A Pedagogia Hospitalar
Por: Kelrillin Barbosa • 31/10/2019 • Trabalho acadêmico • 669 Palavras (3 Páginas) • 376 Visualizações
PEDAGOGIA NA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL:
PEDAGOGIA HOSPITALAR
JULIANA SANTOS DA SILVA
O presente trabalho tem como finalidade primordial investigar quais áreas o pedagogo pode trabalhar dentro da educação não formal e quais contribuições essa educação propicia a sociedade. O tema foi escolhido para que pudéssemos realizar uma análise de reconhecimento e considerações sobre as novas demandas que nos deparamos na atualidade enquanto profissionais da educação. E quais intervenções o pedagogo poderá desenvolver com esses pacientes, para que os mesmos apreendam os conteúdos trabalhados, já que os mesmos estão impossibilitados de saírem do ambiente hospitalar?
No contexto em que a nossa atual sociedade se encontra vislumbramos que a atuação do pedagogo não se restringe mais a esfera escolar, ou seja, as salas de aula executando a educação formal. De acordo com Farfus (2012, p. 81), “A educação, atualmente, não se faz mais apenas dentro dos muros escolares, mais vai além”. Perante essa afirmação, notamos que com o surgimento da globalização aconteceram várias transformações tecnológicas e ideológicas e a partir dessa mudança, passou-se a pensar mais em uma educação inclusiva, igualitária e que propicia-se a igualdade social. Após esses acontecimentos o processo de ensino-aprendizagem realizado na escola se tornou primazia, não somente no campo escolar, mas também em outros ambientes, cuja finalidade é o desenvolvimento humano.
O trabalho socioeducativo que o pedagogo realiza no âmbito ambulatorial com as crianças e adolescentes internados, é realizado por meio da Pedagogia Hospitalar, esse trabalho é extraordinariamente proeminente no que tange a dar prosseguimento aos estudos e a impedir a exclusão social dos mesmos. Segundo (Matos e Mugiatti, 2014, p.72):
Observa-se que a continuidade dos estudos, paralelamente ao internamento, traz maior vigor às forças vitais da criança (ou adolescente) hospitalizada, como estímulo motivacional, induzindo-o a ser tornar mais participante e produtivo, com vistas a uma efetiva recuperação. Tal fato, além de gerar uma integração a participação ativa que entusiasmam o escolar hospitalizado, pelo efetivo da continuidade da realidade externa, contribui, ainda de forma subconsciente, para o desencadeamento da vontade premente de necessidade de cura, ou seja, nasce uma predisposição que facilita sua cura e abrevia o seu retorno ao meio a que estava integrado.
Ao observarmos os referenciais teóricos percebemos que o que mais é enfatizado é que o pedagogo, deve realizar no âmbito hospitalar não só o processo ensino aprendizagem, sua função vai além disso. É imprescindível que o mesmo faça com que crianças/ adolescentes esqueçam ou pelo menos minimize o ambiente estressante em que estão inseridos, propiciando a eles através de atividades lúdicas que despertem entusiasmo, alegria, disposição para suportar o tratamento prolongado.
Segundo Wolf (2011, p.2) a prática do pedagogo se dará através das variadas atividades lúdicas e recreativas como a arte de contar histórias, brincadeiras, jogos, dramatização, desenhos e pinturas, a continuação dos estudos no hospital. Essas práticas são as estratégias da Pedagogia Hospitalar para ajudar na adaptação, motivação e recuperação do paciente, que por outro lado, também estará ocupando o tempo ocioso.
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