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A Importância do ato de ler

Por:   •  8/4/2018  •  Resenha  •  1.006 Palavras (5 Páginas)  •  753 Visualizações

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RESENHA CRÍTICA

Priscila Nunes

(UFFS)

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 51. ed. São Paulo: Cortez, 2011.

Paulo Freire nasceu em 1921 em Recife, em uma família de classe média. Formou-se em direito, mas não seguiu carreira, encaminhando a vida profissional para o magistério. Suas ideias pedagógicas se formaram da observação da cultura dos alunos – em particular o uso da linguagem – e do papel elitista da escola. Morreu em 1997 de enfarte.

No livro A importância do ato de ler, Freire tem como intenção abordar a questão da leitura e da escrita, apontando os desafios pelo direito da alfabetização. O livro é dividido em três artigos, o primeiro trata das leituras de mundo nas experiências de convivência familiar, o segundo trata da importância das bibliotecas populares na alfabetização de adultos e o terceiro trata do apoio do poder publico para processos educativos.

Freire inicia o livro comentando suas experiências de quando era criança e de quanto sua infância e sua convivência familiar foram importantes para sua alfabetização. Segundo ele, no quintal de sua casa foi alfabetizado, com sua própria leitura de mundo e com o auxilio de seus pais. Mais tarde foi a escola já alfabetizado. O autor comenta que não era necessário memorizar, mas sim aprender a significação. De acordo com Freire (1981, p.29) “alfabetização é a criação ou a montagem da expressão escrita da expressão oral”.

O segundo artigo inicia comentando a importância da politica na educação, enfatizando que é impossível separa-los. Segundo o autor o educador não pode ser neutro, mas também não pode ser manipulador, ele deve assumir uma posição politica e pratica-la, e não forçar seu educando a pratica-la também. Freire coloca que o educador deve expor seu conhecimento, mas também deve escutar seu aluno, porque nem todos sabem tudo e nem todos sabem nada.

Freire (1981, p. 43) “alfabetização como ato de conhecimento, como ato criador e como ato politico é um esforço de leitura de mundo e da palavra. Agora já não é possível texto sem contexto”. Para Freire na alfabetização de adultos e na

pós-alfabetização é necessário que se compreenda a relação da leitura da palavra e da leitura do mundo. O autor enfatiza a ideia de que a biblioteca é um centro cultural e não um depósito de livros, portanto a biblioteca popular tem um importante papel para aprimorar o ato de ler o texto levando em conta o contexto.

Para encerrar esse artigo o autor afirma que o Brasil foi “criado” em um regime ditatorial, onde os dominadores que são a minoria ditam regras aos dominados que são a maioria, devemos modificar essa situação.

O terceiro artigo foi dividido em duas seções, a primeira relata um pouco sobre a alfabetização de adultos em São Tomé e Príncipe. O autor relata a importância de um governo popular para promover campanhas de alfabetização de adultos, pois onde o governo é antipopular isso não ocorre. Freire comenta que os Cadernos de Cultura Popular, que foram usados para alfabetização e pós-alfabetização dos educandos em São Tomé e Príncipe, são libertadores fazendo com que os educandos reconstruam sua própria história, se fazendo presente nela. O autor enfatiza que nas cidades citadas acima o governo esta empenhado em revelar a realidade da população e auxiliar nas suas dificuldades.

Para Freire em primeiro lugar é importante instigar o sujeito para que ele se torne critico e curioso juntamente com o inicio da alfabetização.

Na segunda seção o autor explica que os cadernos foram feitos para provocar os educandos e não reprimi-los. Eles têm como objetivo indagar os alfabetizandos para

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