A Importância da leitura para o individuo e para a sociedade
Por: Mauro Chaves Franco • 27/5/2015 • Artigo • 2.440 Palavras (10 Páginas) • 517 Visualizações
A importância da leitura para o individuo e para a sociedade
Resumo:
O presente artigo tem como objetivo proporcionar análises e reflexões aos educadores de primeira fase do Ensino Fundamental, sobre o passado e o presente, do processo de interpretação de leitura, sobre tudo, conteúdo e perspectivas políticas na visão de filósofos e pensadores da educação. É através da leitura, que os nossos educandos desenvolver-se-ão elaborando um raciocínio crítico lógico produtivo. A leitura é vínculo como construção da linguagem. é interessante que os educadores e educandos estejam imbuídos nesta luta. Não é suficiente como educadores que exijamos a leitura de nossos educandos, mas que ambos pensemos juntos nesta questão da leitura como caminho para construção e transformação da sociedade.
Palvras-chave: Leitura - Crítica, Sociedade, Cidadania.
I – Introdução
O domínio da leitura e escrita é fundamentado para a participação social e efetiva do educando; sabemos que nas últimas décadas a demanda pela leitura em nossa sociedade torna-se cada vez maior. E que a importância da leitura para o indivíduo deve-se a partir das experiências individuais do leitor, da discussão e diálogo com os outros, considerando a leitura de cada um.
A leitura adveio não só das inovações no campo intelectual do leitor, mas também do fenômeno, que vem por em dúvida como o da tão falada “crise da leitura”, tais contribuições, vieram mesmo a indicar questões problemáticas no campo da Educação e, mais especificamente no que se refere a uma leitura para a construção de um individuo crítico e socialmente determinado.
Mas esta mudança está baseada no fato de que a linguagem desafia as imagens tradicionais sobre a prática da leitura nos aprendizes da linguagem, e em maneira de nutrir, guiar e entender os processos.
A leitura é o meio mais eficiente de enriquecimento e desenvolvimento da personalidade: é um passaporte para a vida e para a sociedade.
Os livros ajudam as crianças e os jovens a crescerem, a encontrar caminhos e soluções para suas preposições, suas inquietações, seus problemas de ordem intelectual, psicológica, ética, moral e social.
O professor deve conduzir o trabalho após a leitura, de forma diversificada, a avaliação deve proceder em forma de debate. Em uma sala de aula deverá ter um espaço, sem os momentos para serem avaliados, nestes momentos devemos ler por ler e não por avaliar. Levando em conta que os alunos não tem aceso a livros, o que fazer para desenvolver o gosto pela leitura, através do cotidiano dos alunos?
Se os alunos não tem acesso ao livro em casa, na família, cresce o compromisso da escola em oferecer condições, as escolas tem recebido quites de leitura e livros das secretárias de educação. E o professor deve solicitar e ter os seus próprios acervos de leitura, mesmo sendo pequenos. A leitura deve ser bem particular, possibilitando no leitor a sua forma de se expressar.
È a partir da leitura que abre-se novos caminhos para o cinema, o texto e o teatro. É o conhecimento, que dá poder para estes novos suportes da leitura. A leitura é uma cultura, e não uma simples atividade escolar, pode-se ressaltar que ela é importante acesso à cultura tornando efetiva esta prática, não só como cultura, mas uma atividade da vida cotidiana do aluno. Para eu tornar-se realidade é necessário que as escolas formem educadores conscientes do poder da leitura, no processo de construção da cidadania. Isto é necessário que os educadores se organizem em suas comunidades, que tenha participação política, que tenha participação efetiva na sociedade. Um educador tem que assumir seu compromisso com a vida política na sociedade. O nosso compromisso é que todas as criança possam aprender a ler e assim estar-se-á construindo cidadania.
2 – A leitura no contexto social.
O leitor independentemente da sua classe social, situa-se no desvendar da leitura num contexto social especificamente seu, com todas as suas peculiaridades, numa dinâmica constante com o mundo, vivenciando sua própria situação social.
Magda Beeker Afirma que:
“Em nossa sociedade capitalista, reforça-se essa diferenciação do valor da leitura para dominante e dominados, pois ela confere à escrita UM PAPEL DISCRIMINATIVO que pereniza os privilégios para os dominantes. O valor do ler-escrever é um valor de produtividade e não um valor que afirma o sujeito e que lhe franqueia a diversidade de conhecimento”.
Os dominantes são assim,compulsivamente levados a negar seu próprio discurso, o discurso de sua classe, são dele desapropriados, pela legitimação do discurso da classe dominante, que impõe a sua retórica de classe como critério de qualidade da comunicação escrita.
Carrega-se assim, de conteúdo ideológico a valorização do acesso ao mundo da escrita em sociedades capitalistas.
A barreira ao acesso à leitura se concretiza não só por mecanismos de distribuição seletiva desse material. Mecanismos de sonegação de material escrito as camadas populares, mas também por mecanismos de distribuição seletiva desse material. Mecanismos que impõem a forma de consumo de livros, revistas e jornais para as classe dominantes: livros, revistas e jornais para as camadas populares. Não certamente por acaso que a progressiva conquista da escola pelo povo, que propicia, sobretudo, o acesso à escrita e, principalmente à leitura – venha sendo acompanhada por esses mecanismos de sonegação e de distribuição seletiva, de modo que o acesso ao mundo da escrita vem significando, apenas, para as camadas populares, a aquisição de uma habilidade quase mecânica de decodificação/codificação (ao povo permite-se que apresenta a ler, não lhe permite que se torne leitor), ou o acesso a universos fechados arbitrariamente impostos. Não será por acaso, o domínio de uma leitura que signifique:
“o acesso ao conhecimento diferenciado. Aquele que permite ao leitor reconhecer sua identidade. Seu lugar social. As tenções que permite ao leitor reconhecer sua identidade. Seu lugar social, assimilação e questionamento seja da própria escrita, seja do real em que a própria escrita se inscreve” (Osakabe, 1982).
O domínio da leitura assim entendida é ameaça à dominação, por isso negado às camadas populares. Na verdade as relações de produção, de distribuição e de consumo da leitura como bem cultural repetem as condições discriminativas de produção, distribuição e consumo dos bens materiais.
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