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A Projetividade na Sala de Aula

Por:   •  28/10/2017  •  Resenha  •  1.282 Palavras (6 Páginas)  •  1.090 Visualizações

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Capitulo 4: Projetualidade em diferentes tempo: Na escola e na sala de aula

        Trabalhar com projetos não significa apenas ter uma sala dinâmica e ativa, pois muitas vezes essas atividades são apenas formas de hiperestimulação. Para haver aprendizagem, é preciso organizar currículo que seja significativo para as crianças e também para os professores.

        Os projetos abrem para a possibilidade de aprender os diferentes conhecimentos construídos na história da humanidade de modo relacional e não linear, propiciando às crianças aprender através de múltiplas linguagens, ao mesmo tempo em que lhes proporcionam a reconstrução do que já foi aprendido.

        As disciplinas, seus conteúdos fundamentais e suas subdivisões são os conteúdos da matéria que os professores devem dominar, mais isso não é o programa de trabalho dos alunos em sala de aula.

        O professor precisa aprofundar-se no conhecimento da sua matéria, precisa saber a história do seu campo de conhecimentos, seus questionamentos atuais, suas finalidades, refinar os conhecimentos que tem sobre a estrutura da sua disciplina, atualizar os seus estudos, pois quanto mais ele sabe, mais pode ensinar aos seus alunos, uma postura de pesquisador ao conteúdo que estuda.

        Pensamos que para redimensionar a concepção de currículo, uma das questões fundamentais é passar da ideia de programa escolar, como uma lista interminável de conteúdos fragmentados, obrigatórios e uniformes em cada disciplina, uma programação em que o currículo se constrói através de um percurso educativo orientado.

        Construir um currículo a partir de pistas do cotidiano e de uma visão articulada de conhecimento e sociedade é fundamental. O currículo não pode ser definido previamente, precisando emergir e ser elaborado em ação, na relação entre o novo e a tradição.

        Para construir uma programação curricular flexível, é preciso, em primeiro lugar, redefinir e construir, de forma sintética e clara, os objetivos que temos para a educação das crianças pequenas e os conhecimentos que consideramos essenciais para a sua inserção no mundo. Muitas vezes, as propostas pedagógicas e as programações curriculares são enormes, extremamente detalhadas e contem minucias dos conteúdos a serem desenvolvidos. Porém, quando perguntamos quem a escreveu e o que consta naquela proposta pedagógica, os professores não tem a menor noção, pois foi feita apenas para constar na documentação legal da escola. Tudo o que fica daquele instrumento é uma listagem de conteúdos “ditos” adequados à faixa etária.

        Outro grave problema que afeta a educação infantil é do calendário de festividades. Alguns meses do ano, as crianças ficam continuamente expostas àquilo que poderíamos chamar de indústria das festas. Os conhecimentos sobre os conteúdos das festividades são fragmentados, e muitas vezes, simplórios. Assim, em sua prática, os professores ensinam o que há de senso comum, com conhecimentos simplórios, muitas vezes aqueles que adquiram em sua própria infância, isto é, conhecimento desatualizado, fragmentado e óbvio.

        A organização de trabalho pedagógico por meio de projetos precisa partir de uma situação de um problema real, de uma interrogação, de uma questão que afete ao grupo tanto do ponto de vista socioemocional quanto cognitivo. Ao aproximar-se do objeto de investigação, várias perguntas podem ser feitas, e para responde-las, serão necessárias ás áreas de conhecimento ou disciplinas.

        Há dois tipos de conhecimento funcionando em um projeto: o conhecimento do professor, que deve possibilitar compreender as crianças com as quais trabalha, conhecer os temas importantes para a infância contemporânea, e também o conhecimento dos conteúdos das disciplinas.

Os conhecimentos que o professor adquire ao realizar os projetos não são os mesmos dos alunos da educação infantil, ou seja são de ordem diferente. É preciso compor o currículo com as necessidades que nós, adultos, acreditamos que sejam aquelas apresentadas pelas crianças e que podemos obter por meio da observação das brincadeiras e de outras manifestações não verbais, assim como da escuta de suas falas das quais emergem os interesses imediatos. Portanto o planejamento é feito concomitante com ações e as atividades que vão sendo construídas “durante o caminho”.

        Em seu sentido original, as propostas pedagógicas tem por objetivo estimular a inovação educacional, servindo para traduzir novas ideias do que seja trabalhar com as diversas áreas do conhecimento. Um aporte importante nessa discussão é entender a proposta pedagógica como um instrumento que responda às necessidades sociais da comunidade onde se insere e, a partir disso, desvelar o “para que” e “para quem” se ensina. Ter a clareza quanto ao papel que a escola assume diante de sua comunidade leva-nos a explicitar que princípios nortearão esse documento. Portanto, o caráter reflexivo e diálogo deverá guiar a construção desse instrumento de trabalho.                

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