A PEDAGOGIA
Por: PAMELAMOMBACH • 4/6/2015 • Artigo • 964 Palavras (4 Páginas) • 196 Visualizações
Valorização do professor
Um dos maiores desafios enfrentados pelas escolas de hoje é o “fazer-se” de tal modo que a educação para todos seja possível. Contudo, é lamentável que ainda encontremos em grande número – podemos até dizer, uma maioria esmagadora – de escolas que não se preocupam em desenvolver meios de trabalho que atendam a todos de maneira eficaz e eficiente, promovendo ao grupo aquilo que se propõe inicialmente: uma educação de qualidade que atinja a todos os setores da escola, ou seja, equipe docente, discente, alunado etc.
Diante deste cenário, quando falamos em educação inclusiva, podemos interpretar que a escola que abraça esta causa deve se reinventar, de forma que faça uma análise de toda a sua prática e aplique modificações substanciais a fim de atender as demandas desses alunos que possuem necessidades especiais. Somente o fato de uma escola atender a todo o público, independente de sua necessidade, já demonstra que está disposta a corresponder à expectativa de criar novas ideias e estratégias que proporcionarão uma educação mais completa a todos. E, de fato, essas crianças que chegam à essas escolas com algum tipo de necessidade diferenciada são a válvula propulsora para a criação desses novos caminhos educacionais.
Para tal feito, é evidente que as escolas precisam cada vez mais se aperfeiçoar em termos de métodos e metodologias capazes de desenvolver tudo aquilo que uma criança, com ou sem necessidades especiais, tem o potencial de desenvolver. Embora algumas necessidades sejam particulares, a educação deve ser pensada num todo, no coletivo, resultando no aprendizado de todos. É claro que a escola, instituição, deve compreender que os níveis de apreensão de conteúdo e as formas com que isso se dá variarão de acordo com cada criança, porém cabe a ela desenvolver essas práticas e estimular para que seus professores correspondam a esta perspectiva.
Durante muitas e muitas décadas, ao longo da história educacional mundial, as crianças portadoras de qualquer tipo de necessidade diferenciada eram vistas como incapazes, e não havia qualquer tipo de investimento para que suas habilidades fossem desenvolvidas. Felizmente, este quadro vem sendo modificado e podemos até dizer que uma mudança cultural a este respeito vem fazendo com que as escolas se tornem mais humanitárias e igualitárias. Ou seja, o que antes era culturalmente excluído pela sociedade vem sendo incluído, aceito, compreendido. O espaço dedicado a essas crianças hoje é muito maior em relação a todo o histórico educacional que temos, contudo, ainda há muito a ser feito nesse aspecto. E isto se deve não só a mudança de pensamento de toda a sociedade, mas principalmente, da comunidade escolar, de modo geral.
As mudanças são difíceis, mas necessárias. Há muita resistência das pessoas às mudanças, e nas escolas, isto não é diferente. Elas se deparam com a dualidade entre modificar para atender às exigências dos novos desafios, mas manter o que já existe e que, ocasionalmente, dá certo. Com isso, muitas escolas optam por não modificar seu estado atual e preferem permanecer como são. Outras já aceitam as mudanças e as encaram de maneira positiva, mas não conseguem contrabalanceá-las para que não interfiram no que já existe e funciona. Enfim, qualquer tipo de conduta adotada terá duas limitações e estas serão sentidas tanto individualmente quanto coletivamente por todos. Por isso, a participação de todos – escola, alunos, responsáveis, comunidade – é crucial para que estas mudanças tão necessárias para se obter uma educação inclusiva e de qualidade a todos sejam bem sucedidas.
Embora esta ação coletiva de suma importância para o bom desenvolvimento de uma escola dita “para todos”, o professor é uma peça chave dentro deste processo. As modificações estruturais e organizacionais das escolas não são responsáveis sozinhas pelo sucesso da educação de cada indivíduo. O professor que é o agente que está de frente nesta empreitada de auxiliar no desenvolvimento das habilidades dos alunos a partir de suas necessidades, precisa ser visto e encarado como fator fundamental para que essas modificações façam sentido. Quando a escola encoraja sua equipe de professores a repensarem as suas práticas em prol de modificações essenciais para a inclusão desses alunos, está incitando a experimentação de novas formas de trabalhos ainda não utilizados por eles, até então.
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