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A Importância do Capital Cultural

Por:   •  1/5/2019  •  Resenha  •  526 Palavras (3 Páginas)  •  180 Visualizações

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A importância do capital cultural

Este artigo que analisa a expressão capital cultural formada por Bourdieu é muito feliz pois, de uma forma abrangente quando estamos lendo, percebemos que esses caminhos foram percorridos por outras teorias, mas o conjunto de ideias se apresentam como ferramentas quando associadas a percepção  do autor, isso fica claro quando  analisa as classes sociais  e as classificam: de burguesia tradicional, nova pequena burguesia e a classe trabalhadora, não como uma divisão imposta pela força do conceito como se este por si só pudesse formar tal divisão.

O autor do artigo  é feliz quando aborda a condição em que se matura esse conceito tendo como ponto de partida uma alusão ao poder econômico emprestando a sua teoria poder do nome “capital”  que se refere ao poder econômico, pois na verdade vejo uma tremenda coerência quando afirma que tendo como referência básica os recursos econômicos podemos falar do capital em outras formas básicas que irão compor o ser e distinguir a sua posição na sociedade, isto é, o capital econômico, o capital cultural, o capital social que formam a classe social e mostra o espaço multidimensional das formas de poder que de certa forma define a classe social.

Disto desprende a concepção do conceito de subcultura, ou seja, cada indivíduo tem os seus valores, os seus gostos e o seus estilos e etc., e isto por si só é um elemento catalizador da classe social do próprio indivíduo. Por causa disto alguns autores consideram que no conceito de capital cultural destacam-se dois aspectos distintos que estão intimamente ligados, o aspecto incorporado onde se transmite os valores através da socialização primária que é o convívio social. O outro aspecto considerado  é o institucionalizado, que são os títulos, os diplomas, coisa que percebemos ser de instituições, e escola que  trabalha com ambos fenômenos, pois a estrutura escolar está montada para facilitar o trânsito no processo daqueles indivíduos que já possuem certo capital incorporado em suas vivencias, sendo assim, o que determina o habitus de cada classe  são as características das experiências concretas de cada classe.

Bourdieu considera ainda que a escola se tornou uma passagem obrigatória da reprodução social, torna-se também um lugar onde de manifesta a luta de classes pela abertura de oportunidades educacionais.

A questão de gênero embora não receba o mesmo enfoque da luta de classes, também é abordada em Bourdieu como tendo a sua própria característica, sua própria essência e disposições que são básicas, que preenchem os requisitos básicos para a formação de uma classe, sendo assim, o gênero é uma variável que interfere na análise de classe.

Portanto, parece que o modelo da reprodução social através do capital cultural é diferente para meninos e meninas, sendo assim, a ideia de que a classe social se reproduz pelo capital cultural parece se sustentar melhor entre as mulheres. As evidencias e os argumentos neste sentido apontam para a existência de estratégias de reprodução social diferentes para homens e mulheres que envolvem investimentos diferentes na área cultural.

Desta forma fica nítida a ideia de que o capital cultural foca em informações estratégicas que tem um papel fundamental na perpetuação das classes sociais.

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