A Pedagogia Hospital
Por: Roberta Quintino • 10/7/2022 • Trabalho acadêmico • 2.194 Palavras (9 Páginas) • 128 Visualizações
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Sumário
1. INTRODUÇÃO 3
2. DESENVOLVIMENTO 5
3. CONCLUSÃO 9
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 10
- INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como finalidade apresentar a história e a atuação do pedagogo no ambiente hospitalar, uma nova modalidade de atuação deste profissional. O profissional que trabalha na área da saúde deve zelar pelo bem estar físico e psíquico do paciente. O pedagogo possui um papel muito importante e vem conquistando seu espaço na classe hospitalar.
Nos hospitais ainda há crianças e adolescentes internados que muitas vezes acabam perdendo o ano letivo por permanecerem hospitalizados. O pedagogo neste espaço tem papel fundamental, pois seu papel é acompanhar a criança ou adolescente no período de ausência escolar.
Toda criança e adolescente tem o direito ao acesso à saúde e à uma educação de qualidade, sendo que através de pesquisas como esta, se propõe ao leitor uma análise sobre a Pedagogia Hospitalar para a criança debilitada física, emocional ou cognitivamente. A referente pesquisa sobre a questão Pedagógica no contexto da criança/paciente aborda qualitativamente aspectos importantes desta área educacional.
A pedagogia hospitalar poderá atuar nas unidades de internação ou na ala de recreação do hospital. Como direito da criança, de desfrutar de recreação, programas de educação para a saúde e acompanhamento do currículo escolar durante sua permanência no hospital.
Esta nova prática pedagógica ameniza o sofrimento da criança internada no hospital, o paciente se envolve em atividades direcionadas por profissionais voltados a área da educação, desta forma, ele regressa mais confiante a sociedade.
A pedagogia hospitalar é um modo de ensino da Educação Especial que visa a ação do educador no ambiente hospitalar, no qual atende crianças ou adolescentes com necessidades educativas especiais transitórias, ou seja, crianças que por motivo de doença precisam de atendimento escolar diferenciado e especializado. Cabe ao hospital buscar alternativas e métodos qualificados que possibilitem aos pacientes usufruírem de abordagens educativas por um determinado espaço de tempo.
Este novo espaço de educação nos hospitais é desenvolvida pela necessidade de atender crianças afastadas da escola e também é um espaço de ajuda nos transtornos emocionais, causados pela internação, como a raiva, insegurança, incapacidades e frustrações que podem prejudicar na recuperação do paciente.
A educação é fundamental e deve sempre estar presente, independente das condições que a pessoa se encontre, neste caso a pedagogia hospitalar contribui possibilitando que a criança e o adolescente continue aprendendo. Há muitas crianças hospitalizadas que precisa de atendimento escolar.
2. DESENVOLVIMENTO
A pedagogia hospitalar surgiu segundo Souza e Santos (2009) em Paris no ano de 1935, comandado por Henri Sellier, prefeito de Suresness, em consequência da segunda guerra mundial onde inúmeras crianças e adolescentes em idade escolar, foram mutiladas e feridas, o que motivou a permanência delas em hospital por longos períodos, no intuito de tentar amenizar as tristes consequências da guerra e dar oportunidades a essas crianças, enquanto alunas dar continuidade aos estudos mesmo estando hospitalizadas. Seu exemplo foi seguido em toda França, na Europa e nos Estados Unidos.
No ano de 1939, segundo Esteves (2007) foi criado na França na cidade de Suresness um Centro Nacional de Estudos e de Formação para a Infância Inadaptadas o C.N.E.F.E.I. como o objetivo de capacitar os professores para exercer a Pedagogia Hospital, já que para atuar nessa área precisa de uma formação diferenciada da pedagogia formal. Esta formação tem duração de 2 anos e desde sua criação já formou mais de 1.000 professores para as classes hospitalares, cerca de 30 a cada turma e até hoje promove estágios para professores, diretores de escola, médicos da saúde escolar e assistentes sociais.
No Brasil a classe hospitalar surgiu na cidade do Rio de Janeiro em agosto de 1950 no Hospital Menino Jesus com a professora Lecy Rittmeyer, estes primeiros atendimentos pedagógicos hospitalares não dispunham de uma sala ou espaço específico, era realizado na própria enfermaria do Hospital, Fonseca (1999, pág.119) menciona "Naquele ano o hospital possuía cerca de 200 leitos e uma média de 80 crianças em idade escolar".
Em outubro de 1995 observou-se a importância do docente no hospital e por meio do Estatuto da Criança e do Adolescente Hospitalizados foi criado na Resolução nº41 Item 9, o “Direito de desfrutar de alguma forma de recreação, programas de educação para a saúde, acompanhamento do currículo escolar durante a sua permanência hospitalar”.
Com a proposta de uma “Educação para todos”, alunos com necessidades educacionais especiais passaram a frequentar o ensino regular e isto vem provocando dúvidas, incerteza e desestabilizando o professor que, ao se deparar com o outro "diferente", se vê diante de suas limitações pessoais e profissionais, levando-o, muitas vezes, a demonstrar atitudes de não aceitação deste educando. A Resolução de 11 de setembro de 2001, precisamente em seu artigo 13, incisos 1o, estabelece que as classes hospitalares e o atendimento em ambiente domiciliar devem dar continuidade ao processo de desenvolvimento e ao processo de aprendizagem de alunos matriculados em escolas da educação básica, contribuindo para o seu retorno e reintegração ao grupo escolar, e desenvolver currículo flexibilizado com crianças, jovens e adultos não matriculados no sistema educacional, facilitando seu posterior acesso à escola regular.
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