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A Importância da alfabetização do deficiente

Por:   •  25/1/2018  •  Pesquisas Acadêmicas  •  4.071 Palavras (17 Páginas)  •  200 Visualizações

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FACULDADE DE TECNOLOGIA, CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO

Pós-Graduação

PÓS-GRADUAÇÃO EM TRADUÇÃO E INTERPRETAÇÃO DE LIBRAS NA FORMAÇÃO DO TRADUTOR INTÉRPRETE

A importância da alfabetização do surdo

Silvia Regina Mantovani Gomiéris¹

Lucas Michael Fornarolo de Souza²

RESUMO

A pessoa que não ouve possui um desenvolvimento marcado por características singulares, decorrentes de sua condição linguística e cultural. Esta condição biológica o impede de acessar facilmente os discursos orais, o surdo depende de um canal diferente dos ouvintes para se expressar. Tal canal se realiza nas mãos, prioritariamente, e se pauta nas experiências visuais e gestuais (Kelman, Silva, Amorim, Monteiro, & Azevedo, 2011). É por meio das mãos e de uma complexa expressão corporal captada pelos olhos, principalmente, que os surdos se comunicam e se constituem linguisticamente; sua língua, a Língua de Sinais, é sinalizada e se configura de modo diferente das línguas orais. Com isso muito tem se debatido sobre inclusão na área educacional e, neste contexto a educação da pessoa surda, neste contexto é de grande importância a colaboração do professor nessa luta contra a desigualdade, mas infelizmente nem todos tem o conhecimento necessário para receber alunos com esse tipo de deficiência, o maior problema na educação dos surdos ou deficientes auditivos gira em torno do processo de aquisição da leitura e da escrita do Português. O objetivo deste trabalho é demonstrar a importância do uso de LIBRAS no ensino de alfabetização para crianças surdas, considerando-a como elemento dinamizador do aprendizado da língua em qualquer instituição de ensino.

Palavras-chave: Surdo, Alfabetização, LIBRAS.

_____________________

¹Nome do autor.

²Nome do orientador.

ABSTRACT

The person who does not listen has a development marked by singular characteristics, arising from their linguistic and cultural condition. This biological condition prevents him from easily accessing oral discourses, the deaf depends on a different channel of the listeners to express themselves. This channel is performed in the hands, primarily, and is based on visual and gestural experiences (Kelman, Silva, Amorim, Monteiro, & Azevedo, 2011). It is through the hands and complex body expression captured by the eyes, above all, that the deaf communicate and constitute themselves linguistically; their language, the Sign Language, is signaled and configured differently from oral languages. With this a lot has been debated about inclusion in the educational area and, in this context the education of the deaf person, in this context it is of great importance the teacher collaboration in this fight against inequality, but unfortunately not everyone has the necessary knowledge to receive students with this type of disability, the greatest problem in the education of the deaf or hearing impaired revolves around the process of acquiring reading and writing of Portuguese. The aim of this work is to demonstrate the importance of using LIBRAS in teaching literacy for deaf children, considering it as a dynamizing element of language learning in any educational institution.

Keywords: Deaf, Literacy, LIBRAS.

1. INTRODUÇÃO

De início é preciso destacar que os surdos são diferentes dos ouvintes e também diferentes entre si, portanto, é preciso abolir a ideia de que as crianças surdas constituem um grupo homogêneo, existem muitos subgrupos dentro do grupo de crianças surdas e as diferenças entre eles são, na maioria das vezes, tão grandes quanto às diferenças encontradas entre surdos e ouvintes.

O ser humano se vale da comunicação para atuar como integrante e participativo de um universo no qual a linguagem é a mediadora e para tal utiliza-se a fala. Segundo Finau (apud QUADROS, 2007, p.218 e 219), a linguagem é um dos principais meios pelos quais o homem adquire conhecimento de mundo, fator que tem participação definitiva na organização da própria linguagem.

“A linguagem permite ao homem estruturar seu pensamento, traduzir o que sente, registrar o que conhece e comunicar-se com outros homens. Ela marca o ingresso do homem na cultura, construindo-o como sujeito capaz de produzir transformações nunca antes imaginadas.” (BRASIL, 2006, p.33).

A problemática relacionada em todas as modalidades de ensino para surdos ou deficientes auditivos vem sendo alvo de investigação desde longa data, sempre sendo caracterizada por inúmeras ambiguidades e paradoxos entre os profissionais da educação e o aprendiz, o que certamente, inviabiliza a clara compreensão teórica do processo de aprendizagem como uma possibilidade de atuação eficaz no campo da prática pedagógica. A pessoa que não ouve possui um desenvolvimento marcado por características singulares, decorrentes de sua condição linguística e cultural, e esta condição biológica o impede de acessar facilmente os discursos orais, e os torna depende de um canal diferente dos ouvintes para se expressar o que traz prejuízos não só na linguagem, mas na área educacional, na sua potencialidade e na sua integração na vida social. 

2. SURDEZ E EDUCAÇÃO

A partir das contribuições de diferentes campos do saber, hoje se sabe que a linguagem é fundamental na construção de conhecimentos, bem como na constituição do próprio sujeito, além de servir diretamente no processo de comunicação entre as pessoas. 

No passado os surdos eram enquadrados entre os “deficientes” e muitos eram mortos sendo atirados de penhascos, pois as pessoas não acreditavam na capacidade daqueles em conviver com os outros. Até hoje eles são colocados à margem do mundo econômico, social, cultural, educacional e político, sendo apontados como deficientes e incapazes, e acabam sendo desapropriados de seus direitos e da possibilidade de escolha.

Na década de 1980, teve início um movimento mundial defendendo a implantação de uma proposta educacional bilíngue para surdos. No Brasil, essas discussões ganharam maior visibilidade na década de 1990, onde se iniciou movimentos sociais, liderados e apoiados pelas comunidades surdas brasileiras e por pesquisadores surdos e ouvintes, visando ao reconhecimento da língua brasileira de sinais (Libras) e a implantação da educação bilíngue para surdos no país.

De acordo com Frias (2010, p. 13) a inclusão dos alunos Surdos na escola regular deve contemplar mudanças no sistema educacional e uma adaptação no currículo, com alterações nas formas de ensino, metodologias adequadas e avaliação que condiz com as necessidades do aluno Surdo; requer também elaboração de trabalhos que promovam à interação em grupos na sala de aula e espaço físico adequado a circulação de todos.

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