A Importância do Lazer
Por: Kayo Ramos • 16/9/2016 • Resenha • 434 Palavras (2 Páginas) • 189 Visualizações
Lazer enquanto um fenômeno social moderno, que surgiu a partir da artificialização do tempo do trabalho e do não trabalho. E que é o campo de atuação do animador cultural. Animador esse que é o personagem responsável pela mediação entre o sujeito e a cultura, no que diz respeito ao acesso (chegada, planejamento, explicações, dinâmicas).
Quando se fala em animação cultural, lazer e cultura, é preciso entender o que são os interesses culturais, que podem ser sociais, intelectuais, artísticos, manuais, físicos e estar englobados na cultura popular, na cultura erudita ou na cultura de massa, nenhuma dessas culturas é o foco do trabalho e nenhuma delas deve ser negada, devendo o animador cultural entender as contribuições de cada interesse cultural e de cada manifestação, como se dão e o porque de serem como o são. Nesse sentido se faz importante entender o conceito de modo de endereçamento, que diz respeito à forma como a pessoa que “passa a informação” pensa que é o público que ela pretende que receba essa informação. Quando um produtor, produz um filme ele pensa em como é o público alvo daquele filme, quando uma empresa elabora um produto, ela pensa em como é o público alvo daquele produto, quando um animador planeja suas ações pedagógicas ele pensa como são os sujeitos que serão “submetidos” àquela ação.
Nesse ponto fica claro que o Lazer tem um aspecto pedagógico passível de ser explorado, sendo na verdade um duplo aspecto pedagógico, trata-se do Educar para o Lazer e do Educar pelo lazer, sendo o primeiro referente às sensibilidades que precisam ser tocadas para o entendimento, o acesso, o gostar, o não gostar, o olhar crítico do sujeito em relação à determinadas práticas e manifestações; e o segundo ligado à utilização dos momentos de Lazer para educar o indivíduo e o grupo no que diz respeito à questões que vão além de determinada prática.
Exemplo: quando levo um grupo de crianças carentes à um museu, me preocupo em anteriormente explicar para eles como é aquele espaço, o que os está esperando, além de procurar dar ferramentas para que eles entendam as obras que lá dentro se encontram, em paralelo, posso fazer com que eles busquem refletir o porque de um museu não existir na zona norte, fazê-los pensar no que pode ser considerado arte. Isso além de diversos desdobramentos, podem levar à uma oficina de grafite na comunidade dos alunos, algo que provavelmente seria interessante para eles, se aproximaria da sua realidade e principalmente, faria com que eles fossem sujeitos ativos no processo e não mais passivos, como muitas vezes somos delegados à ser.
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