A Importância da água para os seres vivos,

Introdução

Sabemos da importância da água para os seres vivos, pois sem ela, não há vida. Percebemos como ela está presente em muitas atividades do dia-a-dia dos seres humanos como alimentação, higiene, lazer, hidratação do corpo e em várias outras situações, seja de forma direta ou indireta (agricultura). Além de nos fornecer energia elétrica para termos conforto em nossas residências, escolas, empresas e etc.

Considerando um fundamento sugerido pelos Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino de Ciências Naturais no ensino fundamental de 1º ao 5º ano, que “é necessário conhecer o conjunto das relações na natureza para compreender o papel fundamental das Ciências Naturais nas decisões importantes sobre os problemas ambientais” (Brasil, 1997, p. 35), nos vimos com a difícil tarefa de ensinar sobre algo que está tão presente e é tão importante na vida de qualquer pessoa. Falar sobre onde ela se encontra presente e suas formas diferenciadas de apresentação (geleiras, lençóis freáticos) e composição (água doce, água potável, água salgada).

E mais ainda, explicar sobre todas as ameaças que esse recurso natural sofre (e vem sofrendo diariamente) e que, apesar de ser disponível infinitamente, ela é um recurso limitado e que pode se tornar cada vez mais escasso se não tomarmos atitudes conscientes de consumo e preservação.

Suguio (2008) considera:

“...a água doce é um recurso natural insubstituível para nós seres humanos, bem como para animais e vegetais. Como a subsistência humana não pode ser considerada na ausência da água, ela representa uma substância mais preciosa que o petróleo para o ser humano e, deste modo, não seria exagero dizer que ela representa o “ouro do século XXI”. Entretanto, a conscientização sobre a preciosidade deste recurso natural é incipiente e, em geral, por interpretação completamente errônea é tratada até com desprezo. Especialmente no Brasil, que aparentemente é rico neste recurso que, muitas vezes, é interpretado como inesgotável. As principais causas são atribuíveis às faltas de conhecimento e de fundamento moral.”( p. 43)

Assim, neste relatório, pretendemos descrever algumas experiências vivenciadas durante tais aulas, relatar sobre nossas pesquisas e reflexões sobre os conteúdos apresentados e também nossas considerações sobre a análise de um livro didático de Ciências Naturais para o ensino fundamental de 1º ao 5º ano. Dividimos tais experiências em duas partes que chamaremos de aula 1 - a aula com microscópios para análise de micro-organismos presentes na água - e aula 2 - para aula expositiva sobre como o recurso natural se apresenta na Terra .

Material e Método – Aula 1

Água doce;

Água salgada;

Microscópios: Estéreo microscópio (parecido com lupa); microscópio de "brinquedo" eletrônico - conectado à um programa de computador.

Observação de amostras de água doce e salgada por microscópios

Na sala de aula foram montadas quatro mesas contendo um microscópio com uma amostra de água para analisarmos. Assim obtivemos as seguintes informações:

Mesa 1) água marinha - FITOPLANCTON - imagem parecia sujeira em lente de óculos e ZOOPLANCTON - parecia um inseto

Mesa 2) água doce - FITOPLANTON - imagem parecia com óleo misturado na água, com vários ciscos - um parecia a silhueta de um peixe

Mesa 3) água doce - MICRO CRUSTÁCEO - imagem parecia um "carimbo de um caranguejo”

Mesa 4) água marinha – DIATOMÁCEA (grupo de fitoplancton; existem várias espécies dela) - imagem parecia com uma mini-Terra; CLOROPLASTO - num fitoplanton - imagem parecia a íris dos olhos, uma redinha circular; uma larva de um micro crustáceo - imagem parecia uma vírgula grande.

Resultados e discussão sobre a aula 1

Com o objetivo de aprofundar nossos conhecimentos sobre o tema “Água” nas aulas de ciências pudemos realizar a observação por microscópios de amostras de água do tipo doce e do tipo salgada para que pudéssemos verificar os diferentes micro-organismos que nelas se apresentam.

Nessas observações conhecemos alguns micro-organismos que para a maioria do grupo eram desconhecidos. Dentre esses elementos, pesquisamos um pouco mais sobre:

1) Fitoplâncton “é o conjunto de organismos microscópicos fotossintetizantes adaptados a passar parte ou todo o tempo da sua vida em suspensão em águas abertas oceânicas ou continentais.” (Reynolds, 2006 apud Nishimura e Carlos, [sd]).

2) Zooplâncton “o nome deriva do grego zoon (animal) e planktos (a deriva), logo, o plâncton é formado por organismos que vivem dispersos na coluna d’água, com meios de locomoção limitados. Já o termo zooplâncton se refere à parcela heterotrófica de organismos do plâncton.” (Meirinho [sd e sn]).

3) Pesquisando sobre as Diatomáceas, encontramos em Souza et al (2005) que elas

“constituem um dos principais grupos na base da cadeia alimentar de todos os ecossistemas aquáticos. São algas ubíquas, apresentam uma ampla distribuição, sendo encontradas desde ambientes aquáticos, terrestres ou subaéreos, podendo viver fixas como epífitas em macroalgas e fanerógamas marinhas, flutuando livremente ou sobre substrato orgânico (Bold & Wynne 1985). São encontradas em grandes quantidades no plâncton marinho e de água doce, onde podem formar densos lençóis flutuantes (Cooper 1999).”

Durante nossos estudos e pesquisas novamente relacionamos a vivência das aulas de ciências com a proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino de Ciências Naturais no Ensino Fundamental de 1º ao 5º ano, quando o documento informa que se leve em consideração certos fatores para que os alunos estabeleçam relação entre os seres vivos com os componentes abióticos do meio. Dentre tais fatores, destacamos alguns:

“a relação geral entre plantas e luz solar (fotossíntese), que de fato é específica, considerando-se a variação da intensidade luminosa