trabalhar a sociabilidade.

Dessa forma, o presente trabalho busca entender e descrever a importância do uso lúdico para o ensino de crianças autistas, bem como abordar as principais maneiras de trabalhar a ludicidade, analisando os materiais lúdicos utilizados e as concepções sobre o uso lúdico para o letramento.

Tendo em vista que todos devem ter acesso a educação, que crianças autistas têm uma maior dificuldade na aprendizagem e compreensão do mundo ao seu redor e que é necessário utilizar de ferramentas para garantir essa educação. O presente trabalho se faz importante para a educação especial, uma vez que vai apontar a importância dos jogos e brincadeiras no desenvolvimento do autista, bem como a melhor maneira de aplicar a ludicidade, novas formas de ensinar por meio de jogos e brincadeiras, visando o melhor desenvolvimento intelectual e social do autista, preparando-o para o dia a dia.

Visando cumprir os objetivos do trabalho, escolheu-se a metodologia da pesquisa qualitativa uma vez que a mesma se mostrou propícia para responder os questionamentos e objetivos do trabalho. Para tal, realizou-se levantamentos bibliográficos a respeito do assunto.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 ATIVIDADE LÚDICA

Ludicidade deriva do termo lúdico, que por sua vez tem origem no latim ludus e dizia respeito ao jogo infantil, de azar e competitivo. Saber o significado da palavra jogo é importante por se tratar de um conceito amplo e de valor funcional, tendo importância para o desenvolvimento e crescimento humano. Huizinga (2000), citado por Mendes (2015), comenta que “o jogo é uma atividade voluntária, exercida dentros de certos limites de tempo e espaço, segundo regras definidas e obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentido de tensão e alegria e uma consciência diferente do cotidiano”.