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A Neurociencia e Transtornos de Aprendizagem

Por:   •  31/8/2020  •  Artigo  •  1.813 Palavras (8 Páginas)  •  689 Visualizações

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Neurociência e transtornos de aprendizagem

Joice Vieira Camargo[1]

Resumo

As descobertas da Neurociência vêm em ascensão. Aprender é um bem para o ser humano para garantir sua sobrevivência nas mais variadas condições da vida. Este processo depende do comportamento que ocorre no cérebro. O objetivo geral é conhecer a contribuição da neurociência para compreender o funcionamento do cérebro. Há necessidade que os educadores compreendam o funcionamento intelectual da criança, os possíveis transtornos e o processo de aprendizagem. A interação entre neurociência cognitiva, pedagogia e prática docente dará novo foco nos problemas, tentando minimizar dificuldades e acompanhando resultados.

Palavras-chave: Neurociência. Transtorno. Aprendizagem.

1. Introdução

Os ganhos que a Neurociência traz por meio de pesquisas, têm chegado a um avanço significativo aplicado especialmente na educação, contribuindo para grandes descobertas de novas práticas pedagógicas que reconhecem a importância do estudo do cérebro, como órgão responsável pela aprendizagem.

Esta pesquisa complementa a concepção da neurociência dando uma contribuição significativa à aprendizagem. Para fins pedagógicos, cognitivos, são apontados conceitos e funções dentro do processo de aprendizagem. A pergunta orientadora do estudo pode ser assim contextualizada: qual é a importância da neurociência na educação infantil?

O objetivo geral é conhecer a contribuição da neurociência para compreender o funcionamento do cérebro. Os objetivos específicos são: compreender as construções do saber humano; apontar como os estímulos influenciam os processos de aprendizagem; relacionar a neurociência com a aprendizagem.

É uma pesquisa bibliográfica assim estruturada: introdução, desenvolvimento e conclusão.

2. Neurociência e Aprendizagem

Ao longo dos anos o ser humano vem sendo estudado como uma fonte de complexidade, abrangência e como fonte de descoberta para ciência. Principalmente o cérebro e suas funções, trazendo um estudo mais aprontando aos neurônios e suas complexidades.

Com os grandes avanços que os estudos científicos foram tendo, outras considerações sobre a neurociência emergiram, o que possibilita a interface com a educação. Ultimamente houve um avanço significativo na neurociência logo após 1980, dando partida ao desenvolvimento da tomografia por emissão do pósitrons, e a descoberta da estrutura funcional do cérebro humano. Em 1990, houve a organização modular com sinal de Bold, ele oferece à ressonância magnética uma funcionalidade: a compreensão dos mecanismos bioquímicos e as atividades fisiológicas no sistema nervoso.

Segundo Alvos R (2009, p. 129), recentemente, atividades ou inibição de neurônios pela modulação com luz dos canais iônicos vem se modificando e ativando o sistema neural assim proporcionando a condução ultrarrápida dos impulsos nervosos, dando um dinamismo neural, com possibilidades de desenvolvimentos nas novas áreas da aprendizagem e do comportamento.

Dentro do processo de aprendizagem humana auxiliada pela neurociência, não podemos deixar de ressaltar a função da psicologia cognitiva e neuropsicologia que integram, investigam e agregam valores transdisciplinares sobre a cognição dentro da construção do pensamento.

Moura (2004) define o processo de aprendizagem como uma virtude na qual se associam a eventos do mundo qual adquirimos novos conhecimentos. Dentro deste processo precisamos ter conhecimento que o sistema nervoso se modifica durante a vida, dês da concepção até o fim da mesma. Podemos destacar dois momentos fundamentais para o desenvolvimento que é o nascimento e a adolescência.

Para Relvas (2010) “a aprendizagem é uma mistura de memória, atenção, concentração, interesses, desejos, estímulos intrínsecos e extrínsecos que tomam conta do cérebro humano”. O estudo cérebro e da neurociência foi o responsável pela descoberta da plasticidade neural, que permite aprendizagem continua.

A atenção é a habilidade neurológica que permite aumentar a percepção e a memorização. Dentro da aprendizagem humana auxiliada pela neurociência, a psicologia cognitiva e neuropsicologia que integram, investigam e agregam valores transdisciplinares sobre a cognição dentro da construção do pensamento.

Para Consensa e Guerra (2011), fatores ligados à família, à escola, à comunidade, ao meio da criança e à sua história de vida, interferem na aprendizagem, pois para seu desenvolvimento ser realizado com sucesso a neurociência vem com o seu estudo oferecendo mais uma contribuição. É como se o sistema nervoso parasse de processar esses conhecimentos para não se expandir.

A aprendizagem é definida por Santos (1999, p. 85) como o processo neural pelo qual a experiência modifica o comportamento centralmente regulado. É um processo contínuo dependente da memória e da atenção, os resultados dependem também da capacidade cerebral e armazenar essas informações.

A aprendizagem resulta da recepção e da troca de informações entre o meio ambiente e os diferentes centros nervosos (ROMANELLI, 2003). A descoberta da neurociência pode influenciar de forma positiva a educação da seguinte forma: os professores cientes da plasticidade cerebral entendem que seus alunos podem, por meio dos estímulos certos, mudarem seus cérebros para melhor, e buscam caminhos para auxiliá-los de forma mais efetiva em suas dificuldades.

2.1 As dificuldades e transtornos de aprendizagem

Para algumas pessoas a tarefa de aprender representa um grande obstáculo, cheio de dificuldades. Algumas não conseguem compreender as tarefas e nem corresponder às exigências que a escola faz em termos de aprendizagem. É importante compreender de forma contextualizada o que são dificuldades ou problemas de aprendizagem para rompermos com abordagens que culpam exclusivamente a criança por suas dificuldades.

A aprendizagem está relacionada com o pensar, sentir, falar e agir (WEISS apud LOUREIRO, 2008), sendo que, rupturas ou inibições neste processo implicam em dificuldades. Como consequência destas, temos, por exemplo, o atraso escolar e o baixo rendimento, que envolvem ainda uma complexidade de fatores.

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