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A INTERVENÇÃO DO DOCENTE NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM DO ALUNO COM DISLEXIA

Por:   •  21/4/2015  •  Artigo  •  2.461 Palavras (10 Páginas)  •  340 Visualizações

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A INTERVENÇÃO DO DOCENTE NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM DO ALUNO COM DISLEXIA

 

 Orientanda: Ester  Pereira Benevides

 Orientador: Profº Ms Rui Matheus Joaquim

RESUMO:

Palavras-chave: dislexia, intervenção, educador, neuropsicologia, psicopedagogia.

1. Introdução

LEIS SOBRE A INCLUSÃO

Este artigo proporcionará reflexões sobre a dislexia na visão de vários profissionais que lidam com esse tipo de patologia.

A autora Priscila Freitas vê na obra de Ronald Davis uma definição de dislexia

A palavra dislexia foi o termo genérico utilizado para focar vários problemas de aprendizagem. Vários pesquisadores acreditam que os disléxicos tenham sofrido alguma lesão cerebral ou nervosa, ou seriam portadores de alguma disfunção congênita (FRETIAS apud DAVIS, 1942)

Podemos ver a partir dessa fala de Davis como é que a dislexia, através de pesquisas, foi dada um diagnóstico do que ocorrerá para que acontecesse a dislexia.

Topczewski também fala sobre o conceito de dislexia quando cita

Dislexia, palavra que, considerada ser de origem latina, significa dificuldade à leitura e caso se considere a origem grega, se traduz por dificuldade à linguagem relacionada à leitura e à escrita. O aprendizado da leitura depende das habilidades de ouvir e entender a fala, enxergar e perceber os símbolos escritos, falar em voz alta. (TOPCZEWSKI, 2010, p. 15)

Percebemos também, no conceito de dislexia que Topczewski nos apresenta, remete também a uma patologia que envolve a leitura e a escrita. Como esse distúrbio de aprendizagem, como cita a autora Freitas em sua literatura, afeta esses campos que são fundamentais no processo de ensino aprendizagem, esse educando apresentará dificuldades cognitivas em meio ao espaço escola atuando a educação formal.

Isso fica claro na fala de MARTINS (s/d), quando ele fala “[...] dislexia é um termo que pertence ao campo da linguística clínica ou mais precisamente da psicolinguística ou psicopedagogia da educação escolar” e é dentro do campo educacional que é possível fazer um pré-diagnóstico desse distúrbio.

Em sua literatura, Topczewski aponta várias características de uma pessoa que possuí esse distúrbio, tais como Transtorno do déficit de atenção (TDA), Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), Impulsividades, Transtorno desafiador de oposição (TOD), Transtorno de Conduta (TC), Transtorno de tiques (TT), Transtorno de ansiedade (TA), Transtorno depressivo, Enurese noturna, Migrânea ou enxaqueca, Epilepsia e o Comprometimento das Funções Executivas.

 Cada uma dessas características usada pelo autor auxilia na descoberta da dislexia nos educando e quanto mais rápida a descoberta deste distúrbio, mais rápida será tomadas as devidas providências sempre planejando para que o aluno não sofra percas nos conteúdos escolares, sempre pensando que após o quadro da dislexia for fechado, o educador terá que dar mais atenção a esse aluno preparando atividades diferenciadas para que ele, mesmo com esse distúrbio acompanhe o ritmo do processo de ensino aprendizagem da sala.

Características de um dislexo

Topczewski nos remete a várias características de um distúrbio e nos apresenta a descrição desse distúrbio, tais como Transtorno do déficit de atenção (TDA), que segundo o autor “É o comprometimento que mais frequentemente aparece associado à dislexia” (TOPCZEWSKI, 2010), através das palavras do autor, é possível percebermos mais uma característica que marca um possível aluno dislexo, assim auxiliando o educador para que este o encaminhe para profissionais.

Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), que segundo o autor fala que “É uma manifestação clínica encontrada em cerca de 80% dos pacientes com dislexia” (TOPCZEWSKI, 2010), onde podemos assim refletir sobre esse transtorno que é um dos mais comuns entre os dislexos, facilitando a descoberta do distúrbio no educando e possibilitando a intervenção mais rapidamente.

Impulsividades, que o autor fala que “É outra manifestação comportamental que faz parte da tríade do TDAH [...]” (TOPCZEWSKI, 2010), característica essa que também facilita a descoberta do transtorno do educando. É muito fácil percebermos essa característica no educando, pois este fica impulsivo, agressivo verbalmente e fisicamente, são impacientes entre outras descrições.

Transtorno desafiador de oposição (TOD) que o autor define como “[...] quadro que se apresenta como negativismo, pois o indivíduo se opõe, sistematicamente, a tudo que lhe é solicitado.” (TOPCZEWSKI, 2010), além de apresentar algumas das características anteriores também apresentam o TOD e não aceitam regras e sempre se impõe.

Transtorno de Conduta (TC), que o autor apresenta como “[...] condição clínica que causa muita preocupação, pois as consequências podem ser graves.” (TOPCZEWSKI, 2010), percebemos na fala do autor a gravidade que se encontra o educando com transtorno de conduta, pois nessa condição o indivíduo promovem agressões físicas e verbais, furtos, mentiras, fugas de casa e escola e violência sexual.

Transtorno de tiques (TT), que o autor define como “[...] um quadro caracterizado por manifestações motoras estereotipadas, manifestações vocais ou ambos [...]” (TOPCZEWSKI, 2010), esses são mais visíveis quando afetado o quadro emocional do indivíduo e influencia da motriz.  

Transtorno de ansiedade (TA) que o autor define como “[...] condição clínica [...] guarda uma relação direta com as suas dificuldades para leitura e escrita [...]” (TOPCZEWSKI, 2010), essa característica se dá quando o indivíduo é exposto a uma atuação em público ou mesmo antes de um evento ocorrer, assim deixando-o mais ansioso.

Transtorno depressivo (TD) que segundo o autor “Pode ser uma condição desencadeada [...] pelos reveses que o disléxico vivencia no seu cotidiano escolar e isso dificulta a sua adaptação ao meio.” (TOPCZEWSKI, 2010), o indivíduo apresenta distúrbios de sono, do apetite, baixa tolerância, ficam facilmente irritadas, agressivas e se auto excluem da sociedade.

Enurese noturna que “É considerada a perda de uma ou mais micções durante o sono noturno.” (TOPCZEWSKI, 2010),  apresenta duas fases, uma que é de caráter genético e outra que está relacionada a questões emocionais que envolvem a família.

Migrânea ou enxaqueca que devido ao “estresse físico, o estresse emocional podem ser desencadeado no quadro.” (TOPCZEWSKI, 2010). Em muita das vezes, segundo o autor, a atenção do aluno para com a explicação da professora é interrompida devido à dores que acompanham essa característica da dislexia, tais como vômito, tonturas, náuseas e a baixa resistência do aluno para com luzes fortes e ruídos.

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